O Sol e a Lua

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Esse capítulo foi escrito e inspirado na música: "A White Demon Love Song".

Aqueles que conhecem a saga, essa música também conhecem.

Apenas escutem ao decorrer da leitura se preferirem.

LIVRO I

JACOB

ERA MUITO lógico que o lugar perfeito para ficar longe de vampiros fosse quente. É o verão de verdade, a ponto do meu corpo inteiro suar.

Depois de meses longe e me acostumando com aquela rotina fácil, fingindo que isso era mesmo uma idéia boa, comecei a me perguntar se eu não estaria sendo apenas um idiota.

Tudo começou quando fiquei firme na idéia de que havia uma possibilidade de Edward vir atrás de mim, e então meu raciocínio lógico que parece me odiar a maior parte do tempo rebateu essa teoria com muita facilidade: "Está se escondendo em uma cidade quente para acreditar que Edward ainda não apareceu só por causa desse maldito sol?"

Depois dessa nova ideia eu não consegui mais pregar os meus olhos direito.

Fugir... Fugir de quem e de quê? Ninguém está de fato atrás de mim ou preocupado com o que estou fazendo.

Suspirei chateado, relaxando os ombros enquanto encarava meus pés afundados na areia das ondas de tanto tempo parado na beira do mar.

O sol brilhava no céu límpido e incomodava meus olhos. Era mais um dia perfeito em Charleston, quente o suficiente para lembrar-me que não estava mais em Forks.

O mar se estendia no horizonte em sua linha infinita, a ventania estava tão forte como as ondas. Apesar do clima, ainda usava uma camiseta - é até irônico pensar que aqui em Charleston dificilmente fico sem camiseta. A praia estava lotada, cheia de turistas que adoravam aquela época do ano: o verão, as típicas inesquecíveis férias americanas.

- Você viu o mesmo que eu? - Não consegui deixar de escutar as duas mulheres que se aproximavam - Aquele homem... Aquele homem está... drogado? Será que é louco?

Franzi o cenho e me interessei mais, apesar de me punir mentalmente por minha curiosidade.

- Deve estar doente...

Procurei de longe o esquisito que elas tanto falavam e nada vi. Senti a água das ondas começar a afundar os meus pés na areia novamente.

- Ei, brinca comigo?

O garoto segurava um carro de plástico quase maior que ele mesmo. Em seu sorriso aberto, uma janelinha de falta de dentes de leite o dava uma aparência ainda mais angelical.

Lembrava-me Seth quando criança.

- O que houve com os outros? - pergunto, olhando as crianças de longe.

- Eles são mais velhos... Não querem brincar comigo. - Disse o menino.

- Ah, e eu não sou?

O vejo ficar sem reação e acabo por rir.

- Qual seu nome?
- Óliver.
- Certo, Óliver. Onde estão seus pais?
- Ali. - Aponta com os dedos gordinhos.

Sigo a direção e aceno para os mais velhos, naturalmente estavam vigiando o garoto, mas não se prontificaram em sair do lugar. Provável que fossem turistas que achavam que qualquer lugar do mundo era mais seguro do que o próprio país.

- Óliver, só me prometa que não saira falando com todos adultos daqui, nem todos são maneiros.

- Maneiros?

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⏰ Última atualização: Sep 28 ⏰

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Eclipse Lunar - Edward e JacobOnde histórias criam vida. Descubra agora