10. Senso moralista - PART II

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Ao despertar Sooyan teve um pouco de dificuldade em abrir os olhos, era como se suas pálpebras pesassem uma tonelada, e mesmo tendo acabado de acordar parecia que não dormia a dias. O fundo da sua cabeça doía, mas não de forma externa - ainda que houvesse um ferimento ali -, era como uma cefaléia de enxaqueca.
Pelo pouco que conseguiu abrir os olhos percebeu que estava em um quarto de hospital, havia uma televisão ligada bem baixinho em um suporte na parede branco gelo, abaixo dela havia uma mesinha com uma mochila e um vaso com flores - provavelmente artificiais - ao lado.
Ela virou devagar a cabeça de lado e viu que era dia através das enormes janelas de vidro, havia uma poltrona no canto do quarto e nela um sobretudo pendurado no encosto.
Ao lado dela, que estava deitada em uma maca, havia alguém sentado em uma cadeira, com a cabeça deitada no acolchoado, com o rosto na direção dos pés dela, parecia estar dormindo, mas segurava sua mão daquele lado.
Ela levou a mão livre a abaixar até a altura do queixo a máscara de oxigênio, virou a outra mão pondo a palma pra cima e segurando a da pessoa que estava ao seu lado.
Era V.
Ele sentiu a mão da garota segurar a sua e despertou, levantou em um pulo quando a viu acordada. Ele correu para fora do quarto, o que a deixou confusa por alguns segundos.
Ela continuou deitada, estava atordoada, sentia o corpo todo formigar e doer de forma sutil. Também sentia um formigamento no abdômen, e quando estava prestes a coçar por cima do roupão de internação V retornou como um médico, esse que ele conhecia bem.
- Finalmente acordou. Eu diria que é bom te ver outra vez se não fosse novamente nessa ocasião. - disse o médico com um olhar doce gentil. - Como você está?

Sooyan o reconheceu de imediato, mas se corpo estava fraco demais para ela conseguir esboçar qualquer reação, mas ela cortou um sorriso quase imperceptível

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Sooyan o reconheceu de imediato, mas se corpo estava fraco demais para ela conseguir esboçar qualquer reação, mas ela cortou um sorriso quase imperceptível.
Dr. Dylan se aproximou dela e tirou por completo a máscara de oxigênio.
- Vamos ver como você se sai sem isto. - disse, e olhou no monitor ao lado da cama, aparentemente a oximetria e saturação estavam estáveis. - Tudo bem até aqui.
Sooyan esticou o pescoço.
- O que aconteceu?
- Você ligou para a emergência e desmaiou. - contou V. - Quando os paramédicos chegaram encontraram você desacordada e ligaram para o contato de emergência no seu celular.
Sooyan o olhou.
- Mas meu contato de emergência é o Hyunjin, ele está viajando a trabalho. - ela se lembrou.
- Eu sei. - V disse um tanto decepcionado. - Por isso que ele me ligou.
Dr. Dylan pegou uma caneta lanterna presa no bolsinho do jaleco e se aproximou dela.
- Vamos ver. - ele checou o reflexo das pupilas e guardou novamente a caneta, segurou as mão dela de forma aérea. - Aperta. - e assim ela o fez. - Você é realmente muito forte e tem uma excelente recuperação. Vai ficar tudo bem.
Sooyan assentiu.
Subitamente um vazio apertou em seu peito e ela olhou V.
- Cadê o Eun-ho?
- Está em casa com a Ha-ri e o Jungkook. - contou V. - Ele está bem, o vi pela manhã.
Dr. Dylan escreveu algo na pasta da paciente e olhou para ela.
- E como você está se sentindo? - ele perguntou.
Sooyan não sabia bem como responder aquilo, estava se sentindo de várias formas - não só fisicamente. Ela balançou a cabeça para um lado e para o outro pensando no que responderia, apesar de tudo, RELATIVAMENTE estava bem.
- Bem... eu acho. - ela respondeu.
Dr. Dylan colocou a pasta no maca e se aproximou mais dela, ele tirou um par de luvas descartáveis do bolso do jaleco e as colocou.
- Deixe-me avaliar o local da incisão.
Sooyan franziu as sobrancelhas confusa e se retraiu.
- O quê?
Dr. Dylan percebeu a surpresa da garota e olhou V, que retraiu os lábios e balançou a cabeça negativamente, indicando que não havia tido tempo de contar desde que ela acordou.
O médico então suspirou e procurou as palavras.
- Você teve o baço rompido durante as agressões. - contou. - E os...
- E teve hemorragia interna, que foi controlada pelo rápido atendimento do Dr. Dylan que estava de plantão. - disse V interrompendo o médico.
O tal o olhou, o ídol fez que não sutilmente para que a garota não notasse, então o homem de jaleco decidiu se limitar, na esperança que o outro rapaz ali viesse a contar mais tarde.
- É, isso mesmo. - concordou o médico. - Você precisou de bastante bolsas de sangue para conseguir ficar estável, mas depois que a cirurgia acabou, seu estado foi melhorando. Por sorte nenhuma costela você quebrou o outro órgão foi afetado.
O médico indicou o roupão e a garota balançou a cabeça dando permissão a ele, que levantou o mesmo, deixando o curativo em diagonal no lado superior esquerdo do tórax exposto.
Delicadamente ele removeu o curativo e viu o local da cirurgia, tocou levemente ao redor e analisou a expressão da garota em busca de alguma expressão de dor.
- Isso dói? - apalpou com mais pressão.
- Incomoda um pouco. - ela disse, evitando olhar o local. - Mas é suportável.
O médico murmurou e colou o curativo de volta.
- É normal. - ele disse tirando as luvas pelo avesso. - A cicatriz vai ficar bem minimalista. Seus rins e fígado conseguirão trabalhar de forma que substitua o baço, mas é comum que sua imunidade fique mais sensível agora.
- Não me importo com cicatriz. - disse a garota abaixando o roupão. - O Ni-ki está bem? - ela perguntou e olhou V. - A última coisa que me lembro é dele desacordado.
- Ele está bem, sim. - disse o médico pegando a pasta médica. - Só tinha um leve corte na cabeça, foi atendido a dois dias mas não precisou de internação.
Sooyan franziu o cenho perdida no tempo espaço.
- A dois dias? - ela olhou V. - A quanto tempo...?
- Três dias. - V disse parando próximo a maca.
Sooyan arfou e desviou o olhar, havia ficado três dias desacordada, não tinha ideia do que tinha acontecido nesse tempo.
- Bom, eu vou deixar você descansar. - disse o médico. - Daqui a pouco alguém traz algo para você comer. Vou pedir para chamarem a psicóloga do hospital.
- Não preciso, obrigada. - ela disse olhando o médico.
V dividiu o olhar entre ela e o profissional e firmou na garota da cama.
- Sooyan, vai ser bom conversar com alguém que não faça parte da sua vida, vai precisar desse tipo de ajuda.
- Por que eu precisaria? - Sooyan o olhou, a expressão indecifrável.
V franziu as sobrancelhas, a expressão de cansaço, desânimo e rancor.
- Sooyan, você matou uma pessoa! - ele lembrou, o tom firme e amargo. - Isso deixa cicatrizes em qualquer um. E eu não estou me referindo a cicatrizes de remoção de baço.
Sooyan bufou.
- O que eu fiz foi auto defesa. - ela disse, a expressão de revolta, o humor modificado. - Eu já passei por isso vezes de mais para me deixar abalar.
V balançou a cabeça em reprovação.
- Ah, então você já matou alguém antes? - perguntou de forma irônica, viu a garota o olhar de canto, bufar e revirar os olhos. - Olha como você está agindo e falando, acha isso normal?
Sooyan ignorou a pergunta e olhou para o médico.
- Obrigada, Dr. Dylan.
O médico entendeu aquilo como uma forma educada de dispensa-lo, ele apenas franziu os lábios em um falso sorriso, fez uma leve reverência de cabeça para ela e olhou V fazendo o mesmo.
- Obrigado, doutor. - disse V.
Dr. Dylan saiu do quarto e deixou os dois a sós.
V se aproximou mais de Sooyan e apoiou as mãos na cama.
- Por que não quer ajuda? - ele perguntou. - Você vai acabar...
- Taehyung, por favor, se for insistir saia! - ela disse friamente o interrompendo.
V a ficou encarando por um tempo, quase não a reconhecendo, mas resolveu não insistir no assunto; ele suspirou.
- Está mesmo bem?
- Mais ou menos. - ela disse. - Estou um pouco enjoada. Meu pescoço dói.
- Quer ficar sentada?
- Por favor.
V manuseou o controle eletrônico da maca a fazendo ficar reclinada, deixando Sooyan quase sentada, então ele se sentou do lado dela no acolchoado. De cabeça baixa ele pensou como daria aquela notícia a ela, afinal precisava ser dada o quanto antes.
- Eu não sei bem por onde começar, mas... - ele começou a dizer, mas se interrompeu sem coragem de continuar.
Sooyan esperou, e vendo o rapaz relutar ela perguntou:
- "Mas..." o quê?
V a olhou, e demorou alguns tensos segundos a falar.
- Os golpes que você recebeu no abdômen fizeram mais estragos do que romper seu baço. - pausou desviando o olhar por um momento. - Você acabou... perdendo os bebês.
Sooyan, que o olhava com os lábios entreabertos, engoliu sentindo um leve choque e desviou o olhar, não sabia o que dizer.
- Ah...!
- Estava no início, não tinha como saber. - disse V, e pôs a mão sobre a dela. - Eu sinto muito.
Sooyan demorou alguns segundos a reagir, ela balançou a cabeça e recuou a mão.
- Eu ainda estava me acostumando com a ideia... então tudo bem.
V franziu o cenho, ficou confuso por um curto tempo, mas logo percebeu.
- Você já sabia?
Sooyan assentiu desanimada.
- A algumas semanas. - contou. - Eu estava prestes a fazer uma tomografia quando os resultados do hemograma chegaram e eu tive que interromper o exame.
- Tomografia? - V repetiu surpreso e assustado mudando o foco do assunto. - Por que precisou de uma tomografia?
Sooyan suspirou esticando a postura e sentiu uma leve fisgada no abdômen, onde colocou a mão.
- Isso não é importante. - disse, tentando evitar a explicação daquela pergunta. - O que importa é que vai ficar tudo bem.
V assentiu abaixando a cabeça em concordância, e permaneceu assim por alguns segundos, até que decidiu perguntar:
- Vai contar ao Hyunjin?
- Por que deveria? - questionou com o olhar voltado para a janela do corredor.
V deu de ombros e balançou a cabeça sem ela ver.
- Como assim "por que"? - pausou. - Ele tem o direito e saber.
Sooyan fechou os olhos e respirou fundo, pesado e tenso; ela olhou V, e aquela foi sua resposta.
V, mais uma vez, franziu o cenho, olhando fundo nos olhos dela, tentando ver através deles se o que havia interpretado naquele olhar era verdade.
- Não era dele? - ele perguntou.
Sooyan não respondeu com palavras, mas a expressão dela foi tomada por uma tristeza e uma imensa vergonha, o que bastou como resposta para V.
- Quem...
- Isso não importa mais. - respondeu Sooyan interrompendo o rapaz, ela desviou o olhar virando o rosto em outro direção e recostou a cabeça.
- Aquele garoto que estava com você. - V se referiu a Ni-ki. - Então, ele...
- Taehyung, por favor, eu não quero sobre isso o que aconteceu.
V parou e ficou um tempo a olhando, nem mesmo ele havia digerido a informado, então para ela deveria estar sendo bem pior.
- Tudo bem. - ele disse.
Caminhou e se sentou na poltrona próximo a janela, ficou calado observando a garota.
Sooyan percebeu ao lado da entrada do quarto que havia um homem alto de terno preto e ombros largos parado, com as mãos cruzadas para frente. Havia um volume em uma parte específica da Lombardi dele, e estranhamente ela achou que seria uma arma.
- Quem é? - ela perguntou.
V a ouviu e olhou na mesma direção que ela.
- O nome dele é Minjun. O Dong-Seok trouxe ele para cuidar da sua segurança enquanto estiver aqui.
Sooyan olhou para ele.
- O Dong-Seok?
V assentiu de onde estava.
- Chegamos praticamente juntos, você já havia entrado para cirurgia.
- O Dong-Seok deixou ele sobre aviso que ninguém deveria entrar além de nós dois. - disse V se referindo ao segurança.
- Eu preciso de babá agora? - perguntou ironicamente.
V bufou.
- Você tem noção do que aconteceu? - pausou. - Você foi vítima de tentativa e duplo assassinato! Se ele não colocasse um segurança 24hrs atrás de você, eu colocaria! Ou seria eu mesmo.
Sooyan o ficou encarando, no olhar dele havia revolta pelo que tinha acontecido, e preocupação do que poderia vir a acontecer com ela.
Ela desviou o olhar por um momento.
- A polícia já está no caso? - ela perguntou.
- Desde o dia. - disse V. - O garoto foi interrogado aqui mesmo no hospital, e estavam esperando você acordar para pegarem o seu depoimento também. O hospital deve notificar a eles.
Sooyan deitou a cabeça e olhou o teto, não podia creditar que aquilo tinha acontecido outra vez.
Outra tentativa de assassinato.
Novamente a mando de Jung Wook?
Era um mistério.
Afinal ele estava em viagem com o Stray Kids, embora isso não o impedisse de ser o possível/provável mandante.
V suspirou e se levantou.
- Bom, eu vou até o refeitório comprar um café, vou mandar o Dong-Seok entrar.
- Não! - disse Sooyan de imediato, o que pegou V de supresa.
O ídol a olhou um tanto confuso.
Sooyan engoliu a seco e desviou o olhar por um momento.
- O Ni-ki está por aqui? Quero vê-lo.
- Ele já deve ter ido embora, não faz nem meia hora que o dispensamos. - contou V. - Embora mesmo não tendo tido permissão de te ver, não foi embora.
- Por favor, veja se ele ainda está por aqui, e peça-o para vir. - pediu Sooyan. - Preciso saber como ele está?
- O médico já te disse que ele está bem. - lembrou V.
Sooyan bufou revirando os olhos.
- Mas eu quero vê-lo! É difícil de entender?
V franziu os lábios, estava começando a ficar incomodo com a quantidade de vezes que ela falou o nome do garoto, e com o que soube através de Dong-Seok a respeito de Ni-ki, sobre ele estar sempre pedindo pela Sooyan na empresa, e por um motivo desconhecido ele estar na casa dela tarde da noite quando o crime aconteceu o deixava ainda mais irritado - enciumado.
- Você tem um caso com aquele moleque? - perguntou, inevitavelmente sendo grosseiro.
Sooyan franziu as sobrancelhas o olhando.
- O quê? Por que acha que tem direito de me perguntar isso? - ela balançou a cabeça. - Não é da sua conta com quem eu me relaciono, e tenha mais respeito. O nome dele é Nishimura Rik!
V bufou dando um curto riso irônico desviando olhar para o momento.
- Era dele a gravidez que você esperava? - foi incoveniente. - Qual a idade dele?
- Isso não é da sua conta. - Sooyan respondeu firme e friamente. - Eu agradeço sua preocupação, mas você já pode ir embora.
V custou a acreditar que estava sendo expulso.
- Eu estou aqui a três dias, preocupado com você, sem dormir ou comer, esperando você acordar, e a única coisa que você fez desde que acordou foi perguntar por ele.
- E a única coisa que você fez desde que eu acordei foi ser incoveniente. - disse Sooyan, ela se levantou devagar da maca e se aproximou um pouco da janela de vidro para o corredor.
- Incoveniente? - V repetiu e se aproximou mais dela. - Você sempre me criticou dizendo que eu transava com qualquer uma, e agora está fazendo o mesmo que dizia ter nojo. Você me disse que nunca tinha transado com ninguém sem camisinha, e eu sei que você fez isso com o Jungkook inúmeras vezes. Você me dispensou por achar que eu tinha transado com a Soo-min e se assumiu com o Hyunjin pouco tempo depois. Agora você aparece tendo perdido gêmeos e diz que ele não é o pai. Aí esse moleque é encontrado na sua casa junto com você tarde da noite, e o Dong-Seok diz que ele não sai do seu pé na empresa. Isso por que eu nem citei o Jimin, por que vocês dois podem morrer negando, não só eu, mas todos nós sabemos que vocês transaram sim, por que o Jimin sempre consegue o que quer. E eu vou na sua casa e te pego se masturbando chamando meu nome, e mesmo depois de eu te contar que não rolou nada entre mim e a Soo-min aquele dia, você não se importa e só sabe me apontar, como se eu fosse a pior pessoa do mundo, e...
- Taehyung!!! - Sooyan quase gritou se virando para ele, interrompendo o desabafo tagarela do rapaz que parecia nem respirar entre as pausas quase inexistentes.
V travou na garganta as milhares de palavras que ainda queria dizer, mas as engoliu e respirou fundo. Ele passou a mão no cabelo e desviou o olhar por um momento passando a língua entre o lábios secos.
- Me dá uma boa razão para não ficarmos juntos. - pediu olhando-a.
Sooyan suspirou fechando os olhos, demorou alguns segundos para olha-lo novamente.
- Você! - ela disse, o tom calmo e baixo. - Você é o motivo de não ficarmos juntos. Não importa quantas vezes eu fale o porquê de você ser o motivo, você não aceita. Você não muda, e não tem que mudar, por que esse é você. Mas é de mais para mim. Eu já te falei tudo o que eu penso. Você é um paradoxo, é confuso e instável de mais para mim.
V suspirou e se aproximou um passo dela, mas Sooyan recuou levantando uma das mãos em simbologia que parece.
- Por favor... eu quero que você saia. - pediu.
Nesse momento, do lado de fora, Dong-Seok retornava do refeitório e viu Sooyan de pé próximo a janela conversando com V, sentiu um alívio no coração por ver a garota aparentemente bem e suspirou se livrando de imensa carga emocional.
- Sr. Kim...! - uma voz o chamou parando ao seu lado.
Não precisou nem mesmo olhar para saber de quem se tratava.
- O que você ainda está fazendo aqui? Eu já disse para você ir para casa.
- Por favor, Sr. Kim, deixe-me vê-la. - pediu Ni-ki cruzando as mãos para frente em uma súplica. - Eu prometo que não levarei muito tempo, só quero saber como ela está.
- Ela está bem. - disse Dong-Seok indicando o quarto.
Ni-ki olhou na direção e viu a garota de pé conversando com V.
- Já viu, agora pode ir. - disse Dong-Seok friamente.
- Por favor, Sr. Kim. - insistiu Ni-ki.
Dong-Seok bufou e olhou o garoto, ele estreitou os olhos, virou de frente para ele e cruzou os braços.
- Por que não fala a verdade?
Ni-ki franziu as sobrancelhas.
- Que verdade?
- O que você estava fazendo na casa dela aquele horário?
Ni-ki, que antes estava de lado, se virou ficando de frente para o rapaz.

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