*46º Capítulo*

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"Sabes, tu continuas um idiota!" confessei, e vi-o semicerrar os olhos. "E apesar de me teres elogiado, eu continuo a odiar-te!" revelei, sorrindo pela sua cara que agora era preenchida por um pequeno sorriso amarelo.

Num ato inesperado, eu juntei os nossos lábios num só. As suas mãos gigantes agarraram a minha nuca, para que o contacto entre nós fosse maior. Aquilo era realmente bom, porra!

Por entre o beijo, senti-o sorrir o que me fez gargalhar logo de seguida.

"Eu também te odeio, Rachel! Também te odeio muito!

46º Capítulo

O tempo estava frio, frio como o interior de um coração vazio, carente de afecto. A chuva que caía, encharcava os jardins que durante todo o verão preenchiam a paisagem por entre as milhares de casas londrinas. Porém, o meu corpo estava em chamas.

O beijo que permanecia nos meus lábios, incapacitava-me de pensar noutra coisa qualquer. Um calor percorria-me de todas as vezes que eu pensava na forma subtil com que ambos os nossos lábios se uniam, na forma harmoniosa com que dançavam e na brisa suave que nos atravessava durante este momento. Um fogo acendia-se em mim, apenas com o pensamento.

Porém, como tudo o que é bom, acabou de pressa, fazendo-me ficar a desejar por mais. Um enorme palpitar fez-se sentir no meu coração, e um sorriso apoderou-se dos meus lábios carentes por mais. E eu não consigo acreditar que tive coragem para pronunciar isto em voz alta.

Apenas um enorme silêncio foi o necessário para que cada um de nós seguisse caminhos opostos, sem qualquer tipo de despedida. Eu não iria, de maneira nenhuma, voltar para dentro do café, para junto dos amigos de Zayn, por isso fiz questão de lhe enviar uma mensagem de desculpas pela minha escolha. Acho que ele deve ter percebido o meu lado.

[...]

A chuva caía cada vez com mais intensidade, e o frio fazia-se sentir dentro da minha pequena habitação. O inverno aproximava-se, mais gélido do que nunca.

As rajadas de vento faziam vibrar as janelas cobertas pela água que teimava em cair insistentemente do céu escuro.

O tempo estava um autêntico caos, e tendia sempre para piorar.

Eu estava sozinha. Os meus pais, provavelmente ficaram encurralados no trânsito ou, então, permaneceriam nos seus postos de trabalho até que todo este temporal acalmasse.

"Estou?" atendi o telefonema que provinha do meu telemóvel, um pouco assustada pelo repentino barulho.

"Rachel, sou eu!" a voz da minha progenitora falou do outro lado da linha. "Querida, eu e o teu pai não conseguiremos ir para casa esta noite. Os noticiários afirmam que é perigoso sair de casa com este tempo." revelou, fazendo-me suspirar.

"Mas onde é que tu e o pai vão dormir?" inquiri inquietante.

"Não te preocupes connosco, Rachel. Existe um pequeno hotel nos subúrbios da cidade e talvez consigamos arranjar um bom quarto para dormir." Informou, fazendo-me respirar de alívio. "Adeus, Rachel! E por favor, não saias à rua!" advertiu a minha, com a sua típica preocupação maternal.

"Mãe, eu já tenho idade suficiente para saber cuidar de mim mesma!" reclamei, fazendo-a rir um pouco.

"Ah! Rachel, tenta não pegar fogo à cozinha, por favor. Faz alguma coisa que não envolva chamas ou gás, okay? Adoro-te, querida. Tem uma boa noite." Gargalhou e momentos depois encerrou o telefonema, não me dando sequer hipóteses para reclamar.

Dirigi-me para a cozinha, com o intuito de saciar a fome e os sons estranhíssimos que o meu estômago produzia. Por isso, abri o frigorífico à procura de ingredientes para fazer uma sanduíche recheada, para acabar com o meu enorme apetite.

Remexi em todas as prateleiras do eletrodoméstico, retirando de vez em quando alguns ingredientes essenciais, até que avistei algo que seria a cereja no topo do bolo, ou neste caso, a fatia de pão no topo da sanduíche.

Porém, esse tal ingrediente tinha um pequeno inconveniente: não poderia ser ingerido cru. Bolas, porque é que as galinhas não põem os ovos já cozinhados?

Mas, não vai ser com um ovo que incendiarás a casa, não é, Rachel?

Num momento louco de coragem e confiança, peguei numa pequena frigideira e coloquei óleo para que este aquecesse e cozinhasse o ovo.

As minhas mãos tremiam e o meu coração batia freneticamente, eu estava nervosa.

Peguei no ovo, naquele frágil ingrediente, e as minhas mãos vacilaram. Calma, Rachel, é apenas um ovo.

Neste instante, a luz de um relâmpago iluminou a cozinha e o seu barulho perfurou os meus tímpanos, logo de seguida. O som de uma porta a ser trancada ouviu-se, e o ruído de passadas fortes apanhou-me desprevenida. Eu parecia estar num filme de terror, e tudo por causa de um ovo.

Esquecendo totalmente qualquer fonte sonora que eu tenha por ventura escutado, peguei no maldito ingrediente do demónio e bati com a sua casca franzina na esquina de um copo, fazendo-o assim quebrar-se em dois. É agora, o momento chegou!

Num gesto rápido, depositei todo o conteúdo que se encontrava protegido pela casca sobre o óleo que fervia fervorosamente. Como ato de proteção, abri a porta do frigorífico e escondi-me atrás dela, esperando ouvir algum tipo de explosão.

Segundos se passaram, e nenhum som (para além do som do óleo a ferver) foi ouvido, o que me fez ficar surpreendida. Levantei-me, ainda insegura e olhei para a frigideira que se encontrava intacta.

"Eu consegui!" gritei, começando a saltar freneticamente. "Eu consegui, Meu Deus, eu consegui!" repeti, colocando as mãos sobre a minha face ainda incrédula.

"Os meus parabéns, idiota." Uma voz rouca gargalhou atrás de mim, enquanto me amarrava na cintura com as suas mãos excessivamente grandes.

"Que porra é que estás a fazer aqui?" esbravejei assustado, pelo seu aparecimento repentino. "Como raio é que entraste dentro da minha casa, Harry?" gritei virando-me para ele.

"Calma, chef! Eu vim em paz!" gargalhou, enquanto brincava com a minha má aptidão para cozinhar.

"Como é que entras-te aqui?" perguntei pausadamente devido à distância que se encurtava drasticamente.

"Eu falei com a tua mãe e..."

"Porque é que ele te ligou? Porque é que a minha mãe não acredita que eu consigo cuidar de mim mesma? Porquê? Eu já tenho idade para o fazer... Porque é que ele não consegue compreend..." interrompi-o bastante chateada.

"Fui eu que liguei para tua mãe!"

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OLÁ, OLÁ, OLÁ :)

Bom, hoje é um dia muito especial para mim, porque faz exactamente hoje um ano que e realizai o meu sonho, ver os One Direction. Simplesmente não acredito que já passou um ano... Passou a correr, e eu vou chorar ali no canto.

Peço desde já desculpa por este meu desabafo, mas eu... pffff... Eu tenho uma literalmente "BIG SURPRISE" para vocês... Na verdade, nem é uma surpresa, nem é grande... Mas, eu estou feliz e como hoje é um dia especial para mim, também vai ser um dia especial para estes dois idiotas... E bem, também vai ser um dia "especial" para vocês porque, sei lá, talvez haja um duplo capítulo, não sei! Quem sabe? É, eu não sei... Talvez, não sei!!! HAHAHAHAHAH

Dedico este capítulo à Luanapgomez porque me apoiou desde o início *-* E porque é a minha panda preferida *-* HAHAHAHAHAHAH

Adoro-vos do fundo do meu coração, obrigada por tudo, pelas leituras, pelos votos, pelos comentários, pelo apoio, OBRIGADA!!!

Peace x

XxXx BeatrizM21 XxXx

"O Artista" - {h. s.} - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora