Capítulo 8: Madrugada

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Depois de enviar a mensagem para Apollo sobre a camiseta, Ana tentou se distrair um pouco. Estava na sala, já de pijama, e decidiu assistir seu filme favorito, "Jogos Vorazes", pela milésima vez. Enquanto Katniss lutava pela sobrevivência na arena, Ana abriu uma garrafa de Ice Smirnoff para acompanhar. O filme e a bebida sempre foram uma combinação perfeita para ela relaxar.

Uma garrafa levou à outra, e depois de cinco Smirnoffs, Ana estava se sentindo mais leve, quase flutuando no sofá. Enquanto assistia à cena icônica de Katniss e Peeta, a mente dela vagava, e a lembrança de Apollo surgiu, misturando-se com as cenas do filme. Com a coragem que só algumas garrafas de bebida podem trazer, ela pegou o celular e, sem pensar duas vezes, mandou uma mensagem para Apollo.

Ana: "Você seria a Katniss do meu Peeta? Opa, confundi.
Seria o Peeta da minha Katniss?"

A mensagem foi enviada exatamente às 02:38 da madrugada. Apollo, que já estava quase dormindo, viu o celular vibrar. Quando leu a mensagem, ficou sem entender muito bem. Ainda assim, conhecendo a brincadeira e percebendo que algo estava fora do normal, decidiu entrar no jogo.

Apollo🍥: "Claro que seria, Katniss. Mas tá tudo bem aí? Essa mensagem tá um pouco... confusa."

Ana, já meio enfraquecida pela bebida, riu sozinha ao ler a resposta, sem perceber que estava claramente embriagada. Eles continuaram trocando mensagens por alguns minutos, jogando papo fora e falando de coisas aleatórias. Apollo, embora achasse as respostas dela estranhas, estava se divertindo com a situação.

Em um determinado momento, no meio da conversa, Ana parou de responder. Não foi porque perdeu o interesse, mas porque o sono e o efeito da bebida a venceram. Com o celular ainda na mão, ela apagou, caindo em um sono profundo no sofá.

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Na manhã seguinte, o sol entrou pela janela da sala, e Ana acordou com a cabeça latejando e uma sensação de vergonha subindo ao peito. Com os olhos ainda semicerrados, ela pegou o celular e viu as mensagens da madrugada. Quando leu o que havia enviado a Apollo, o rosto dela ficou vermelho como um tomate.

— Meu Deus... o que eu fiz? — sussurrou para si mesma, levando as mãos ao rosto.

Para piorar, ela viu que Apollo tinha respondido às mensagens e que eles conversaram por um bom tempo. Lembrar de cada detalhe era impossível naquele estado. Sentindo-se a pessoa mais ridícula do mundo, ela desejou poder sumir.

Tavin, que havia acabado de acordar, saiu do quarto, passando pela sala, e viu Ana com o rosto todo vermelho e um ar de desespero.

— O que tá acontecendo? — ele perguntou, franzindo a testa enquanto pegava uma garrafa d'água.

Ana só conseguiu gemer de vergonha, querendo sumir de vez. — Eu quero jogar o celular pela janela — disse, jogando o telefone no sofá e se encolhendo.

Tavin riu, mas não insistiu, percebendo que algo tinha acontecido. — Bom, seja lá o que for, parece que a ressaca não tá ajudando.

Além da vergonha, a dor de cabeça latejava como uma batucada incessante. Ela precisava urgentemente de um banho gelado e um momento para se recompor. Levantando-se do sofá, caminhou com dificuldade até o banheiro.

— Vou fingir que nada disso aconteceu — disse para Tavin enquanto passava por ele.

— Boa sorte com isso — ele riu, voltando para o quarto.

Entrando no chuveiro, Ana ligou a água fria e deixou a sensação refrescante tomar conta do corpo, como se pudesse lavar toda a vergonha que sentia. Enquanto a água caía, ela respirou fundo e tentou se acalmar. Talvez, só talvez, Apollo não tivesse levado a sério as mensagens da madrugada. Ela poderia dar uma desculpa, dizer que estava brincando ou que era culpa da Smirnoff.

Ainda assim, a sensação de embaraço não a abandonava.

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Um beijo.

Amor Frenético - Apollo MCOnde histórias criam vida. Descubra agora