Era uma tarde nublada, e o apartamento que Bucky e S/N compartilhavam estava em silêncio, exceto pelo som da chuva suave batendo nas janelas. O ambiente, normalmente acolhedor, parecia de alguma forma tenso, como se algo estivesse prestes a acontecer.
Bucky estava sentado no sofá, os ombros tensos, os olhos fixos em um ponto indefinido da parede. Ele tinha passado o dia em silêncio, o que não era tão incomum, considerando sua natureza reservada, mas naquele dia, o silêncio parecia mais pesado, quase sufocante.
S/N, por sua vez, estava na cozinha, tentando se distrair lavando a louça, mas o incômodo que crescia dentro dela não podia ser ignorado por mais tempo. Nos últimos dias, as pequenas interações entre eles tinham sido preenchidas com mal-entendidos, pequenas discordâncias que, até agora, nenhum dos dois havia enfrentado diretamente.
Finalmente, incapaz de suportar o silêncio e a tensão, S/N deixou o pano de prato de lado e caminhou até a sala, parando à frente de Bucky.
- "Quer falar sobre o que está acontecendo?" - S/N perguntou, com a voz suave, mas firme. Ela sabia que algo estava errado, mas Bucky, como sempre, tentava lidar com tudo sozinho.
Bucky olhou para ela, os olhos azuis cansados, mas não respondeu de imediato. Ele respirou fundo, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas.
- "Não é nada," - ele murmurou, desviando o olhar. - "Apenas...coisas."
S/N suspirou, frustrada. - "Coisas? Bucky, faz dias que você está assim. Silencioso, distante. Eu sei que alguma coisa está acontecendo...e você está me afastando."
Ele ficou em silêncio por um momento, e então, finalmente, falou, com um tom mais pesado do que o usual. - "Você não entenderia."
Essas palavras, tão simples, mas tão dolorosas, atingiram S/N como um golpe. Ela o amava, o apoiava, e sempre tentava ser compreensiva com os desafios que ele enfrentava, mas ouvir que ele acreditava que ela não o entenderia... isso machucava.
- "Como assim, eu não entenderia?" - S/N disse, a frustração crescendo em sua voz. - "Eu estou aqui, Bucky...Estou sempre aqui, mas como posso entender se você não me deixa entrar? Se você não me diz o que está passando?"
Bucky levantou-se abruptamente do sofá, a frustração finalmente transbordando. - "Porque isso não é sobre você! Eu estou lidando com coisas que são minhas, coisas do meu passado, coisas que você não pode consertar!"
S/N deu um passo para trás, surpresa com a intensidade da reação dele. Ela sabia que o passado de Bucky era sombrio, cheio de dor e arrependimentos, mas eles haviam passado por tanto juntos. Por que agora ele estava se fechando para ela?
- "Eu sei que não posso consertar o seu passado, Bucky," - ela disse, tentando manter a calma, mesmo que seu coração estivesse apertado. - "Mas eu pensei que estivéssemos nisso juntos. Que você confiasse em mim para enfrentar essas coisas com você."
Bucky esfregou o rosto com as mãos, sentindo-se dividido. Ele sabia que estava sendo injusto com ela, mas o peso do que ele carregava às vezes era esmagador. Ele tinha medo de sobrecarregá-la com isso, de vê-la se afastar se soubesse a profundidade de sua dor e culpa.
- "É exatamente isso..." - ele sussurrou, finalmente revelando o que estava em seu coração. - "Eu não quero te sobrecarregar com tudo isso. Eu sou uma bagunça, S/N. E eu tenho medo...medo de que você acabe se cansando."
O silêncio tomou conta da sala por um momento. As palavras de Bucky ecoaram na mente de S/N, e de repente ela entendeu o que estava realmente acontecendo. Ele não estava afastando-a porque não confiava nela, mas porque tinha medo de que ela visse o pior dele e decidisse que não valia a pena.
S/N deu um passo à frente, até estar diretamente à frente de Bucky. Ela olhou nos olhos dele, sentindo a dor e o medo que ele escondia atrás de seu silêncio.
- "Bucky," - ela começou, com a voz suave e firme. - "Eu não vou a lugar nenhum. Eu sei que o seu passado é pesado. Sei que você passou por coisas horríveis, mas eu estou aqui. Estou aqui porque eu escolhi você, com tudo o que vem junto. Não pense nem por um segundo que eu vou desistir de nós."
Ele a olhou com olhos marejados, surpreso com a profundidade do compromisso e do amor que via nos olhos dela. Bucky era um homem que conhecia a perda e o medo como velhos amigos, mas, com S/N, ele tinha encontrado uma esperança que às vezes parecia ser boa demais para ser verdade.
- "Eu só...não quero te perder...como eu perdi o Steve" - ele murmurou, quase como se fosse uma confissão.
S/N, sem hesitar, envolveu seus braços em torno dele, puxando-o para um abraço apertado. - "Você não vai. Mas precisa me deixar fazer parte disso, Bucky. Se há uma coisa que eu posso prometer é que, por mais difícil que seja, nós vamos enfrentar juntos."
Por um longo momento, Bucky permaneceu em silêncio, sentindo o conforto dos braços de S/N ao seu redor. Ele respirou fundo e, pela primeira vez em dias, deixou o peso em seu peito diminuir um pouco.
- "Desculpa por ter sido tão teimoso." - ele disse baixinho, enterrando o rosto no ombro dela.
S/N sorriu levemente, acariciando o cabelo dele. - "Está tudo bem. Mas, da próxima vez, podemos falar antes de tudo ficar tão complicado?"
Bucky assentiu, afastando-se o suficiente para olhar nos olhos dela.
- "Eu prometo."
E assim, em meio à chuva que ainda caía suavemente lá fora, Bucky e S/N encontraram um caminho de volta um para o outro. A briga, que parecia tão intensa no início, transformou-se em uma nova compreensão — de que, apesar de tudo, eles eram mais fortes juntos.
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Imagines Sebastian Stan/Bucky Barnes
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