Capítulo 20: Noite de Planos

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A festa na casa do Magrão estava no auge, cheia de risadas, música alta e bebida de todos os tipos. Das mais caras às mais baratas, ninguém parecia se importar. O objetivo era claro: curtir a noite até o fim. Ninguém sabia exatamente o que estava bebendo, mas ninguém ligava — estavam ali para celebrar, cada um à sua maneira.

No meio da confusão, Ana e Apollo estavam na pista de dança, rindo e cantando juntos ao som de "Deixa Alagar".

"Então volta pra mim
Que eu 'to querendo saciar essa vontade louca
Lembro da gente se amando embaixo do chuveiro vendo o banheiro inundar (embaixo do chuveiro)
Deixa alagar, deixa alagar, deixa alagar, deixa alagar (deixa alagar yeah)
E namorando na cozinha com o feijão no fogo a ponto de nos incendiar (a ponto de nos incendiar)
(Deixa queimar, deixa queimar, deixa queimar, deixa queimar) deixa queimar, deixa queimar"

A conexão entre eles era palpável, e aquele pagode trazia lembranças de uma cena semelhante que haviam vivido antes. A música parecia ter um significado especial, e dançaram como se o mundo fosse acabar naquele momento.

Assim que o pagode deu lugar aos sertanejos  e depois aos funks, a energia da festa mudou. Até os casais começaram a sentir o peso das letras sofridas das canções de amor. Mas Ana e Apollo estavam em outra sintonia, já um pouco bêbados, rindo e se abraçando. Em um momento de pura espontaneidade, começaram a se declarar um para o outro, conversando sobre coisas que normalmente pareciam distantes — o futuro.

— Então, qual vai ser o nome dos nossos filhos? — perguntou Apollo, com um sorriso travesso.

— Hmm... e se for menina, eu gosto de "Luna". E você? — Ana respondeu, rindo e se aninhando mais perto dele.

— Se for menino, tem que ser algo forte, tipo "Ryu" — Apollo disse, brincando, mas com um certo tom de seriedade.

Eles riram e continuaram a conversa sobre como seria a vida juntos. Falaram sobre onde iriam morar, se seria uma casa ou um apartamento, e até discutiram se teriam um gato ou um cachorro.

— Eu sempre quis um cachorro... — disse Apollo.

— Ai, eu sou mais dos gatos. Mas acho que dá pra ter os dois, né? — Ana respondeu com um sorriso, enquanto Apollo concordava.

Enquanto isso, o resto da turma estava em seu próprio mundo de bagunça. Barreto e Guri, completamente fora de si, estavam brincando na piscina, jogando água para todos os lados e rindo como se não houvesse amanhã. Jota e Neo estavam em uma disputa acirrada de ping pong, com gritos de comemoração e zoação a cada ponto. As meninas, por outro lado, estavam em um canto, fofocando e trocando risadas sobre os acontecimentos recentes.

Tudo parecia perfeito naquela noite. O tempo parecia ter parado para que todos pudessem aproveitar aquele momento de pura felicidade. Ana olhou ao redor, viu seus amigos, seu namorado, e sentiu uma paz indescritível. Ela se inclinou mais uma vez para Apollo, que a abraçou com força.

— Acho que eu poderia viver nessa noite pra sempre — Ana sussurrou para ele.

Apollo sorriu e a beijou suavemente na testa, sentindo o mesmo. Aquele era um daqueles momentos raros, onde tudo parecia certo e o futuro que estavam planejando, por mais que parecesse distante, já começava a tomar forma ali mesmo, no meio daquela festa.

Amor Frenético - Apollo MCOnde histórias criam vida. Descubra agora