30. Para Sempre

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Draco Malfoy
 


Eu estava especialmente nervoso naquele dia. Meses de planejamento haviam se acumulado até esse momento. Cada mínimo detalhe, desde os arranjos florais, a escolha meticulosa da comida, as sobremesas que demoraram semanas para serem decididas, até a escolha do local perfeito. Tudo foi feito para que fosse nada menos que impecável. E agora, no grande dia, qualquer coisa que saísse do lugar poderia me fazer surtar.
 
Eu sempre fui bom em manter o controle. Controlar emoções, controlar situações fazia parte da minha essência. Mas hoje... hoje eu me sentia um completo estranho no meu próprio corpo. A sensação de estar à deriva, sem domínio sobre nada, era avassaladora. E, para ser sincero, estava completamente amedrontado.
 
E se eu não for suficiente? A pergunta girava em minha mente, repetindo-se como um feitiço indesejado. E se ele perceber isso enquanto estivermos no altar? Eu sei que insegurança nunca foi o meu forte, mas ali estava ela, sufocante. Eu sabia que, em mil vidas, jamais mereceria esse homem. Harry era bom demais para mim. Ele era bom demais para o mundo.
 
Enquanto terminava de escrever meus votos, senti uma onda de nostalgia me atingir. O Draco adolescente que eu fui jamais imaginaria chegar até aqui. Ele sorriria ao ver onde estou agora. Iríamos nos casar com Harry Potter. Aquele que, há tanto tempo, parecia tão inalcançável, estava prestes a se tornar meu para sempre. Finalmente, seríamos um só, com uma vida inteira pela frente para aproveitar juntos.
 
Assumi a maior parte das responsabilidades do casamento. Harry, bem, ele cuidou das alianças. Claro, a lua de mel era um segredo bem guardado, eu havia planejado três destinos diferentes, e mal podia esperar para ver o brilho em seus olhos quando revelasse a surpresa. O pensamento de passar o resto da minha vida ao lado dele fazia meu coração disparar.
 
Vesti meu terno branco cuidadosamente. Cada ajuste na gravata, cada fio de cabelo no lugar. A ansiedade crescia em mim como uma maré alta. Foi então que a porta do quarto se abriu. Era Teddy, com seus cabelos azuis vibrantes, e sua avó.
 
— Você está lindo, Draco — comentou Andromeda com um sorriso gentil, enquanto Teddy corria para o meu colo.
 
— Tio Draco! Tio Draco! — ele gritava com entusiasmo, e eu não pude deixar de rir, fazendo carinho em seus cabelos bagunçados.
 
— E você, está um verdadeiro galã, rapazinho — brinquei.
 
— Eu sei! — ele disse, cheio de confiança, e rimos juntos.
 
Andromeda me olhou, seus olhos observadores captando minha tensão.
 
— Nervoso? — perguntou ela.
 
— Um pouco, mas acho que é normal, não é? — tentei sorrir, mas sabia que meus olhos estavam mais inseguros do que eu gostaria.
 
— Claro que sim. Mas não se preocupe, está tudo perfeito — disse ela, com um tom de conforto que só as mães e avós parecem dominar. Ela se despediu com um sorriso suave, levando Teddy pela mão. Antes que saísse, eu o chamei novamente.
 
— Ei, garotão! Vai levar as alianças dos seus tios?
 
— Claro que sim! Estou muito animado! — ele exclamou, com os olhos brilhando.
 
Quando eles saíram, respirei fundo. O tempo parecia correr mais rápido agora, e cada segundo me levava mais perto do altar. Não demorou muito para que Pansy e Blaise entrassem no quarto, prontos para a ocasião. Blaise, impecável em seu terno azul-escuro, e Pansy, com um vestido de seda da mesma cor, irradiavam elegância.
 
— Você está impecável, Pansy — disse, admirando sua beleza radiante. Ela sorriu, e eu abracei meus dois amigos.
 
— E eu? Sério, nenhum elogio? — Blaise fingiu estar ofendido, fazendo-me rir.
 
— Está um gato, Blaise. Mas, por favor, não flerte com os meus padrinhos — retruquei, fazendo Pansy rir.
 
— Nervoso, meu bem? — minha amiga perguntou, se aproximando com a preocupação de uma irmã.
 
— Quer um gole para relaxar? — Zabini ofereceu uma taça de bebida, que eu recusei com um gesto de mão.
 
— Quero estar o mais são possível — disse, tentando manter a voz firme.
 
— Está preocupado com alguma coisa — ela notou, sua expressão suavizando.
 
— É mais... insegurança — admiti, e vi a surpresa nos rostos deles.
 
— Inseguro? Você? Draco, pelo amor de Merlin... — Blaise zombou, mas Pansy o deu um leve tapa no braço.
 
— Não zombe — ela o repreendeu, voltando-se para mim. — Draco, ele te ama. Isso é tudo o que importa.
 
— Eu sei... Eu sei que ele me ama. E eu o amo. Mas... e se eu não for suficiente? E se eu falhar como marido? Ou, um dia, como pai? — minha voz falhou ao pronunciar essas palavras, confessando os medos que me assombravam.
 
Pansy pegou minha mão, apertando-a com firmeza.
 
— Você será maravilhoso. Vocês dois são feitos um para o outro.
 
— Cara, olha tudo o que vocês já passaram. Vocês têm uma base sólida. Se algo der errado, vocês consertam juntos — Blaise acrescentou.
 
Senti uma onda de gratidão por ter esses amigos ao meu lado. Eles estavam certos. Tudo o que enfrentamos até agora nos trouxe até aqui, e nada poderia nos parar. Eu os abracei, as emoções borbulhando à superfície.
 
— Eu amo vocês, droga — murmurei, quase engasgando com as palavras.
 
Eles se despediram, prometendo estar ao meu lado no altar.
 
Quando fiquei sozinho novamente, continuei a me arrumar. Estava colocando meus sapatos quando a porta se abriu mais uma vez. Achei que fosse minha mãe, mas era Harry.
 
— O que você está fazendo aqui? — gritei, enquanto tentava me esconder.
 
— Vim te ver, cadê você, droga?! — ele respondeu, rindo.
 
— Dá azar ver o noivo antes do casamento! — insisti, mas ele já tinha me encontrado.
 
— Acho que já tivemos muito azar, não acha? — ele sussurrou, sorrindo antes de me puxar para seus braços, selando nossos lábios num beijo que dissipou todas as minhas dúvidas.
 
— Eu só queria te ver. Você está... incrível, meu amor. — Harry disse, mordendo o lábio inferior, os olhos brilhando de admiração.
 
— Você está deslumbrante, é irritante de olhar — respondi, rindo.
 
— Preparado para se tornar meu marido? — perguntou ele, seus olhos verdes cheios de expectativa.
 
— Mal posso esperar — respondi, sorrindo como um tolo apaixonado.
 
***
 
O local escolhido para o casamento era um sonho: um espaço ao ar livre, cercado por árvores altas e um riacho tranquilo ao fundo. Flores coloridas enfeitavam o caminho até o altar. Tudo estava perfeito. Quase como um conto de fadas.
 
Estava caminhando em direção a Harry, a pequena garotinha de Pansy andava em minha frente jogando as pétalas sobre o chão, e eu vi as lágrimas nos olhos do meu noivo, um sorriso emocionado se formando em seu rosto. O céu, no entanto, não parecia tão generoso quanto o ambiente ao nosso redor. As nuvens começaram a se fechar, pesadas e escuras. Um trovão ecoou à distância, e uma gota de chuva caiu, logo seguida por muitas outras.
 
A princípio, fiquei paralisado. Não pode ser... não hoje. Mas, para minha surpresa, ninguém correu. Todos ficaram ali, debaixo da chuva, esperando que eu continuasse meu caminho até o altar.
 
Quando cheguei até Harry, ele segurou minha mão.
 
— Eu te disse que dava azar — sussurrei, rindo nervosamente.
 
— Já tivemos mais azar do que isso — ele riu, e a leveza em sua voz me acalmou.
 
As alianças chegaram nas mãos de Teddy, e então, diante de todos, trocamos nossos votos. Prometemos nos amar na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que nem mesmo a morte pudesse nos separar. Coloquei a aliança em seu dedo, e ele fez o mesmo comigo, nossas mãos trêmulas, mas nossas vozes firmes e certas do Sim.
 
Ron, com um sorriso largo no rosto, declarou:
 
— Pelo poder investido em mim pelo Ministério da Magia de Londres, eu os declaro casados.
 
Selamos nosso destino com um beijo longo e apaixonado, enquanto a chuva caía ao nosso redor, como uma bênção do próprio céu. Aplausos ecoaram por todo o local. E ali, debaixo da chuva, eu sabia que, finalmente, éramos um só.
 
Seguimos para o local da festa, que, desta vez, era coberto. A chuva lá fora havia deixado todos encharcados, mas com um simples gesto de varinha, cada um se secava rapidamente, com risos ecoando por todos os lados. A magia era uma benção em dias como esse. O salão estava lindamente decorado, as luzes mágicas penduradas no teto piscavam em tons quentes, refletindo o dourado do pôr do sol que ainda se insinuava entre as janelas. O ar estava carregado de uma leveza contagiante, uma mistura de alegria e excitação.
 
Enquanto a janta era servida, seguida pelos doces cuidadosamente preparados, Harry e eu caminhávamos pelo salão. Os convidados nos cercavam com palavras de parabéns e elogios sinceros. Ouvir sobre como todos estavam satisfeitos com a comida, com a decoração e com o evento em si fez com que um orgulho suave se instalasse no meu peito. Eu havia planejado cada detalhe com perfeição, e agora, vendo o sorriso nos rostos de nossos amigos e familiares, sabia que todo o esforço havia valido a pena.
 
Finalmente, nos sentamos em uma mesa mais afastada, longe da agitação, apenas para nós dois. O prato à nossa frente parecia uma obra de arte, mas naquele momento, o que mais importava era a presença de Harry ao meu lado. A luz do crepúsculo lançava um brilho suave sobre seu rosto, e eu não conseguia desviar o olhar.
 
— E então, você é um Potter agora também — Harry comentou, rindo de leve, seus olhos brilhando de alegria. — Como se sente sobre isso?
 
Parei por um momento, considerando suas palavras, mas sorri de volta.
 
— Eu que te pergunto — retruquei. — Agora você é um Malfoy também.
 
Harry riu suavemente, entrelaçando nossos dedos por sobre a mesa. O calor de sua mão era reconfortante, uma ancoragem em meio a tudo o que passamos até aqui.
 
— Estou bem com isso — ele respondeu, seu sorriso se alargando. — Na verdade, acho que temos um futuro brilhante como Potter-Malfoy. É um nome forte, não acha?
 
Assenti, sentindo uma onda de emoção subir dentro de mim. "Potter-Malfoy." Nunca imaginei que essas palavras fariam tanto sentido juntas. Mas ali estávamos nós, construindo um novo capítulo, uma nova história.
 
Houve, porém, um pensamento que me deixou mais quieto. Algo que rondava minha mente nos últimos meses, e que eu ainda não tinha coragem de falar. Filhos. Nunca falamos sobre isso de forma concreta, mas o assunto estava sempre ali, pairando no ar como uma presença silenciosa. Eu me perguntava como seria para nós, dois homens, tentarmos construir uma família no mundo bruxo. A adoção era um processo complicado, e eu sabia que, para Harry, a questão era ainda mais profunda. Eu já havia visto como ele lida com as crianças. Ele tem um dom que eu nunca tive. Elas simplesmente gravitavam em torno dele, como se soubessem, instintivamente, que ele era alguém em quem podiam confiar. E isso me enchia de um desejo silencioso de dar a ele um herdeiro, alguém que fosse nosso.
 
— Podemos conversar com Hermione sobre o assunto — Harry murmurou de repente, como se tivesse lido meus pensamentos. — Ou até com Pansy. Ela é sua amiga, e pode ter algumas ideias...
 
Sorri suavemente, sentindo o calor da esperança se acender em meu peito.
 
— Eu falo com Pansy — concordei, agarrando-me àquela ideia. Talvez, ali, estivesse nossa única oportunidade de construir uma família.
 
Mas antes de qualquer decisão sobre filhos, eu queria mostrar o mundo a Harry. E eu já tinha planejado tudo com uma precisão que só alguém com meu histórico poderia.
 
A lua de mel seria o início de uma série de aventuras, viagens ao redor do globo, descobertas que faríamos juntos. Pansy havia aceitado supervisionar minha editora por um tempo, até que eu encontrasse alguém digno para assumir um cargo de autoridade. Quanto a Harry, ele havia decidido se afastar da carreira de Auror, e cogitava, com uma paixão recém-descoberta, ou nem tanto, se tornar um jogador de Quadribol profissional.
 
 Estávamos construindo algo seguro, sólido. Pela primeira vez em muito tempo, tudo parecia em harmonia.
 
Observei o salão novamente. Blaise, claro, bebia mais do que devia e flertava descaradamente com quase todos os convidados, ignorando por completo minha instrução anterior de não causar tumulto. Pansy e sua esposa dançavam juntas, rindo como se fossem adolescentes outra vez, enquanto sua filha brincava alegremente com as outras crianças. Hermione conversava animadamente com Molly e minha mãe, enquanto Ron, sem qualquer vergonha, tentava ser discreto ao se servir de mais comida pela quarta vez. Os gêmeos, sempre animados, estavam na pista de dança, fazendo truques que divertiam as crianças, arrancando risadas e gritos empolgados. A alegria era palpável no ar, uma bolha de felicidade em meio àquele dia perfeito.
 
Virei-me para Harry, que me observava com aquele olhar suave, e ele tomou minha mão novamente. Sem dizer uma palavra, ele me conduziu até o centro da pista de dança, onde os convidados abriram espaço, formando um círculo ao nosso redor. E então, bem no meio de todos, ele selou meus lábios com um beijo suave e apaixonado. Meu coração disparou, como sempre acontece quando estamos assim, juntos.
 
A música começou a tocar, uma melodia lenta e envolvente. Franzi as sobrancelhas, lembrando-me de como Harry era desajeitado na última vez em que tentamos dançar juntos. Eu, basicamente, o conduzi na dança inteira.
 
— Eu tive umas aulas de dança — ele confessou com um sorriso orgulhoso.
 
Sorri de volta, surpreso e, ao mesmo tempo, impressionado. Claro que ele teve.
 
Nossos corpos se aproximaram, nossos movimentos se tornaram uma só sincronia. O mundo ao redor pareceu desaparecer. Enquanto nossos pés deslizavam pelo chão, minhas mãos entrelaçadas às suas, eu encostei minha cabeça em seu ombro, sentindo seu queixo descansar gentilmente no topo da minha cabeça. A cada passo, ele deixava pequenos beijos no meu cabelo, e eu fechava os olhos, absorvendo cada segundo.
 
Era como se todo o caos do mundo exterior não pudesse nos alcançar ali. Por um breve momento, éramos apenas nós dois, envoltos na música e no amor que compartilhávamos. Os olhares ao nosso redor, os risos, as conversas... tudo parecia se dissolver. Eu estava em paz.
 
E, naquele instante, soube que o futuro que construiríamos juntos seria maior do que qualquer coisa que eu jamais pudesse ter imaginado.
 
A comemoração seguiu noite adentro, tão intensa e cheia de vida que parecia que a felicidade era uma entidade física, presente em cada canto do salão. As risadas, o som de copos tilintando, a música suave e as conversas animadas preencheram o ambiente até tarde da madrugada. Apesar de estarmos exaustos, Harry e eu não conseguíamos parar de sorrir. O amor e a felicidade pareciam transbordar de cada gesto, cada olhar trocado. Era uma celebração que representava mais do que um simples casamento. Era uma conquista, uma vitória sobre todos os obstáculos que enfrentamos ao longo dos anos.
 
Quando finalmente decidimos nos despedir, o salão ainda estava cheio de gente que se recusava a encerrar a noite.
 
Deixamos o local de mãos dadas, sem pressa. Cada passo para fora do salão parecia uma transição, um rito de passagem. Agora éramos casados. Eu olhava para Harry, com sua expressão suave e tranquila, e me sentia o homem mais sortudo do mundo. Todos os meus medos e inseguranças haviam desaparecido naquele momento. Agora, havia apenas o futuro diante de nós.
 
Passamos rapidamente pelo apartamento de Harry para pegar nossas malas, que já estavam cuidadosamente preparadas. Eu havia planejado cada detalhe dessa lua de mel com tanta dedicação que não deixaria nada escapar. E havia uma surpresa que estava guardando desde o início: nossa viagem seria completamente no estilo dos trouxas. Sem aparatações, sem vassouras voadoras ou portais. Seria apenas nós dois, explorando o mundo como qualquer casal comum. Queria que essa experiência fosse especial, algo que nos lembrasse que, mesmo com toda a magia à nossa volta, o mais importante era o tempo que passaríamos juntos.
 
No caminho para o aeroporto, Harry, é claro, não conseguia conter a curiosidade. Ele olhava para mim com aquele brilho travesso nos olhos, tentando adivinhar para onde estávamos indo.
 
— Vai me contar agora? — ele perguntou, pela quinta vez, sua voz cheia de expectativa. — Ou ainda é segredo?
 
Eu ri, balançando a cabeça.
 
— Você vai descobrir no momento certo — respondi, mantendo o mistério, enquanto ele resmungava de leve, mas com um sorriso nos lábios.
 
Nosso voo decolou em meio à escuridão tranquila da madrugada. Lá em cima, com as luzes da cidade ficando para trás, tudo parecia mais silencioso. Harry olhava pela janela do avião, seus dedos ainda entrelaçados com os meus, enquanto a ansiedade e a expectativa brilhavam em seus olhos. Ele estava tentando montar o quebra-cabeça, mas eu sabia que a surpresa só se revelaria quando estivéssemos perto o bastante.
 
A primeira luz do amanhecer começou a surgir no horizonte, tingindo o céu com tons de rosa e dourado. Harry, ainda olhando para fora, começou a franziu o cenho, como se algo o tivesse surpreendido. Quando os primeiros raios de sol tocaram a paisagem lá fora, o Cristo Redentor apareceu ao longe, majestoso contra o céu brilhante.
 
Eu observei enquanto os olhos de Harry se arregalavam, e um sorriso incrédulo se formava em seu rosto.
 
— Me trouxe para o Brasil? — ele perguntou, a surpresa e a animação misturadas em sua voz.
 
Eu sorri, satisfeito por finalmente ter revelado parte do segredo.
 
— Esse é o nosso primeiro destino, sim — confirmei, apreciando cada nuance da reação dele.
 
Harry se virou para mim, seu sorriso largo e radiante. Ele parecia uma criança prestes a explorar um parque de diversões pela primeira vez. O brilho em seus olhos era puro entusiasmo, e isso me fez sentir como se todo o planejamento tivesse valido a pena.
 
— Primeiro? — ele perguntou, com uma leve curiosidade, como se já soubesse que eu tinha mais cartas na manga.
 
Inclinando-me para ele, com um sorriso que era tanto malicioso quanto cheio de amor, respondi com firmeza:
 
— Eu vou te mostrar o mundo, meu amor. Todo ele. — E, antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, ele me puxou para um beijo suave e cheio de promessa.
 
Aquele beijo era mais do que uma simples demonstração de afeto. Era a junção de todas as nossas esperanças, os nossos sonhos compartilhados, o amor que crescera através das dificuldades e vitórias. Era uma promessa silenciosa de que, independentemente do que o futuro nos reservava, nós enfrentaríamos tudo juntos.
 
O Brasil seria apenas o primeiro de muitos destinos, o início de uma jornada que iríamos compartilhar pelo resto de nossas vidas. Eu já havia planejado cada parada, cada lugar exótico que visitaríamos. Estava ansioso para ver os olhos de Harry brilharem ao descobrir o mundo ao meu lado. Cada país, cada cidade, seria uma nova aventura. E, mais do que isso, seria uma celebração constante do amor que sentimos um pelo outro.
 
Ao nos afastarmos daquele beijo, o avião começou sua descida lenta, e lá estava o Brasil, esperando por nós. Mas, naquele momento, percebi que não importava onde estivéssemos, o verdadeiro destino era sempre ao lado de Harry.
 
Essa viagem seria o começo de tudo o que eu sempre desejei para nós. Não havia limites. O mundo era vasto, e o nosso amor, maior ainda.
 
FIM.
 
***
Tem o epílogo ainda com Drarry casadinhos pra alimentar vocês.
 
Amo vocês. Obrigado por ficarem até aqui <3
 
 

Nosso felizes para sempre | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora