Capítulo 11

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Jason e Sadie se encaixavam na vida um do outro com uma facilidade surpreendente. Quando passavam a noite juntos, geralmente começava com um jantar na casa de Jason. Sadie ainda ficava maravilhada com o quão habilidoso ele era na cozinha — ele conseguia transformar os ingredientes mais simples em algo extraordinário. Ela observava com admiração enquanto ele preparava sem esforço pratos que não ficariam fora do lugar em um restaurante de luxo. Às vezes, eles acabavam em um pequeno bistrô aconchegante, que ambos amavam, ou em uma joia escondida que haviam encontrado juntos, mas, na maioria das vezes, eles escolhiam a intimidade de ficar em casa.

Depois do jantar, as noites deles geralmente terminavam no sofá, com a TV ligada, mas esquecidos, enquanto se derretiam nos braços um do outro, se beijando até se perderem um no outro.

Sadie não passava todas as noites na casa de Jason, mesmo que eles se vissem quase todos os dias, mesmo que fosse só para tomar um café durante o turno de Sadie, mas a vida de Jason ainda era ditada por patrulhas e responsabilidades noturnas. Mas nas noites em que ele podia faltar à patrulha, eles conversavam até altas horas, às vezes sobre tudo e sobre nada.

As manhãs preguiçosas eram sua fuga favorita, com as cortinas bem fechadas contra o sol da manhã. Eles ficavam na cama até muito depois de acordarem, envoltos no calor um do outro, ignorando o mundo lá fora. O sono se estendia, e quando finalmente acordavam, o café da manhã já tinha virado almoço, mas nenhum dos dois se importava.

As tardes em que estavam juntos eram para passear por galerias de arte, perder a noção do tempo em museus ou passear de mãos dadas pelo parque.

Sadie trouxe uma leveza para sua vida que ele não tinha percebido que estava faltando. Pela primeira vez, Jason não estava fugindo de nada; em vez disso, ele estava correndo em direção a algo.

Esta noite eles estavam descansando no sofá de Jason, um filme passando na TV ao qual nenhum deles estava prestando muita atenção. Sadie estava encolhida ao lado dele, sua cabeça descansando em seu ombro, e ele tinha um braço ao redor dela, sua mão distraidamente traçando círculos em seu braço.

“Sabe”, ela disse de repente, quebrando o silêncio, “eu estava pensando em uma coisa.”

Jason olhou para ela, levantando uma sobrancelha. “O que é isso?”

Ela hesitou, seus dentes puxando seu lábio inferior — um sinal revelador de seu nervosismo, um que Jason conhecia bem. "Quero que você conheça meus pais."

A mão de Jason parou. Por um segundo, ele não teve certeza se tinha ouvido direito. "Seus pais?" A surpresa era evidente em sua voz.

Sadie assentiu, sentando-se um pouco para poder olhar diretamente para ele. "É. Quero dizer, estamos nos vendo há um tempo, e parece que... não sei, como se fosse a hora. Eles têm perguntado sobre você."

O cérebro de Jason entrou em curto-circuito.

Ele ainda não tinha tido um relacionamento. Ele nunca tinha conhecido os pais de ninguém.   A ideia de conhecer os pais de Sadie — de ser examinado e julgado por pessoas que significavam tanto para ela — o deixava nervoso de uma forma que ele não estava acostumado.

Os pássaros canoros continuam cantando (eu te amo, eu te amo, eu te amo)Onde histórias criam vida. Descubra agora