7. A culpa era dela.

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Mesmo sem abrir os olhos Sooyan sabia que toda aquela claridade significava dia.
Ela estava deitada de barriga para baixo na cama, e assim que despertou sentiu como se tudo girasse.
Aaaaaannnnn, minha cabeça. — gemeu arranhado e levou a mão até a têmpora.
Ela se esforçou para virar na cama e apertou os olhos encarando o teto, o lustre parecia se contorcer em espiral, o que a deixou enjoada. A garota se forçou a sentar e com dificuldade abrir os olhos bem devagar. Ela olhou ao redor e percebeu estar no casarão alugado para sua festa de aniversário, o que automaticamente a faz se lembrar de tudo.
A garota se sentou rápido quando as últimas lembranças da noite lhe vieram a mente, ela olhou si mesma coberta pelo edredom, e afastou o tecido do corpo, assim vendo a si mesma pelada.
— Ai, merda, eu não acredito. — murmurou rosnando e se jogou deitando bruscamente cobrindo-se dos pés a cabeça, e começou a se debater aos berros de baixo do edredom. — SOOYAN, SUA IDIOTA, IDIOTA, IDIOTA! VOCÊ SÓ FAZ MERDA, SÓ FAZ MERDA! TE ODEIO, TE ODEIO, TE ODEIO!
Ela ficou ali, brigando consigo mesma por alguns minutos, e depois que o chilique passou, ouviu duas batidas na porta, e em seguida o som dela sendo aberta.
Merda, ele ainda está aqui?!”, pensou de baixo do edredom.
Sooyan ouviu alguns passos e pediu a Buda que não fosse Park Seo-joon.
— Está acordada? — perguntou a pessoa que entrou no quarto, ela reconheceu a voz, e não era quem ela pensava.
Sooyan abaixou o edredom até o busto e viu a pessoa perto da cama com uma xícara na mão.
— Changbinnie, oi. — ela se sentou. — Bom dia.
— Bom dia? — Changbin repetiu e riu. — Já passa das uma.
Sooyan arregalou os olhos.
— Uma? Deus do céu! — ela jogou os travesseiros para cima procurando algo. — Cadê? Cadê o meu celular?!
Changbin viu o aparelho em cima do criado mudo, então ele pegou e estendeu para a garota.
— Aqui! — disse entregando-lhe e estendeu a xícara que segurava. — Toma, café preto e sem açúcar, para ajudar na ressaca.
Sooyan o olhou com as sobrancelhas franzidas e fez bico.
Owh, você é um anjo na minha vida. — ela disse, pegou primeiro o celular, depois a xícara, a qual deu um curto gole no café forte e amargo. — Obrigada.
— Por que não toma um banho e desce? — o ídol permaneceu de pé e enfiou as mãos nos bolsos. — Eu fiz comida. Podemos comer antes de entregar a chave.
— Eu adoraria, mas eu preciso ir trabalhar. — respondeu a garota mexendo no celular. — Mas... que estanho. Não recebi nenhuma mensagem.
— Todo mundo já foi embora, as garotas foram trabalhar, a Ha-ri disse que iria que em casa antes de ir buscar o Eun-ho no pai. — contou. — O Park Seo-joon saiu daqui a pouco tempo, disse que o Dong-Seok chegou de viajem hoje pela manhã, e que podia te cobrir na empresa. Falou que era pra você tirar o dia de folga. Eu já limpei tudo e fique aqui para te esperar acordar.
Sooyan o olhou enquanto ele falava.
— Com toda certeza você foi o amor da minha vida na vida passada, você é um fofo. — disse a garota, o que fez Changbin abaixar a cabeça e dar um risinho acanhado. — Dia de folga?! — ela murmurou um riso ao beber mais um pouco do café. — Não sei o que é isso a muito tempo, ontem foi uma excessão, por que era a minha folga e eu realmente usei como folga.
— Então usa hoje como folga também! Para ter dormido até esse horário é por que você estava cansada. — disse Changbin e andou em direção a porta. — Toma um banho e vem para a gente comer.
— Obrigada. — disse Sooyan em um tom alto depois que ele saiu.
Ela realmente tomou um banho e foi para a cozinha, onde eles conversaram um pouco e comeram juntos, depois disso Sooyan entregou a chave ao proprietário, se despediu de Changbin e cada um foi para sua casa, onde ela ficou pensando sobre a conversa que teve com Hyunjin, e parte dela se recusava a aceitar que e tivesse "terminado" com ela.
Alguns dias se passaram e ela evitou de todas as formas esbarrar com Seo-joon na empresa, Hyunjin e o SKZ estavam viajando em turnê e eles mal se falavam, ela continuou com a rotina de empresária e de mãe solteira.
Em uma noite, ela recebeu uma ligação do Jin pedindo uma ajuda a ela, então ela trocou de roupa e foi até a casa dele, onde o encontrou juntamente a Jimin.
Jin e Yas estavam juntos desde a primeira vez que ficaram na casa army, a menos de seis meses ele havia pedido-a em casamento, dela obviamente havia aceitado, então o casamento daria alí a poucas semanas, e ele queria fazer uma surpresa a noiva; encomendou pessoalmente várias lembrancinhas personalizadas com fotos dos dois, do jeitinho que ela queria fazer e achou que não daria tempo, então abriu mão de encomendar.
Ele havia acabado de receber inúmeras caixas com essas lembrancinhas e precisava de ajuda para esconde-las até o dia do casamento, e ninguém melhor do que ela, que seria uma das madrinhas da noiva, para ajudar.
Depois de quase dois anos chateada com Sooyan depois da suposta morte de Sue-Yang, Yasmin cedeu a procura de contato da garota de novo nome, e elas voltaram a se falar. Não vivem mais grudadas como antes, pois cada uma tem sua vida, mas elas mantém contato frequentemente, e Yas amava mimar o filho da amiga.
— Não sei o que seria de mim sem a ajuda de vocês, obrigado, de verdade. — disse Jin próximo a Sooyan no estacionamento do prédio em que ele morava, ambos tiravam as caixas do carro do ídol e colocando no dela com a ajuda de Jimin. — Os outros rapazes estão ocupados hoje e eu não sabia mais a quem recorrer.
— Não precisa agradecer, pode contar sempre comigo para o que precisar. — disse Sooyan colocando uma caixa no banco traseiro de seu carro. — Lindo da sua parte fazer essa surpresa, ela vai amar.
— Essa é a última caixa. — disse Jimin se aproximando com uma caixa e a colocando no banco traseiro do carro de Sooyan, o qual fechou a porta em seguida. — E aí, vamos sair para jantar?
— Eu posso pedir alguma coisa para a gente comer, não tenho nada pronto lá em cima. — disse Jin.
Jimin deu um risinho e o olhou.
— Desculpa, amigo, mas... não estava falando com você.
Jin olhou Sooyan subitamente, que também olhou Jimin subitamente.
— Quê? — de início ela perguntou retoricamente. — Estava falando comigo?
Jimin murmurou uma afirmação e suspirou, ele enfiou as mãos nos bolsos.
— Não pude ir no seu aniversário. — ele disse. — Quero compensar de alguma forma.
— Ah! — Sooyan exclamou e deu um risinho desviando o olhar por um momento. — Não se preocupe com isso, está tudo bem!
— Eu faço questão! — Jimin insistiu. — É só um jantar. O que poderia acontecer?!
Jin sentiu vontade de rir, ele conhecia bem o amigo e sabia havia segundas intenções.
— Se você não estava falando comigo, significa que eu não posso ir jantar com vocês. — disse Jin. — Será que eu acertaria se dissesse o que acho que você vai querer comer? — ele passou a língua entre os lábios e desviou o olhar sutilmente para Sooyan.

v3 - Not Celebrity • Immoral FameOnde histórias criam vida. Descubra agora