Capítulo 12

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O dia da reunião chegou mais cedo do que Jason esperava. Sadie havia lhe dado o resumo de seus pais pelo telefone na noite anterior, tentando prepará-lo da melhor forma possível. Seu pai era um contador, quieto, mas com um senso de humor seco e um amor por história. Sua mãe, por outro lado, era um pouco mais franca — uma professora de creche que adorava seu jardim e tinha uma tendência a falar muito.

Enquanto estava em frente à modesta casa de classe média deles nos subúrbios de Gotham, Jason sentiu uma estranha sensação de desconforto se infiltrando. Não se tratava apenas de conhecer os pais de Sadie — tratava-se de entrar em um mundo do qual ele nunca tinha realmente feito parte. Jason nasceu nas profundezas do Crime Alley, o canto mais violento de Gotham, de pais instáveis ​​que eram tão quebrados e voláteis quanto o ambiente em que viviam. Jason viveu nas ruas antes mesmo de ter idade suficiente para entender o que sobrevivência realmente significava.

Então, como se por uma piada cósmica, ele foi arrancado daquelas ruas e adotado por Bruce Wayne, um dos homens mais ricos do planeta. Mas mesmo essa vida de riqueza inimaginável não conseguiu apagar o sentimento profundo de alteridade que veio com o crescimento como lixo do Crime Alley. Ele havia saltado do degrau mais baixo da sociedade para o topo, mas não havia meio termo — nenhuma experiência de como era viver uma vida estável de classe média.

Jason viveu nos extremos, das ruas implacáveis ​​à opulência de Wayne Manor. Esta casa modesta, com seu gramado bem aparado e os sons alegres de crianças rindo e gritando nas casas próximas, parecia tão estranha para ele quanto um céu azul claro acima das ruas sombreadas de Crime Alley.

E agora, ele deveria se encaixar neste mundo — conhecer os pais de Sadie, causar uma boa impressão e, de alguma forma, convencê-los de que ele era digno da filha deles.

Sadie estava ao lado dele, segurando sua mão enquanto subiam a entrada da garagem. Ela estava praticamente brilhando de excitação, completamente alheia à tempestade de ansiedade que se formava dentro dele.

Ela estava vestida com uma saia jeans curta e uma camiseta branca levemente cortada, dando a ela um visual que era descolado sem esforço e perfeitamente adequado para o verão. Seu cabelo estava casualmente preso em um coque frouxo, algumas mechas finas emoldurando seu rosto, completando sua vibe relaxada e moderna.

Jason, vestido com uma polo de manga curta e jeans, sentiu-se agudamente ciente de sua diferença. A polo, embora limpa e apresentável, revelava as cicatrizes em seus braços — lembretes visíveis de seus erros passados ​​e do perigo que ele trouxe para a vida de suas filhas.

“Você está pronto?” Sadie perguntou, apertando sua mão para tranquilizá-lo.

Jason assentiu, embora não tivesse certeza se estava tentando convencê-la ou a si mesmo. "É."

Eles chegaram à porta da frente, e Sadie a destrancou com um giro rápido da chave, dando a Jason um sorriso encorajador quando eles entraram. Antes que pudessem tirar os sapatos, uma mulher na casa dos cinquenta anos com cabelo curto e cacheado e um sorriso brilhante e acolhedor apareceu no corredor. Tinha que ser a mãe de Sadie.

Os pássaros canoros continuam cantando (eu te amo, eu te amo, eu te amo)Onde histórias criam vida. Descubra agora