"O Artista" - {h. s.} - Completo

*12º Capítulo*

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“Sky, aonde é que te metes-te?” – perguntou uma voz que me era bastante familiar – “Eu sei que estás por aqui, aparece por favor, a mãe está muito preocupad… SKY, O QUE É QUE ESTÁS A FAZER?” – gritou assim que nos viu às duas juntas ambas com tintas na cara – “SKY O QUE É QUE ESTÁS A FAZER JUNTO DELA?”

12º Capítulo

Eu já tinha visto o Harry irritado, mas nunca daquela maneira. Parecia que este ia pegar fogo e eu encontrava-me numa grande curiosidade para saber o motivo.

Distraidamente, olhei para a rapariga parecida com a Darcy, de nome Sky, pelo que percebi, e esta tremia violentamente. Os seus olhos, como sempre, esbugalhados e o movimento que esta fazia com as suas mãos em direção ao seu cabelo, não transmitiam uma imagem muito agradável. Não que a tornasse feia, contudo tornava-a em alguém um pouco assustador.

Porém, fui arrancada dos meus pensamentos quando Harry pegou no braço da Sky com prontidão e se dirigiu a mim num tom de voz severo, com um toque calmo e baixo.

 “O que é que estavas a fazer junta dela?”

“Estava a conversar” - disse apressadamente, porém fui interrompida por uma gargalhada um pouco alta e forçada.

“O QUE É QUE TU QUERIAS DELA?” – Perguntou-me num tom de voz mais elevado apontando para Sky, que agora já se encontrava sentada perto de uma árvore grande, repetindo os mesmos movimentos de sempre e mexendo os seus lábios continuamente.

“Eu já te disse, estava a convers…” – insisti novamente, mas ele interrompeu-me outra vez.

“A SKY NÃO CONVERSA COM NINGUÉM PARA ALÉM DE MIM E DA NOSSA MÃ…” – prosseguiu Harry, mas rapidamente cessou as suas palavras.

“Porque é que eu iria acreditar em ti?” – disse um pouco irritada com tudo o que se estava a passar – “Afinal o que é que tu és dela, para a tratares dessa maneira?” – perguntei tentando proteger a rapariga indefesa que ainda se encontrava sentada perto da árvore.

“Não tens nada a ver com isso!” – disse entredentes.

“Se eu não tenho nada a ver com isso, porque é que tu precisas de saber o que é que eu estava a fazer com ela?” – confrontei-o e este manteve-se calado. – “Foi o que pensei…”

Disse e arrumei as minhas coisas o mais rápido que pude. Olhei novamente para as duas pessoas que estavam há minha frente e, sem pensar duas vezes, corri o mais que pude até chegar a casa. Entrei rapidamente, sem deixar explicações aos meus pais, que se encontravam há minha espera.

Quando alcancei o meu quarto, fui para a casa de banho mudar a minha roupa e olhei-me ao espelho. Reparei que a tinta que a Sky me tinha colocado na ponta do meu nariz já se encontrava seca. Vários flashbacks, do que se havia passado a escassos minutos atrás, percorriam a minha mente e, instantaneamente liguei a água e limpei a minha cara.

(…)

Estava deitada na minha cama e só conseguia pensar no que se havia passado à algumas horas atrás. Não sabia o que é que se havia passado, para ser honesta. Não sabia o porquê da reação de Harry. Não sabia o que é que eles eram um ao outro. Não sabia a causa do comportamento de Sky. Não sabia o porquê da minha curiosidade e preocupação toda. Eu não sabia nada. Eu não… Eu sentia-me indignada, impotente. E o mais estranho de tudo, sempre que eu pensava na aspereza com que o Harry se havia dirigido a mim, eu imaginava sempre um sorriso brilhante nos seus lábios e numa possível amizade com ele ou algo mais. 

"Tudo bem, sou uma artista. Os artistas são malucos, mas eu acho que não chego a tanto" - pensei comigo mesma abanando a cabeça de uma lado para o outro e sorrindo um pouco.

Decidir ocupar o meu tempo com algo que eu realmente goste, por isso encaminhei-me ao meu local preferido da casa. Era um pequeno cubículo construído em madeira clara, onde eu costumo arrumar os meus materiais de desenho e pintura.

Ao chegar lá preparei tudo para fazer o que eu sempre faço para desabafar: pintar…

Porém ao pegar nos pincéis e tintas, olhei para a tela branca como uma folha de papel, e não me atrevi a pintá-la. Eu sentia necessidade de fazer algo diferente, na arte…

Eu senti a carência de escrever.

Sim, escrever também é uma arte.

Saberemos nós o verdadeiro significado da palavra “Arte”?

O conceito de arte é muito relativo, porque a arte, por si só, é da mesma maneira. Para mim, a arte deve ser como um espelho, que nos mostra o nosso próprio rosto independentemente da forma como o fazemos. Através da pintura, da escrita, da dança, da música, do ensinamento… Não importa, cada um é artista, à sua maneira.

Corri em direção a uma prateleira, onde guardo folhas soltas. Peguei numa caneta e escrevi tudo o que quis, tudo o que eu precisei, tudo o que sentia, tudo o que eu consegui.

Sim, fiz tudo isso, mas parei quando ouvi uma batida forte na porta do cubículo, seguida da voz fina e estridente da minha mãe.

“Rachel, abre a porta. Tens uma visita”

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OI, NÃO ME MATEM PELA DEMORA POR FAVOR :(

Bem, para começar tenho a noção que este capítulo não deve estar do agrado de todos, porém eu gostei particularmente de escrever a última parte do capítulo. Para muitos, esta parte poderá não encaixar muito bem na história, mas eu senti a necessidade de expressar o meu ponto de vista em relação à arte. Porque acho que a história não teria o mínimo nexo se se baseasse na arte e não tivesse o meu ponto de vista. MAS  EU EXPLODIA SE NÃO O FIZZESSE, DESCULPEM :(

Bem, eu queria dedicar este capítulo à @GirlPower24 Obrigada pelos votos, comentários e todo o apoio :) E como prometido, aqui está :) Eu sei que o capítulo não deve estar mesmo nada bom, mas eu já expliquei o porquê. DESCULPA :(

Também queria divulgar uma história que me pediram para divulgar. Chama- se "Butterflies" e é da @MahFernanda. Para quem quiser ver já sabe :) 

Resumo: "Meu sonho sempre foi ser uma grande dançarina, mais um grave acidente arruinou tudo, minha vida ficou sem sentido, perdi meus pais, minha familia me ignorou, fui jogada em um orfanato qualquer, Ate que conheci ele , e me apaixonei por sua borboleta..."

Votem e comentem :)

XxXx BeatrizM21 XxXx