capítulo 12

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Naruto não lembrava muito bem como era ser uma criança normal, ate porque nunca teve esse privilégio. Aos seis anos, ele já sabia que a palavra "família" tinha um peso diferente para ele.

- Você só come depois de acertar o primeiro tiro - a voz grossa e implacável ecoava na memória. A silhueta do homem era apenas uma sombra, mas a presença era impossível de ignorar.

Naruto tinha apenas seis anos e segurava a arma com mãos pequenas e trêmulas, a madeira do rifle pesado demais para seus braços infantis. Os dedos magros envolviam o gatilho com uma hesitação que ele sabia que não deveria existir.

A criança respirou fundo, os dedos trêmulos segurando o gatilho. O som do disparo era ensurdecedor, e o recuo da arma o jogava um passo para trás. O tiro havia falhado.

Uma voz grave e autoritária ressoou no cômodo, mas o rosto daquele que falava permanecia na penumbra, invisível, como sempre.

- De novo - a voz saiu fria e sem piedade

Ele tentava, errava, e de novo. O ciclo parecia interminável. A fome corroía suas entranhas, e seus olhos ardiam, mas ele não podia chorar. Lágrimas eram fraqueza, e fraqueza não tinha lugar ali.

- Meu filho pode ter te adotado - sua voz saia fria enquanto encarava naruto- Ele pode realmente amar você, Mas você nunca será um Del castillo

Naruto não ousou levantar a cabeça, aquilo tudo era verdade, Seus "pais" o adotaram por pura pena e mesmo se nostrassem um pingo de afeto ,nada ali era dele, mesmo cercado de riqueza e dinheiro, Ainda era um maldito pobre esperando pelo pai alcolatra em um barraco que antigamente chamava de lar.

O silêncio voltou, o único som era o da respiração irregular de Naruto, seus oensamentos tomando o controle . Seus dedos no gatilho não hesitaram por nenhuma fração de segundo , soltando o gatilho nove vezes seguidas.

Bang, Bang, Bang, Bang, Bang Bang, Bang, Bang, Bang

Acertou todas as balas bem no peito do boneco.

- Parabéns - a voz do avô veio, seca e carregada de desprezo. - Para uma criaturinha repugnante como você, um lixo que vive de migalhas dos outros, até que fez algo útil. Aproveite a sua recompensa de hoje: a caminha de cachorroao lado da mesa de jantar essa noite. Afinal, é o único lugar onde uma criatura interesseira e suja como você pertence.

Já que insistia tanto que era um interesseiro, talvez fosse isso que deveria virar.

...

Sasuke estava sentado à mesa da reunião, claramente bravo, enquanto os pais de Sakura discutiam os negócios que envolviam suas empresas. A conversa, que deveria ser profissional, rapidamente se desviou para o lado pessoal, e a irritação de Sasuke crescia a cada palavra que saía das bocas deles.

- Não podemos ignorar o que aconteceu - começou o pai de Sakura, sua voz alta e cheia de indignação. - O seu ômega foi completamente rude ao agredir a nossa filha! Ele socou Sakura! Ela até mesmo cuspiu sangue!

A atmosfera na sala se tornou pesada. O tom de acusação e o olhar feroz do pai de Sakura pareciam cortar o ar. Sasuke, já sem paciência, arqueou uma sobrancelha, uma expressão de desdém tomando conta de seu rosto. Ele soltou uma risada seca, não se contendo diante da hipocrisia da situação.

- Sério? -perguntou ele, seu tom mordaz. - Não sabia que um simples tapa na cara era capaz de tudo isso.

Os olhos dos pais de Sakura se alargaram de choque e desprezo. A mãe, em particular, estava visivelmente ofendida, as bochechas rubras de raiva.

VOTOS DE LUXÚRIA- SASUNARUOnde histórias criam vida. Descubra agora