LIVRO I | PODER E PAIXÃO - DANTE PORCELLO
LIVRO II | PODER E SALVAÇÃO
Depois da morte de Max Lambertinni, Maria tenta viver uma vida normal sendo mãe e esposa, porém ser casada com o chefe da máfia italiana Dante Porcello a faz duvidar se ter uma vi...
— Eu...eu tentei ir atrás de você no posto central e....
— Você o quê? Você tá maluca? Tem alguma ideia de quão arriscado isso foi? — Meus olhos escurecem de raiva.
— Mas estou aqui e estou viva... — Da um passo a frente erguendo o queixo. —...eu nunca ficaria aqui de braços cruzados sabendo que você está em perigo Dante...
— E se alguma coisa tivesse acontecido com você, huh?! — Dou um passo a frente também. —...e se você tivesse ido direto pro fogo cruzado? Você poderia ter se matado!
— Se você me deixasse lutar com você talvez eu não teria saído escondido assim...
— Não! Não arriscarei sua vida nesta guerra. Você vai ficar aqui, onde é seguro. Isso não é negociável. — Minha expressão endurece ainda mais, dou mais um passo em sua direção, tão perto que estamos quase nos tocando. Estendo a mão e gentilmente agarro seu queixo, forçando ela a olhar para mim. — Eu não vou deixar você se envolver nisso. Eu não vou perder você.
Ela me encara por longos segundos em silencio e assente, solto seu queixo e me afasto dela, começando a andar em direção ao meu escritório como um tigre enjaulado, tentando acalmar meus pensamentos acelerados.
— Cazzo, você me deixa louco, mulher. — Passo a mão pelo cabelo em frustração.
18:02...
Quando o sol começa a se pôr, sento-me atrás da mesa do meu escritório pessoal, foi um longo dia, mas finalmente tenho um momento sozinho...sirvo-me de um copo de uísque e tomo um grande gole, deixando a suavidade do líquido âmbar escorrer pela minha garganta. Ao me recostar na cadeira, fecho os olhos, deixando o silêncio da sala me envolver...até que ouço uma batida na porta.
— Meu Don... — O som da voz de Teresa me traz de volta à realidade, e abro os olhos para vê-la parada na porta. —...deveria eu preparar o jantar?
— Não, Tereza. Ainda não, preciso terminar algo primeiro. — Faço um gesto para a cadeira em frente à minha mesa, fazendo sinal para ela se sentar.
Vejo Teresa se sentar, percebendo a tensão em seu corpo. Tomo outro gole de uísque, observando-a por um momento antes de falar.
— Teresa... precisamos conversar.
— É sobre a Senhora Maria? — Levanto uma sobrancelha, surpreso por ela ter tocado no assunto tão rapidamente.
Assinto lentamente, colocando meu copo na mesa. — Sim, é sobre ela. — Eu me inclino para frente, minha expressão ficando séria. — Desde quando ela tem saído escondido?
A vejo ficar nervosa e engole em seco. — A...algumas vezes...eu falei pra ela que o senhor iria descobrir.
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— E por que você não me contou antes? — Me recosto na cadeira com os olhos presos nela.
