capitulo dezoito ~ Giovanna

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- Perdón, ele nunca se comportou assim, e... - ele dizia enquanto subia os degraus, mas eu o interrompi.

- Imagina, ele tá na casa dele e tem direito de agir como quiser. Eu vou pegar minhas coisas, me trocar, e chamar um carro de aplicativo pra ir pra casa. - falei determinada.

- No, no. Vamos voltar pra lá, se quiser eu pego mais algo pra beber, ou algo pra comer. - ele disse após chegar até onde eu estava, e segurar minhas mãos.

- Tá tarde já, amanhã eu trabalho cedo. - falei de imediato.

- Quedate solo mais uns minutos, por favor. - ele disse num tom de voz baixo, e subiu uma mão pra mexer no meu cabelo.

- Não posso mesmo. - falei novamente com determinação, tirei sua mão do meu cabelo, e voltei a descer a escada. 

- Todo bien. Fica à vontade, vou no meu quarto, e já desço. - ouvi ele falar com uma voz que parecia ser de frustração.

Segui pro cômodo em que estava minhas coisas, fechei a porta, peguei minha roupa na secadora, e me troquei ali mesmo. Dobrei a camiseta que ele havia me emprestado, e deixei numa bancada, junto com a meia.

Parei na cozinha, peguei meu celular, e já abri o aplicativo na busca de encontrar um carro. Apesar de ser longe, dar um valor de corrida alto, os motoristas estavam cancelando.

Já estava ficando impaciente, quando o Jonathan entrou ali, e disse que me levaria pra casa. 

Eu recusei no primeiro momento, com o argumento de ser perigoso, pois tínhamos bebido. Mas ele rebateu dizendo ser acostumado a dirigir após beber mais do que aquilo, e disse que beberia uma garrafa de água pra me deixar mais tranquila. 

E diante de tantas recusas no aplicativo, eu acabei concordando. 

Ele começou a beber a água, e eu percebi que não tinha visto mais seu cão.

- Cadê seu cachorro? Queria dar tchau pra ele. - perguntei, e o olhei. 

- Lá fora, pode ir até lá se quiser, só não deixa ele entrar. - ele disse, e apontou para a porta que dava acesso para a área externa. 

Abri a porta, e em seguida o cachorro pulou nas minhas pernas. 

Me agachei, e fiz alguns carinhos nele.

- Obrigada, você foi um anjo. - falei, e ele se mexeu muito, até conseguir lamber meu rosto.  

Depois de um tempo com ele, levantei, fechei a porta, e dava pra ouvir seu choro do lado de fora. 

Fiquei com dó, e perguntei pro dono dele se o deixaria ali mesmo, principalmente porque estava muito frio. 

O Jonathan confirmou, disse que o cão estava de castigo, e acredito porque me viu aquecer as mãos, ofereceu um moletom que segurava. 

Só aí percebi que ele havia descido usando um moletom, que parecia ser muito quente, assim como o que ele me entregou. E como estava realmente muito frio, eu aceitei sem rodeios.  

Vesti o moletom, e assim como o que ele havia me emprestado mais cedo, também estava com o perfume dele bem evidente.

Saímos de sua casa, o carro estava em completo silêncio, e por algumas vezes pensei em tentar puxar algum assunto. Mas achei melhor deixar ele focado no caminho.

Estava vendo algumas notícias e informações no meu celular, até que li a resposta do Jonathan para a foto que mandei de manhã, acabou me tirando um sorriso sincero, e isso me lembrou da mensagem de áudio que ele havia mandado pra Olivia, também de que iria reclamar da maneira que ele falou, mas como ele parecia ainda estar tenso, optei por ser leve.

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⏰ Última atualização: Nov 09 ⏰

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