• Ainda bem, que agora encontrei você...

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    🎶Você veio pra ficar
                                Você que me faz feliz
                                Você que me faz cantar
                                    Assim🎶

Como sempre, a semana novamente passou rápido e me encontro praticamente na última semana aqui no Brasil, no meu Rio de Janeiro.

Sexta-feira,06:00 da tarde e me encontro finalizando minhas coisas pra ir pra casa do Wagner. O mesmo havia me enviado uma mensagem dizendo que já estava indo pra casa e que me esperaria lá. Me despeço dos meus cachorros e da minha mãe, avisando que voltaria na segunda pra casa. Ainda não acredito como tudo passou tão rápido esses dias e que na próxima sexta já estarei entrando naquele avião de novo, de volta pro Canadá. 

Coloco minhas coisas no carro e pela última vez faço esse caminho. Será mesmo a última vez ? O que será daqui pra frente? Será que isso tudo não passou de "um amor de verão" ou "amor de carnaval"? Escolho uma playlist aleatória e todas as músicas tocadas me fazem lembrar tudo que tenho vivido nesses dias. Tudo tão poeticamente encantador, da até medo de acordar e tudo ser um sonho. 

Entro no condomínio e como sempre a garagem já está aberta a minha espera, indicando que Wagner já estava em casa. Estaciono o carro e o vejo, lindo como sempre com aquele sorriso charmoso que só ele tem.
Saio do carro, o abraço sem dizer nada e Wagner retribui o abraço. 

- Também senti sua falta. - diz Wagner beijando meus cabelos, enquanto mantenho meu rosto em seu pescoço. As vezes sou difícil de expressar meus sentimentos em palavras e acho que por Wagner ser mais velho e mais experiente, ele percebe. 

- Sim, eu senti sua falta, Wagner. - digo o soltando e olhando em seus olhos. O mesmo me olha com um olhar triste ao ver meus olhos cheios de lágrimas, que não contenho e as deixo cair sobre meu rosto. 

- Não chora, meu amor. A gente vai dar um jeito. - diz passando as mãos em meu rosto, enxugando minhas lágrimas que insistem em cair. - Vem, vamos entrar. - diz Wagner me ajudando com as coisas e entramos em casa abraçados.

Wagner coloca minhas coisas no quarto e volta rapidamente pra sala, enquanto isso me jogo no sofá sem conseguir parar de chorar. Meu Deus, que drama! Eu sempre fui chorona pra algumas coisas, mas desse jeito não to me reconhecendo. Não sei o que esse homem fez comigo pra ficar assim chorosa. Eu só posso tá de TPM, não é possível. 

- Meu amor, vem cá vem. -  diz Wagner me puxando pra um abraço.

- Eu não sei o que tá acontecendo comigo. Acho que to de TPM. - digo ainda chorosa, com o rosto no peito de Wagner e o mesmo ri. 

- Meu amor, você pode chorar o quanto quiser. Não tem problema. - diz calmo, acariciando minhas costas.

- Meu Deus, eu odeio chorar. Eu sou durona, não posso chorar feito um bebê. - digo levantando a cabeça e tentando enxugar as lágrimas. Wagner mantém um semblante risonho, me segurando pela cintura e me olhando. 

- Você não precisa esconder sua fraqueza. Não pra mim, meu amor. - diz carinhoso e continuo a engolir o choro e me manter firme.

- Chega! - digo me recompondo. - Vou fazer uma comida pra gente. - digo do nada, como se nada tivesse acontecido. Wagner me olha ainda sorrindo e me solta.

- Tem certeza? - me pergunta em dúvida, e sigo pra cozinha olhando o que tem pra fazer.

- Eu to bem! Não quero falar disso agora. - digo olhando os armários. 

Ai gente, odeio ficar chorando na frente dos outros e essa tristeza de ir embora e deixar minha vida aqui de novo me deixa muito sensível. E como uma boa Ariana, não gosto de ser vista sempre como frágil. 

Faço a comida pra gente e Wagner me ajuda a colocar a mesa. Enquanto estou terminando de mexer na comida, Wagner chega e me abraça por trás colocando seu rosto em meu pescoço.

- Isso tá cheirando muito bom. - diz beijando meu ombro. 

- Espero que você goste. - digo virando o rosto, dando um selinho em Wagner.

Finalizo e coloco as coisas na mesa pra gente, Wagner se senta e faço o mesmo. Conversamos, Wagner me pergunta sobre meu voo e diz que queria poder ir ao aeroporto ficar comigo. Digo que não tem problema e que não quero trazer problemas pra ele, já que não podemos ser vistos em público.

 Finalizamos o jantar e decidimos assistir um filme juntos na sala. Vou até o quarto e pego o edredom da cama e alguns travesseiros pra colocar no sofá. Enquanto isso, Wagner prepara pipoca e pega algumas cervejas pra nós, escolhemos assistir um filme de suspense na Netflix que havia lançado.

Deitamos no sofá, me aconchego nos braços de Wagner e o mesmo me abraça. O filme parece bem interessante e nos prende do começo ao fim, mas quando dou por mim, acabo adormecendo.
Acordo de repente e vejo a TV parada na tela inicial da Netflix, desligo e olho pro lado, Wagner dorme tranquilamente parecendo cansado pelos dias de gravação e correria que tem tido. Olho meu relógio e passa-se das 03:00am, viro pro outro lado ficando de costas pra Wagner e sinto seus braços apertarem minha cintura, me acomodo e volto a dormir.

Acordo novamente sentindo beijos em meu pescoço, ombro e braço. Sorrio ainda de olhos fechados e me viro ficando de frente pra Wagner, que me olha e acaricia meu rosto. 

- Bom dia! - digo finalmente abrindo os olhos e acaricio seu rosto, sua barba. 

- Bom dia, meu amor. A senhorita dormiu bem? - me pergunta passando a mão em meus cabelos. 

- Muito bem! Queria acordar assim todos os dias. - digo e o abraço apertado, o fazendo sorrir. 

- Isso a gente pode resolver rapidinho. - diz alisando minhas costas e beijando meu ombro, e resmungo preguiçosa. 

- A gente pode ficar o dia todo aqui assim? - pergunto e Wagner balança a cabeça que sim.

Ficamos assim, juntinhos a manhã toda, até meu estômago roncar como sempre. Decido pedir alguma coisa no delivery, enquanto Wagner levanta pra fumar.

Termino de fazer nosso pedido e vou até a área externa ao seu encontro, o mesmo sentado em uma das poltronas e sento em seu colo.

- Você deveria parar de fumar, sabia. - digo tirando o cigarro de sua mão e o apagando.

- Eu to tentando parar, mas com essas coisas de gravação e a finalização do divórcio tem me deixado ansioso pra cacete. - diz Wagner.

- Você tem que focar essa vontade de fumar em outra coisa, sei lá. Come alguma coisa ao invés de fumar, ou procura alguma coisa pra beber, sei lá. - digo tentando encontrar uma solução.

- Eu tenho mascado chiclete ou bala toda vez que me dá vontade de fumar. - diz.

- Então isso já é um começo. - digo e beijo seu rosto.

- Quando eu to com você não sinto tanto essa vontade de fumar. - diz Wagner colocando meu cabelo atrás da orelha.

- Então isso significa que eu te distraio. - digo sorrindo.

- Mas você é uma boa distração. - diz sorrindo, se inclinando pra me beijar. Nossos beijos sempre tem sido cheios de desejos, e esse não foi diferente. Quando dei por mim, minha blusa já estava no chão e Wagner também sem camisa.

- Wagner! - o chamo. - Aqui fora não, tenho medo de alguém aparecer. - digo e o mesmo acena com a cabeça nos levantando, comigo em seu colo e minhas pernas entrelaçadas em sua cintura. Wagner nos encaminha novamente pra sala, nos deitando no sofá. 

Nós despimos e nos entregamos mais uma vez a esse sentimento que crescerá acelerado. Nossos corpos sempre em sintonia, dançam como num samba de domingo, em ritmo e harmonia.
Wagner deita ao meu lado ofegante e o suor de nossos corpos indicam a temperatura dessa paixão avassaladora.

- Não quero ser egoísta, mas não queria que você fosse embora. Não agora! - diz Wagner olhando pro teto, recuperando o fôlego.

- Eu não tenho muita escolha no momento. Infelizmente preciso voltar pra realidade. - digo fazendo o mesmo, olhando pro teto da sala.

Somos interrompidos pelo toque no meu celular, indicando que nosso delivery havia chegado. Levanto rapidamente vestindo a camisa de Wagner e vou até a porta pegar as coisas.

Roda de Samba | Wagner MouraOnde histórias criam vida. Descubra agora