Rachel POV
O meu corpo está abstraído de tudo. A minha respiração está lenta e compassada. O som dos meus suspiros ficam retidos no meu canal auditivo. E o meu olhar encontra-se na paisagem colorida que se deixa transparecer através do vidro da janela que se encontra à minha frente. A minha mente transporta-me ao meu cruel e doloroso passado. As imagens que me atravessam são escuras, criando um enorme contraste com a paisagem que me prende o olhar. Esta última faz-me refletir sobre a vida, faz-me questionar o propósito desta.
Porquê? Porquê é que eu sou assim? Porque é que a sociedade me julga? Porquê é que existe vida se as pessoas não têm a capacidade de amar? Porque é que eu existo, se tudo o que eu consigo sentir é dor? Porque é que existem tantos porquês?
Por vezes, só queria viver num mundo onde a lucidez de um artista não fosse considerada loucura.
Arte. O meu maior segredo e aquilo que me mantém viva. Por vezes, só sinto que a minha vida tem cor no momento em que as tintas atingem a tela e os pincéis batalham por um lugar. Gosto da sensação que atravessa o meu corpo quando as minhas mãos decidem conduzir o que passa pela mente.
Se tenho gostos peculiares? Talvez... Mas qual Artista é que não os tem?
(...)
O sono permanecia em todas as partes do meu corpo. pelo facto de ainda não estar adaptada a tão poucas horas de descanso, às quais me habituara com facilidade durante as férias de Verão que terminaram à cerca de 7 horas e 47 minutos.
"Filha, ainda não estás pronta?" inquiriu o meu pai, enquanto espreitava pela porta entreaberta. A sua expressão facial não transmitia surpresa, algo que não me surpreendera também. Por um lado eu até o compreendida, pois de tudo o que tenho de bom, a pontualidade não se encaixa definitivamente nas minhas qualidades.
"Está quase!" retorqui com o típico mau-humor matinal.
"Despacha-te, se não, vais chegar atrasada á escola, como sempre..." repreendeu.
"Já disse que estou quase pronta!" respondi-lhe novamente elevando levemente o tom da minha voz.
"Tudo bem! Quando saíres tranca a porta, por favor! Espero que tenhas um ótimo começo de escola!" desejou o meu pai, e rapidamente ganhei uma enorme vontade de regressar para a minha adorável cama, porém não o fiz.
"Obrigada, pai!" respondi sinicamente, mesmo sabendo que ele era incapaz de me ouvir.
Por entre os pensamentos confusos que afluíam na minha mente, dirigi o meu olhar para o relógio, assustando-me com as horas lá expressas.
Apressadamente, vesti umas calças pretas, que assentaram perfeitamente no meu corpo, e logo de seguida, vesti uma camisola branca, que outrora, eu desenhara. Coloquei desajeitadamente um gorro na cabeça e acabei por vestir um casaco preto.
Corri as inúmeras escadas que se encontravam dentro de minha casa e logo após ter trancado a porta, suponho, dirigi-me para a escola.
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Olá pessoal :) Esta é a minha primeira fic e o meu primeiro capítulo por isso espero que gostem :)
Estou mesmo entusiasmada com esta fic, a sério hahahaahaa
Espero muito sinceramente que gostem :) Deixei a vossa opinião :P
Votem e comentem :)
XxXx BeatrizM21 XxXx
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"O Artista" - {h. s.} - Completo
Teen Fiction"Nenhum grande artista vê as coisas como realmente são. Caso contrário, deixaria de ser um artista." - Oscar Wilde #55 in Ficção de Fãs (13-01-2015)