A BABÁ - CAPÍTULO 52

695 37 0
                                    

ANA CLARA

Confesso que hoje eu estou bem chata, o Renato está fazendo todas as minhas vontades. Apenas para me agradar.

Agora estamos indo almoçar fora. E admito que estou com bastante saudades da minha neném. Eu nem vi ela hoje.

Hoje o Renato está dirigindo.

Eu tiro o cinto e deito no ombro dele.

-Amor, estou com saudades da nossa filha.

Eu digo cheia de manhã e o Renato beija a minha cabeça.

-Você quer ir pegar ela ?

Eu olho para ele com os olhos marejando.

-Sim.

-Ok, vamos comer primeiro e depois vamos pegar ela.

-Certo.

Eu digo é beijo a bochecha dele.

-Agora volta para o seu lugar e bota o cinto de segurança.

Ele fala sério. O Renato odeia quando eu fico sem cinto, segundo ele a qualquer momento pode acontecer um acidente ou coisa do tipo.

-Chato.

Eu murmuro baixinho mas acho que ele ouviu, pois ele me responde.

-Oque você falou senhora Safra ?

-Nada amor.

Eu digo dando um sorriso falso.

Nós chegamos no restaurante é Renato não me deixa descer sozinha.

Ele quem escolheu minha roupa, e pegou logo um vestido colado que marca minha barriga por completo.

-Caminha devagar Ana Clara.

Ele me repreende e eu me sinto muito bem com isso.

Ele observa os mínimos detalhes, ele cuida de mim como se eu fosso a última pedra rara do mundo.

-Mas eu estou indo devagar.

Eu falo tentando me defender.

-Então vai mais.

-Tá bom.

Seguimos andando parecendo uma tartaruga.

Sentamos na mesa e logo veio uma menina nos atender, muito bonita por sinal.

-Boa tarde senhor safra, aqui está o cardápio.

Ela diz entrando a ele e ignorando totalmente a minha existência. Confesso que o jeito que ela olhou para o Renato me fez refletir um pouco.

Será que quando minha barriga crescer ele vai procurar outra mulher ? Elas terão o corpo em forma, não ficarão acabada devido às noites mal dormidas cuidado de neném.

Isso me faz ficar um pouco triste, mas ao mesmo tempo feliz, pois terei meu bebê comigo.

-Ana, estou falando com você.

Renato diz me topando e eu olho para ele.

-Desculpa, não ouvir. Poderia repetir por favor ?

Ele me olha estranho.

-Oque aconteceu ?

Eu dou um sorriso falso e respondo.

-Nada.

-Poderia me deixar à sós com a minha esposa por favor ?

Ele diz e vejo o sorriso da garçonete morrer.

A BABÁOnde histórias criam vida. Descubra agora