Capítulo 28: Ciúmes de Apollo

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Após um longo tempo relembrando os momentos da infância, Ana e Dopre caíram na risada com uma memória inesquecível:

— Lembra quando você colocou chiclete na cadeira da professora e ela passou o resto do dia com aquilo grudado? — Ana perguntou, rindo.

Dopre gargalhou, relembrando a cena:

— Lembro sim! Não sei como ninguém avisou a coitada, talvez ela tenha que rever as amizades.

A conversa fluiu por mais tempo, e ambos se divertiam com as lembranças, como se voltassem a ser aquelas crianças da escola. Depois de um tempo, Dopre foi até a mesa de bebidas fazer uma nova rodada, enquanto Ana decidiu que era hora de encontrar Apollo. Ela o procurou pela casa e, finalmente, o viu sentado sozinho na sala de estar de Jotape, com uma expressão distante.

— Oi amor — Ana disse, sorrindo.

— Oi — Apollo respondeu de forma seca, sem o habitual tom carinhoso que sempre usava com ela. Cadê o "minha princesa" que ele costumava dizer?

Ana, imediatamente, percebeu que algo estava errado. Aquela frieza não era normal. Ela se aproximou, preocupada.

— Ué amor, o que houve?

— Nada, cara — ele respondeu, sem fazer contato visual.

Ana franziu o cenho. Conhecia bem Apollo e sabia que, se ele não estivesse disposto a falar, o problema só pioraria.

— Se você não me disser, não vamos conseguir resolver — ela insistiu, mantendo a calma.

Apollo soltou um suspiro impaciente e, sem conseguir esconder mais o que sentia, soltou:

— Vai lá e pergunta pro Dopre. Você tava tão feliz conversando com ele.

Ao perceber o ciúme evidente, Ana não ficou brava. Pelo contrário, achou engraçado e até um pouco charmoso o fato de Apollo estar com ciúmes. Ela se sentiu especial, como se a intensidade de seu sentimento fosse uma prova de o quanto ele se importava.

— Você sabe que, quando está com ciúmes, fica três vezes mais gato? — Ana brincou, sorrindo de lado.

Apollo, apesar de tentar manter a pose, não conseguiu segurar o riso. Ele sabia que estava sendo bobo, mas os ciúmes eram difíceis de controlar.

— Você sabe que me ama — Ana completou, provocativa.

— Sei mesmo — Apollo concordou, ainda sem conseguir disfarçar a insegurança. — Mas, pra que ficar conversando com o cara por tanto tempo?

Ana sorriu, sem perder a paciência.

— Amor, eu e ele fomos colegas de escola. Só estávamos relembrando os momentos que tivemos lá, nada demais.

— Sei... — Apollo respondeu, ainda tentando esconder a ponta de insegurança.

Ana revirou os olhos, mas continuou com o tom leve.

— Vai continuar com essa bobeira?

— Não, amor — Apollo admitiu, percebendo que estava exagerando. Ele então a puxou pela cintura, selando a conversa com um beijo carinhoso.

Enquanto o beijo aprofundava, ele se lembrou do que realmente importava: Ana era dele, e ele dela, e nada mudaria isso. Apollo sentiu seu ciúme se dissipar e o alívio tomar conta. Eles se separaram por um breve segundo, com Ana sorrindo de leve.

— Só você, viu? — ela murmurou, encostando a testa na dele.

— Só eu — Apollo confirmou, sorrindo.

Naquele momento, os ciúmes haviam se transformado em um lembrete silencioso de que ambos estavam completamente apaixonados, e o resto do mundo pouco importava.

Amor Frenético - Apollo MCOnde histórias criam vida. Descubra agora