• O último romântico

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Acordo com uma dorzinha de cabeça chata, viro para o lado e percebo que Wagner ainda dorme tranquilamente ao meu lado. O lençol em sua cintura e seu peito a mostra, me faz lembrar do que aconteceu essa noite/madrugada. Sorrio lembrando e estico meu braço o abraçando pela cintura, encostando minha cabeça em seu peito. Wagner se mexe na cama virando-se pro meu lado, me abraçando. 

- Bom dia, amor. - diz Wagner ainda de olhos fechados, escondendo seu rosto em meu pescoço, apertando seu abraço em minha cintura. 

- Bom dia! - digo acariciando suas costas.

Ficamos assim por um bom tempo, somente curtindo e aproveitando o carinho e presença um do outro. 

- Você trabalha hoje ? - pergunto.

- Não, só amanhã. Hoje eu sou todo seu. - diz Wagner e sinto o mesmo sorrir em meu pescoço.

Ficamos mais um tempo assim, até me dar vontade de ir ao banheiro. Bato de leve no braço de Wagner o fazendo me soltar, mesmo sendo contra sua vontade. Levanto e olho ao redor tentando encontrar uma camisa pra colocar. Acho a camisa preta de Wagner no pé da cama, puxo a mesma, levanto da cama e a coloco enquanto Wagner mantém seus olhos fixados em mim vestindo sua camisa.

- Ficou muito melhor em você. - diz sorrindo, colocando seus braços atrás da cabeça. Faço uma cara sem graça, mas gosto desse jeito que Wagner me olha.

- Preto é minha cor favorita. - digo e me viro em direção ao banheiro. 

Escovo os dentes e lavo meu rosto, saio do banheiro e Wagner ainda esta na cama de olhos fechados com a mão em seu rosto.

- Não tenho mais idade pra isso, preciso segurar um pouco de beber. - diz.

- Ai, que exagero Wagner! - digo incrédula.

- Você que ainda é nova, Margot! Tenho quase 49 anos nas costas, não posso mais fazer essas loucuras. - diz me olhando.

- Desculpa aí, vovô. - digo zoando o mesmo, me aproximando da cama.

- Vovô? Não foi isso que você disse quando eu tava te comendo. - diz me puxando pra cama e me prendendo na mesma.

-Foi você que disse, não eu. - digo rindo. 

- Vou te mostrar o vovô ja já. - diz rindo e me beija.

- Eu não sei você, mas eu to morrendo de fome. - digo entre beijos. Wagner diz que também está com fome, bate na minha bunda e levanta pra ir ao banheiro. 

Levanto indo em direção a cozinha, olho no relógio e são 10:30am. Procuro nos armários e pego algumas coisas pra preparar um café pra nós. Alguns minutos depois Wagner entra na cozinha e me ajuda a finalizar o que iríamos comer. Se tem uma coisa que acostumei morando no Canadá, foi o café da manhã. Sempre sinto falta do ovo mexido, bacon, hashbrown (batata), uma torrada ou panqueca, e por sorte tinha tudo aqui. Acho que o Wagner também acostumou morando muito tempo em Los Angeles. Sentamos pra comer nosso café e conversar um pouco mais sobre nós e nossa vida, Wagner diz que tá muito animado com esse novo projeto e que logo começarão as filmagens na próxima semana. 

- Sabe o que lembrei? - diz Wagner. - Que não comemorei seu aniversário. - diz do nada. 

- Claro que não, ainda não nos conhecíamos. - digo.

- Mas eu quero fazer algo pra você agora que estamos juntos. Quero te celebrar. - diz Wagner sorrindo.

- Meu amor, não precisa. Sério! - digo segurando em sua mão por cima da mesa. 

- Margot, você não tem escolha. - diz beijando minha mão. - Esteja pronta às 20:00 hoje! - diz e se levanta da mesa.

- Posso ao menos saber o que você vai fazer ? - pergunto.

Roda de Samba | Wagner MouraOnde histórias criam vida. Descubra agora