“A gente era só muito novo você foi muito longe para perder o tédio”
— Jão(João Villar)
26 de setembro de 2017
Ilhabela, BrasilTiro minha blusa rapidamente, jogando-a para trás sem pensar muito.
– Ei! — exclama Pedro.
Sinto meu corpo ser empurrado levemente enquanto a areia queima meus pés.
A risada de Pedro me persegue, enquanto eu rio de sua falha tentativa de me ultrapassar.
– Não está valendo. — o moreno diz risonho.
– Claro que está, você é lento demais. — respondo.
No segundo seguinte, sinto meu corpo ser derrubado na areia, e o corpo de Pedro sobre mim.
– Pedro! — exclamo, desesperado pelo corpo que se afasta do meu rapidamente, antes de voltar a correr para o mar.
– Quem é lento agora, ein? — Pedro diz, virando de costas para o mar para correr de costas e me olhar nos olhos.
– Você me derrubou! Isso é trapaça. — digo tentando o alcançar, sem sucesso.
Aceito que perdi a corrida assim que os pés de Pedro encontram a maré.
– Venci! — exclama vitorioso.
Quando eu alcanço seu corpo, apoio as mãos nos joelhos e respiro cansado pela corrida.
– Não valeu. — digo com a voz cansada, sentindo o suor escorrendo pela minha têmpora. – Você me derrubou.
– Você jogou sua camisa na minha cara. Eu estava em desvantagem. — rebate pirraçando.
– Como você é chato! — digo erguendo meu corpo para cruzar os braços, recebendo um revirar de olhos da parte do moreno antes de sentir seus braços circulando minha cintura e me carregando mar adentro. – Não, Pedro! Me bota no chão.
– Cala a boca. — é tudo que ele diz, com sua voz risonha provocante e um sorriso bonito em seu rosto. – Depois eu que sou o chato.
Eu já não prestava mais atenção no que ele dizia, perdido no sorriso que eu causava nele, enquanto eu sentia meu corpo sendo cada vez mais molhado na água do mar.
Meu peito acelera pelos meus pensamentos, e me pego confuso com cada um deles.
– Finalmente. — a voz de Pedro diz quando chegamos em uma boa profundidade. – Não aguentava mais aquelas flechas idiotas. Meus dedos estão cheios de calos.
Seus braços soltaram minha cintura e me vejo desejando tê-los de volta em minha pele.
Meu corpo relaxa quando entra em contato com a água e aproveito a temperatura baixa das ondas para aliviar meu corpo quente.
– Cala a boca. — jogo um pouco de água em sua cara, rindo com o susto que tomou. – Você reclama de tudo.
– Não reclamo não. — o garoto diz emburrado. – Sabe, João, eu só não desisto dos arcos e das flechas porque você gosta. — ele admite, se aproximando de mim e abraçando meu corpo, aconchegando nossos braços um no outro.
Isso, braços bonitos, voltem para mim.
– Ah é? — pergunto corando levemente, não sei se pela admissão ou se pelo toque de sua pele na minha.
– É. — ele responde simples, deitando sua cabeça em meu ombro. – Se não fosse por você, eu nunca teria levado os passos dos nossos pais para frente.

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Na Mira | Pejão
FanfictionPedro Tófani é um renomado atleta de tiro com arco que conquistou o coração do público nas Olimpíadas e Copas do Mundo da modalidade. No entanto, seu passado com o técnico e juiz, também favorito dos torcedores, pode se tornar um obstáculo na sua bu...