11. Amare

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Harry Potter POV 

Amor.

Do latim, amare. Sentir afeição, desejo ou preocupação com alguém.

Ou melhor descrevendo; as borboletas agitadas na barriga, as pernas fracas como se estivessem prestes a ceder, o coração pulando como se fosse sair pela boca, a ansiedade quando se vai à um encontro, o desejo de ficar perto como se uma linha te puxasse, brilho no olhar e a famosa pupila dilatada.

Eu sei de todas as sensações e nunca me apaixonei de verdade por ninguém, nunca soube como seria me apaixonar de verdade por alguém.  

Nunca soube o que fazer quando isso acontecesse.

Eu já fui casado com Ginny, mas não era amor, não da maneira romântica. Sempre fomos mais amigos do que realmente marido e esposa. 

Sempre tivemos uma relação incrível, mesmo depois de eu me assumir gay, o que resultou em ela dando graças a Merlin e dizendo que sempre soube, principalmente depois disso, que nossa relação havia melhorado muito.

E apesar de todos os amigos, todo o apoio e toda família Weasley, que se tornou a minha família, ainda me sentia sozinho. Como se meu coração ainda não estivesse preenchido todo, como se ainda faltasse uma parte.

Não contei a Ginny, mas tinha inúmeros sonhos com alguém diferente. Aquelas pessoas que só existem nos nossos sonhos e nós acabamos nos apaixonando por elas, sabe?

É, eu tinha essa pessoa. Tive inúmeros sonhos com ele. Eu beijando seu braço, as risadas divertidas, os beijos quentes, o toque, o abraço mais aconchegante do mundo, seus cabelos macios, sua cor pálida demais, seu sorriso largo. 

Eram apenas detalhes, nunca sequer vi seu rosto. Como se fossem flashes que sempre me perseguiram durante o sono me fazendo ficar totalmente encantado com alguém que nem existia.

Eu estava apaixonado por alguém que minha mente manipulou, apenas por uma invenção da minha mente.

Minha mente me pregou uma peça e eu caí feito um pato nela. 

Porque eu estava apaixonado pelo garoto dos meus sonhos.

╶ Por Merlin, Harry!╶ a voz rouca de Draco me traz de volta a realidade.╶ Você se sujou todo!╶ ele riu me dando um guardanapo.

Olhei para minha camisa e a vi toda suja de ketchup.

Depois da experiência horrível naquele restaurante, eu pedi para que o motorista passasse em um drive-thru. Compramos lanches, batatas fritas e refrigerante. Fomos até a parte mais alta da cidade, peguei meu sobretudo e coloquei sobre a grama para que a gente se sentasse e comesse, enquanto admirava o show de luzes de Londres.

A noite também fazia tudo melhor. A lua estava cheia e iluminava o rosto pálido de Draco que tinha seu olhar sobre mim, com suas pupilas dilatadas e destacadas em seus olhos azuis mais claros do que os oceanos. As estrelas piscavam e dançavam no céu fazendo seu próprio show, um show com uma platéia. E a brisa que batia sobre nós dois fazia meus fios negros ficarem ainda mais bagunçados e a pele de Draco ficar um pouco avermelhada.  

╶ Eu sou um desastre!╶ peguei o guardanapo e comecei a limpar minha roupa suja. 

Draco riu. De uma maneira espontânea e leve, como se eu tivesse contado uma piada.

╶ Não estou surpreso.╶ comentou. 

Paramos alguns minutos apenas para admirar tudo em volta. Admirar os carros passeando pelas ruas, as pessoas que caminhavam preocupadas apenas com si mesmas, os casais andando de mãos dadas e sorrindo, os cachorros correndo enquanto seus donos tentavam acompanhá-los.

Nosso felizes para sempre | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora