Capítulo 9: Confronto com a Realidade

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Ana acordou tarde, com uma sensação de cansaço que não parecia querer passar. O relógio marcava 16:00 quando ela se levantou, e a dor de cabeça ainda pulsava, um lembrete constante da noite anterior. Com um suspiro profundo, ela se arrastou até o banheiro para tentar dar um jeito na aparência. Usou um bom hidratante, um pouco de corretivo e água fria para dar um alívio ao rosto cansado. Precisava se sentir minimamente decente antes de encarar qualquer pessoa.

Depois de dar uma rápida ajeitada no visual, Ana decidiu descer para a sala, ainda sentindo-se um pouco tonta. Quando chegou lá, a última coisa que esperava era encontrar o ambiente cheio de gente, incluindo Apollo. Todos estavam conversando e rindo, e o clima estava descontraído. Era exatamente o oposto do que ela precisava.

Com o coração acelerado e a mente relembrando a noite passada, Ana tentou se mover discretamente para não chamar a atenção. Mas, inevitavelmente, Apollo percebeu sua entrada. Ele estava em um canto da sala, com um grupo de amigos, quando viu Ana. Seu olhar se fixou nela, e ele se levantou, caminhando na direção dela com um sorriso.

— E aí, Ana. Finalmente acordou? — disse ele, com um tom amigável e relaxado, mas havia um brilho de diversão nos olhos dele.

Ana, com um sorriso nervoso, tentou responder de maneira casual. — É, parece que sim. Dormi bastante.

Apollo parecia estar se divertindo com a situação. — Eu vi suas mensagens de madrugada. Estava meio... confusa, né?

O tom de Apollo era leve, mas Ana sentiu seu rosto esquentar instantaneamente. Ela riu nervosamente, tentando desviar o olhar. — Ah, é, bem... eu... não sei bem o que aconteceu. Acho que a bebida falou mais alto.

Apollo riu, percebendo a dificuldade dela em lidar com a situação. — Não se preocupe, não foi nada demais. Só fiquei curioso se você tava bem.

Ana se sentiu aliviada, mas ainda assim um pouco embaraçada. — Sim, estou bem. Só meio... cansada.

Apollo continuou a sorrir, mantendo o tom descontraído. — Que bom. Se precisar de alguma coisa, é só me chamar.

Antes que Ana pudesse responder, Jota apareceu atrás dela e percebeu a conversa. Ele deu um sorriso compreensivo para Ana e se dirigiu a Apollo. — Ei, Apollo, vamos jogar uma partida de videogame? A Ana pode se juntar a nós se quiser.

Ana se aproveitou da oferta para se afastar um pouco da conversa. — Vou lá me juntar a vocês — disse, tentando se mostrar mais animada do que realmente se sentia.

Enquanto se dirigia para o local onde estavam jogando, Ana sentiu um misto de alívio e nervosismo. A interação com Apollo poderia ter sido muito pior, mas a sensação de vergonha ainda estava presente. Ela se sentou ao lado da Kakau, tentando se integrar à conversa e se distrair do constrangimento.

Apesar da atmosfera amigável e do sorriso de Apollo, Ana sabia que, mais cedo ou mais tarde, ela teria que lidar com as consequências daquela noite e encontrar uma forma de suavizar o que havia feito, sem causar mais constrangimentos para si mesma ou para Apollo.

Amor Frenético - Apollo MCOnde histórias criam vida. Descubra agora