Roda de Samba | Wagner Moura

• De volta pro aconchego

🎶 "Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero, um abraço
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade

Que bom poder tá contigo de novo
Roçando o teu corpo e beijando você
Pra mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam
A paz que eu gosto de ter

É duro ficar sem você, vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar
Na felicidade sem fim"🎶

A expectativa de nos vermos novamente, desta vez sem a pressão de compromissos ou responsabilidades, nos enchia de ansiedade e alegria. Com as passagens compradas pra Los Angeles, aumentava ainda mais minha ansiedade de chegar lá. Não sei o que irá acontecer, não sei se Wagner contou para seus filhos sobre nós, não sei como iremos agir perto um do outro quando eu entrar em seu espaço.

Finalmente chega o dia da viagem e minha excitação de poder vê-lo novamente só aumenta. Caminho pelos corredores do aeroporto de Toronto e checo o telão em busca do meu portão de embarque. Estou tão ansiosa que cheguei 03horas antes pro check in, decido mandar uma mensagem pro Wagner avisando que estava no aeroporto.

              "Mal posso esperar pra tá com você. Tão ansiosa que cheguei 3h antes 🤣"

"Eu não aguento com você e sua ansiedade. Mal posso esperar pra te ver. Estarei te esperando no aeroporto ansioso ! 😁"
Me respondeu Wagner prontamente.

Mal posso esperar pra conhecer a Califórnia e passar esse tempo com Wagner, sempre foi meu sonho ir pra Los Angeles.
De repente a chamada do voo foi feita e logo me encaminho pro embarque. Sento no avião ansiosa para que as horas passem logo, então coloco meu fone pra distrair ouvindo algumas coisas em aleatório. Recebo uma última mensagem de Wagner dizendo que estava contando as horas e digo que já iria decolar, coloco meu celular em modo avião e aqui vamos nos.

Quando o piloto anuncia que aterrizaremos em 15 minutos, meu coração salta do peito de ansiedade. Nunca pensei que estaria em um avião indo de encontro ao Wagner Moura. As vezes repito seu nome alto e parece um sonho, ainda não acredito no que estamos vivendo.
Tiro meu celular do modo avião e mando uma mensagem avisado que havia aterrissado.
Retiro minha mala de mão e saio do avião a caminho dos corredores do aeroporto LAX. Decidi que levaria uma mala de mão, uma mochila e minha bolsa, já que compraria algumas coisas por aqui e compraria uma mala maior pra despachar. 

Passo pela imigração e finalmente a última saída, a saída que veria Wagner me esperando. Assim que faço a virada, vejo Wagner com flores nas mãos e um sorriso lindo, seu rosto escondido discreto por um óculos escuros.

- Não acredito que estou aqui. - digo assim que corri e abracei Wagner pelo pescoço.

- Que bom que você topou vir passar essa semana comigo. To muito feliz! - diz Wagner retribuindo o abraço. Nós abraçamos e beijamos brevemente, Wagner pega minhas malas e caminhamos em direção ao seu carro.

Nunca pensei que faria tanto calor em Los Angeles em Julho, e eu tava morrendo de tão quente que estava.
Wagner e eu seguimos em direção a sua casa, ele segurava minha mão e beijava enquanto dirigia, e eu o admirava a todo momento. Wagner havia se mudado da casa que morava com Sandra antes de ir ao Brasil, mas seus filhos ainda moravam com a mãe e dali pra frente revezariam os dias com os mesmos.

Chegamos em sua casa e era um espaço muito aconchegante e acolhedor, com artes, livros, tudo que combinava com a personalidade de Wagner.

Adentramos em sua casa, ele me apresenta todos os cômodos da casa, e então voltamos pra sala pra pegar minhas coisas e levar pro seu quarto. Ele vem em minha direção, com aquele ar tranquilo e charmoso, e me envolveu em um abraço forte assim que me alcançou.

- Finalmente, - disse ele, baixinho, perto do meu ouvido. - Estava contando as horas pra esse momento.

Wagner me abraça quando terminamos de colocar minhas coisas no seu quarto. - Isso é perfeito, Margot. Tudo o que eu precisava. - diz.

- Não acredito que conseguimos. - digo sorrindo. - Obrigada por me deixar entrar, assim, na sua vida. - finalizo.

Wagner me segurava firme em seus braços, e por alguns segundos, não dissemos nada. O momento estava carregado de sentimentos, e eu sabia que ambos estávamos sentindo o mesmo: alívio por finalmente estarmos juntos.

- Não quero te apressar em nada, mas preciso te contar o que aconteceu. - diz passando sua mão em meu rosto.

- O que aconteceu ? - pergunto em dúvida.

- Conversei com meus filhos. - diz e me faço surpresa. - Eles ainda estão digerindo a historia, mas agora só posso esperar pela reação deles. - diz.

- Wagner! Eu não quero que isso atrapalhe a relação de vocês. - digo segurando seu rosto em minhas mãos.

- Não é você! Mas também não quero viver com você escondido. Não é certo, Margot. Não é certo isso com você. - diz sincero.

- Eu já disse que te espero, sem problemas. - digo e o beijo.

Wagner se aproximou mais, me puxando pela cintura. Ele sorri entre nosso beijo.
-Eu quero estar com você, de verdade. Quero viver isso sem medo, sem pressa. Seja em Toronto, no Rio, em Los Angeles ou em qualquer lugar, eu vou encontrar um jeito. - diz me beijando novamente.

- Eu também quero isso, - respondi, sentindo meu coração acelerar novamente. - O resto a gente descobre.

A noite caiu rapidamente, já que eu havia chegado no final da tarde, e nós nos deixamos levar pelo momento. Wagner, sempre carinhoso, tomou a iniciativa, me deitando suavemente em sua cama. O toque de suas mãos no meu corpo me fez esquecer qualquer dúvida ou medo que ainda pairasse sobre nós. O calor de seu corpo junto ao meu era tudo o que eu precisava naquele instante.

Ele me beijava com desejo, descendo lentamente pelos meus ombros até alcançar meu pescoço, me fazendo suspirar. Suas mãos exploravam cada parte de mim.
Reagi ao seu toque, puxando-o para mais perto. Senti suas mãos firmes descendo pelas minhas costas, enquanto ele me beijava com uma paixão que só parecia crescer. Naquele momento, éramos apenas nós dois,  apenas presentes um para o outro.

Depois de um tempo juntos, deitados, Wagner ainda me abraçava.
- E quanto ao nosso futuro? - o pergunto. - Sei que ainda tem a distância, os seus compromissos, meu trabalho, mas eu quero que a gente continue isso. De verdade. Quero fazer parte da sua vida, onde quer que você esteja. - digo pro Wagner.

- O futuro pode esperar, Margot. O que importa é que estamos juntos agora, e o resto a gente resolve. - diz sorrindo e nos beijamos novamente curtindo um ao outro, cessando a saudade da distância.