Capitulo 2

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DANTE POV

20:47...

— Eu pensei que você ia ficar pro jantar. — Maria comenta enquanto começo a abotoar a camisa.

— Eu tenho uma coisa importante pra tratar, não vai levar mais que algumas horas. — Me viro pra ela a vendo de braços cruzados me encarando.

— Dante estou cansada de ficar aqui todo o tempo só esperando por você... — Da um passo em minha direção. —...eu quero estar do seu lado.

Exalo a encarando. — Amore eu quero você segura...principalmente agora com nosso filho.

— Eu não quero apenas ficar aqui, sem saber se você voltará ou não

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— Eu não quero apenas ficar aqui, sem saber se você voltará ou não. — Vejo a preocupação em seus olhos.

Assinto e dou um passo na direção dela a puxando pra mim.
— Eu sempre vou voltar, eu estarei de volta e conversaremos mais sobre isso...agora eu preciso cuidar de algumas coisas pra proteger você e Luca.

Ela assente segurando em meus antebraços e fica nas pontas dos pés pra me beijar, retorno o beijo gentilmente a puxando mais pra mim e finalizo com um selinho.

— Não se preocupe com nada...eu sempre volto, eu prometo. — Beijo sua bochecha e me afasto caminhando até a porta.

Dirigo por 40 minutos em direção ao restaurante que marquei com Nick para encontrarmos Pedro Alvarèz, o bastardo chefe da máfia mexicana, mas eu tinha que fazer isso, era o único jeito de garantir a segurança de Maria e Luca.

Puxo o freio de mão e saio do carro, esta escuro e somente membros da máfia são permitidos aqui então ninguém presta atenção em mim, entro e já avisto Nick me esperando com as mãos pra trás.

Nick assente com a cabeça e começa a caminhar ao meu lado até a mesa onde Alvarèz deve estar.

— Você tem certeza? Eu não confio no Alvarèz... — Diz em voz baixa e eu apenas assinto com a expressão séria.

Até que chegamos na mesa de Pedro que está sentado dando uma tragada no charuto, e ao me ver sorri mas não se levanta.

— Porcello!

— Pedro, nós temos algo pra tratar... — Digo indo direto ao assunto e me sento em frente a ele.

— Confesso que fiquei surpreso com seu recado sobre um acordo de paz... — Sorri e olha ao redor. —...e eu não podia perder a oportunidade de vir a esse país, é um belo lugar, devo admitir.

Tento manter a expressão neutra mas meus olhos se estreitam involuntariamente, Alvaréz e seus homens já cruzaram a linha diversas vezes mas tenho que manter o controle ou posso arriscar perder a chance de fazer esse acordo e proteger minha família, cazzo...eu quero tanto matar esse bastardo!

— Eu quero fazer uma trégua...um acordo pra acabar nossa guerra de uma vez por todas e ter certeza que nossas familias não se cruzarão de novo, pelo menos essas são as minhas intenções...

— E...o que eu ganho em troca? — Me encara com o mesmo sorriso arrogante e eu ergo uma sobrancelha com a audácia.

o que eu ganho em troca? — Me encara com o mesmo sorriso arrogante e eu ergo uma sobrancelha com a audácia

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— Você pode voltar para o México e nunca mais ter seu povo se cruzando com o meu...sem mais brigas ou violência entre nossas famílias, e eu paro de caçar seus homens que estão escondidos em minha terra...

Ele ri soltando a fumaça do charuto. — Ah vamos Porcello...eu não vim aqui pra ouvir essas besteiras, vamos falar do real acordo... — Se recosta na cadeira e eu exalo contraindo os lábios pra direita.

— Esse é o único acordo que você tem Pedro...estou sendo muito generoso em te dar esse acordo quando eu poderia apenas limpar você e seus homens do mapa se eu quisesse.

O vejo ficar sério, ele sabe que eu tenho mais poder de fogo do que ele, assim como mais número de homens e aliados.

— Vamos ser diretos aqui Porcello...— Amassa o charuto no cinzeiro e me encara. —...eu quero metade do seus carregamentos de drogas.

— O QUÊ?! — Nick diz indignado, eu já esperava algo assim vindo dele então não é surpresa pra mim

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— O QUÊ?! — Nick diz indignado, eu já esperava algo assim vindo dele então não é surpresa pra mim.

— Sou um homem de paz Pedro, mas também sou um Don...você não pode entrar no meu território e exigir parte dos meus negócios desse jeito, estou disposto a lhe dar uma parte dos lucros mas não minhas remessas.

— Esse é meu pedido... — Abre os braços e sorri. —...apenas isso e você não precisa se preocupar mais comigo e meu homens.

Fico ali por um momento olhando nos olhos dele, é um preço difícil de pagar, para a proteção da minha família eu estaria disposto a dividir até 30% dos lucros só para ele, mas metade dos carregamentos é demais e ainda posso estar correndo o risco, penso no que devo responder mas fico quieto por alguns momentos.

— Você ganhou Pedro... — Assinto sério. —...eu te darei metade dos meus carregamentos.

— Dante não!

— Perfecto! — Pedro diz em espanhol e eu apenas olho sério pra Nick antes que ele proteste de novo. — temos um acordo Porcello.

Estende a mão na minha direção, a pego olhando pro maldito sorriso arrogante dele, não posso esperar para o dia que poderei matar ele.

— Temos um acordo, meus homens irão preparar os carregamentos e você pode pegar em alguns dias.

Me levanto e saio dali com Nick me seguindo.

— Dante isso foi arriscado...eu não confio no Alvaréz.

— Eu sei e eu também não mas que escolha eu tenho Nick?! Logo saberão da existência de Luca e eu tenho que proteger minha família... — Destravo o carro abrindo a porta e entro.

— Você vai contar pra Maria? — Coloca as mãos nos bolsos me encarando sério.

— Não... — Suspiro colocando as mãos no volante. —...não posso deixar ela se preocupar com isso também, pelo menos não ainda, ela não precisa de mais estresse agora.

Nick assente e se afasta enquanto eu ligo o carro pra voltar pra casa.
Eu odeio baixar a guarda desse jeito mas por Maria e Luca...eu sou disposto a entregar minha vida.

Poder e salvação - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora