LIVRO I | PODER E PAIXÃO - DANTE PORCELLO
LIVRO II | PODER E SALVAÇÃO
Depois da morte de Max Lambertinni, Maria tenta viver uma vida normal sendo mãe e esposa, porém ser casada com o chefe da máfia italiana Dante Porcello a faz duvidar se ter uma vi...
— Você me ouviu. — Falo com os dentes cerrados, meus punhos cerrados com força, a vejo balançando levemente a cabeça sem acreditar.
— Você não mudou nada... continua o mesmo Dante que resolve tudo matando...
— Você está certa, ainda sou o mesmo... o mesmo homem com quem você se casou!
Ela se mantém me encarando séria e eu a encaro de volta, meu queixo tenso, minha expressão definida em uma linha dura e implacável. Sinto o peso do nosso ressentimento e frustração preencher o ar entre nós, sufocante e pesado.
— Eu quero sua lealdade...
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— Você quer é ter a certeza de que não vou fugir de você agora que tenho outro lugar... — Diz com firmeza erguendo o queixo. — porque é isso, não é?! Não há só você da máfia que quer me proteger agora...
— Não finja que não sabe do que estou falando... — Eu rosno, minhas palavras duras e cheias de ressentimento.
— Ah, eu sei.... — Anda em circulos e então olha para mim. — ...eu sempre fui sozinha desde que minha mãe morreu, passei pelo inferno muitas e muitas vezes...e agora acabei de descobrir que tenho pai, que Luca tem um avô... — Desvia o olhar rapidamente e depois me encara. — ...mas tudo o que você pensa é sobre você e essa maldita máfia...
— Essa "maldita" máfia é o meu mundo! — Eu digo, minhas palavras duras e mordazes. Estou nervoso, me sentindo cada vez mais ressentido com ela. — Você sabe como esse mundo funciona, lealdade é tudo....e eu espero a mesma lealdade de você.
— Não matando a única família que tenho...
— Aquela família é o inimigo! — Eu cuspo, minhas palavras saindo como um grunhido, alimentadas por raiva e ressentimento. — E você é a esposa do Don...
Eu cerro os dentes e as palavras saem por entre os dentes cerrados, como se fossem um veneno, um lembrete de quem ela realmente é, dou um passo em direção a ela enquanto ela me encara brava.
— Você tem que escolher...
— Dante não me peça pr...
— ESCOLHA! — Eu a olho furioso, um fogo queimando dentro de mim - raiva, angústia e ressentimento. Eu não quero dar uma escolha, quero que ela me escolha sem qualquer hesitação.
— Você está praticamente me pedindo para viver ou morrer... porque se eu escolhesse o Pedro você me mataria, não é? — Diz séria e passa a mão no cabelo. — Se o Pedro foi honesto ele pode ficar do nosso lado, ele...
— Ele NUNCA poderá ficar do nosso lado! — Eu rosno, minhas palavras saindo duras e cheias de ódio. — Ele é um inimigo...
— SEU inimigo! — Esbraveja se distanciando de mim. — Não coloque eu ou Luca no meio disso.
