Os pássaros canoros continuam cantando (eu te amo, eu te amo, eu te amo)

Capítulo 6

A Batcaverna era um espaço cavernoso cheio do zumbido da tecnologia e do brilho fraco dos monitores. Jason entrou, suas botas ecoando no chão de concreto. Ele lançou um rápido olhar ao redor, notando a visão familiar do Batmóvel, o computador enorme e os vários dispositivos de combate ao crime. Mas seu foco rapidamente mudou para a figura imponente de Bruce Wayne em pé perto do console central, seu rosto iluminado pelo brilho das telas.

Em volta de Bruce, o resto da Batfamília já estava reunido. Tim Drake estava sentado em um console secundário, dedos voando sobre o teclado enquanto analisava os dados recebidos. Dick Grayson estava encostado no Batmóvel, braços cruzados e uma expressão séria no rosto, embora tenha conseguido um breve aceno de reconhecimento para Jason.

Damian Wayne, tão intenso como sempre, estava ao lado de Cassandra Cain, que estava ajustando suas luvas, se preparando para qualquer missão que estivesse por vir. Stephanie Brown estava empoleirada na beirada de uma bancada de trabalho, seus olhos passando rapidamente entre as telas e os vários membros da equipe, claramente ansiosa para começar.

Bruce não olhou para cima quando Jason se aproximou, sua atenção aparentemente fixada nos dados transmitidos pelos monitores. Jason cerrou o maxilar, a mistura familiar de ressentimento e desejo agitando-se dentro dele.

"Você está atrasado", disse Bruce, com a voz baixa e controlada, sem desviar o olhar da tela.

"É bom ver você também, Bruce", respondeu Jason, tentando manter o tom leve, mas não conseguindo esconder o tom áspero em sua voz.

A tensão entre eles crepitava, cada olhar era um lembrete silencioso de sua história emaranhada. Jason endireitou os ombros, tentando mascarar a dor de cada desfeita que pairava entre eles como uma acusação não dita. Ele cerrou os punhos ao lado do corpo, querendo mostrar a Bruce que ele era mais do que o garoto que costumava sair furioso dos quartos e bater portas. Mas cada palavra trocada parecia outro passo para trás, arrancando crostas de velhas feridas que nunca pareciam cicatrizar direito.

"Qual é o caso?" Jason perguntou, forçando-se a se concentrar na tarefa em questão.

Os olhos de Bruce se ergueram brevemente para encontrar os de Jason antes de retornar aos monitores. "Temos uma situação em Gotham", ele disse, sua voz cortante e profissional. "Uma série de ataques coordenados pela cidade. Precisamos agir rápido."

O pulso de Jason acelerou, a familiar descarga de adrenalina se misturando com a tensão sempre presente entre ele e Bruce.
"O que temos até agora? Alguma pista? Algum suspeito?"

Dick deu um passo à frente. "Nós identificamos vários pontos críticos. Tim está puxando dados agora."

Tim assentiu, sem tirar os olhos do console. "Estamos vendo padrões que sugerem um alto nível de organização. Alguém que conhece nosso manual."
Damian, sempre impaciente, franziu o cenho. "Eles vão se arrepender disso. Vou garantir."

Cassandra, sempre a presença calmante, ofereceu a Jason um olhar reconfortante enquanto ajustava suas luvas. Seu apoio silencioso era um bálsamo para as bordas desgastadas de seus nervos. Ele nunca se acostumou a trabalhar tão perto de Bruce e esta noite ele se sentiu especialmente ferido depois de correr para cá logo após seu encontro com Sadie.

Stephanie pulou da bancada, seus olhos brilhando de determinação. "Então, qual é o plano?"

Bruce se endireitou, seu olhar varrendo a equipe. "Nós nos dividimos em equipes. Tim e Stephanie, vocês ficam no lado oeste. Dick e Jason, vocês ficam no leste. Damian e Cassandra cobrirão o norte. Eu coordenarei daqui e me juntarei conforme necessário."