Capítulo 29

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DANTE POV

— Meu Don, eu...isso não está nada bom. — Doutor Carmelo diz analizando meu olho direito.

— O quê você quer dizer "está nada bom"? Apenas arrume isso.

— Uhm...receio que o senhor possa ficar parcialmente cego meu Don. — Diz hesitante e eu cerro os dentes, minha mente imediatamente indo para os piores cenários.

— Você quer me dizer que posso acabar perdendo a visão de um olho? — Altero a voz e ele hesita abaixando a cabeça.

— O corte foi tão profundo assim? — Nick pergunta de braços cruzados.

— Sim, o corte atingiu a íris que é responsável pela visão.

Eu olho para o médico, minha raiva aumentando com a confirmação dos meus medos.

— Droga...isso não pode acontecer. Preciso da minha visão para administrar o negócio. Para proteger minha família. Como posso fazer isso se sou meio cego?

— Dante se acalme...

— Eu NÃO consigo me acalmar, cazzo! Isto não pode acontecer, eu não aceito isso! Tem que haver algo que possa se fazer, certo doutor? Cirurgia? Medicamento? Qualquer coisa!

Ele hesita negando com a cabeça lentamente.
— Eu sinto muito meu Don...

Eu bato meu punho na mesa, e me levanto caminhando até ele, minha raiva e frustração chegando ao ponto de ebulição.

— Você sente muito? É isso?! Você é o melhor médico que temos e está me dizendo que devo aceitar perder meu olho? Isso é inaceitável!

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— Você sente muito? É isso?! Você é o melhor médico que temos e está me dizendo que devo aceitar perder meu olho? Isso é inaceitável!

Nick se apressa ficando entre mim e o doutor que se encolhe contra a parede.
— Dante...Dante, espera...

Eu paro, minhas mãos fechadas em punhos enquanto olho para Nick.

— O que? Você vai me dizer para aceitar isso também? Que eu deveria simplesmente deixar meu olho ir e me tornar um mafioso cego e inútil?

— Se você matar o doutor, sim...

Eu cerro minha mandíbula, minha raiva ainda fervendo sob a superfície. Olho para o doutor, sentindo a vontade de me vingar por ter me dado essa notícia.
Respiro fundo, tentando controlar minha raiva e impulsos. Baixo meus olhos para o chão, meus pensamentos acelerados.

— Cazzo, Nick...o que devo fazer agora? Não posso ser Don enquanto estiver meio cego. Não posso proteger minha família assim.

— Você tem Maria, ela é durona e já tem mostrado isso...

Eu olho para Nick por um segundo, antes de suavizar minha expressão.
— Eu sei que ela é forte...mas preciso ser capaz de protegê-la. Eu preciso estar inteiro para fazer isso.

— Você consegue...seja com um olho ou um braço, é por isso que você é nosso Don. — Diz firme fazendo seu papel de conselier.

Fico quieto por um momento, deixando as palavras de Nick serem absorvidas. Ele está certo...eu sou o Don, não recuo. Preciso encontrar uma maneira de lidar com isso, de fazer com que funcione para mim.

Poder e salvação - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora