Os pássaros canoros continuam cantando (eu te amo, eu te amo, eu te amo)

Capítulo 37

A grande prefeitura estava enfeitada como uma espécie de paisagem de sonho, de bom gosto e extravagante de uma forma que só Gotham poderia fazer. Cortinas de veludo preto pendiam pesadamente ao longo das paredes, pontilhadas com fios de pequenas luzes que brilhavam como estrelas contra os lustres esmaecidos. Velas altas e cônicas estavam em cada mesa, lançando brilhos suaves que tremeluziam contra taças de champanhe e delicadas tigelas de cristal cheias de luzes flutuantes.

Prata e ouro fluíam por todas as superfícies polidas, capturando o brilho da luz das velas e lançando todo o salão neste brilho suave e reluzente. Os pisos de mármore praticamente brilhavam, polidos o suficiente para refletir o teto ornamentado bem acima deles. Esta era Gotham no seu melhor — afiada, elegante e apenas no limite do misterioso. Se Jason fosse honesto, ele se viu admirando o lugar de má vontade.

Jason segurou Sadie perto enquanto eles vagavam pela multidão, sua mão descansando levemente em suas costas nuas. O vestido que ela usava era algo completamente diferente. Era um esmeralda profundo e escuro, como algo tirado de um conto de fadas — brilhava por toda parte e era elegante, a cor mudando a cada passo que ela dava.

Ele a abraçava em todos os lugares certos, com recortes nos quadris e nas costas que mostravam o suficiente para fazê-lo se sentir o cara mais sortudo da sala.

As pontas dos dedos dele roçaram a pele macia e quente das costas dela, um lembrete silencioso e firme de que ela estava ali, com ele. O cabelo dela também capturou a luz, e ele não conseguiu deixar de olhar para ela a cada dois segundos, atordoado que de alguma forma, de alguma forma, isso era real. Ela era realmente sua namorada e ele não tinha imaginado aqueles últimos meses enquanto estava deitado em uma vala, delirando por perda de sangue.

Ela olhou para ele, um sorriso puxando seus lábios, olhos iluminados com aquele olhar caloroso e conhecedor que parecia ver através de sua frente. "Eu te disse", ela apenas disse e ela tinha dito. Ela estava preocupada que o vestido fosse muito revelador, muito ousado, simplesmente demais para uma garota suburbana que acabou de entrar na lista de convidados por causa do homem com quem ela namorou.

Ele se lembrou dela contando sobre a viagem de compras que ela fez com Tim e Steph — um lugar sem etiquetas de preço, o tipo de loja que a família frequentava para qualquer evento black-tie onde o nome Wayne estivesse em exposição. Sadie tentou argumentar para pagar por seu próprio vestido em uma loja muito diferente, mas não havia como vencer Tim e Steph quando eles decidiram se firmar.

Ela lutou contra eles, mas ao vê-la agora, Jason sentiu um estranho tipo de gratidão por eles terem insistido. Ela merecia uma noite para se sentir assim — para se sentir perfeita, confiante e como se pertencesse.

Jason riu, balançando a cabeça. “Confie em mim, Sadie, ninguém está reclamando.” Sua voz caiu, sincera de um jeito que ele não havia planejado. “Você é… você é inacreditável.”

Pelo canto do olho, Jason viu Tim e Steph parados ali perto, conversando perto o suficiente para que qualquer um que estivesse assistindo achasse que eles estavam grudados no quadril. A mão de Tim roçou no ombro de Stephanie, demorando um pouco mais do que o estritamente necessário, sua expressão suave de um jeito que fez Jason se perguntar.