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JÚLIA MARIA🎀

O tio pensa que eu engoli essa história que é amigo do dono da boate. Aí tem coisa, nesse mato tem coelho. Eu sinto que ele está escondendo algo.

Mas o que a pessoa faz quando não tem certeza de nada? Se faz de besta pra pegar informações, então é isso que vou fazer, me fingir de boba e observar tudo essa noite e também descobrir se essa tal Vanessa trabalha mesmo lá.

Sem falar que não vai ser sacrifício nenhum pois é tão bom lá na boate, tem muitos homens gostosos, olhar não tira pedaço, nem faz mal a ninguém.

Eu também não sou cega, se Deus me deu dois olhos bons foi pra enxergar as coisas belas da vida...

Andar na moto do tio é bom demais, parece que estou voando, o vento bate no rosto em forma de carinho, só quero que ele pilote sempre mais rápido.

   –– Mais rápido tio, isso. Huhuuu - Logo paramos em frente a boate, que já está em funcionamento.

Na porta o homem já conhece o tio, entramos sem problema algum, sinto um braço gigante enlaçando minha cintura como se eu fosse fugir.

   –– Sempre perto de mim Ju. - Ele fala no meu ouvido.

O local toca uma música eletrônica gostosa, as luzes perfeitas nem escuro nem claro demais, mulheres seminuas andam por toda parte, homens bonitos também, tem um palco com um ferro no meio acho que é para fazer pole dance.

Eu acho tão sexy essa dança, do lado direito tem um bar algumas pessoas estão tomando drinks e tomando cerveja, nossa como eu amo esse lugar. Me viro pro tio aperto suas bochechas fazendo um biquinho na sua boca.

   –– Aí tio, esse lugar é da hora. - Dou uns beijinhos na sua boca.

   –– Tio, quero provar alguma bebida gostosa.

   –– Vou mandar fazer algo sem álcool pra você.

   –– Nada disso. Quero o meu com álcool.

   –– Júlia você não pode beber, não quero você bêbada.

   –– Quem disse que não posso? Se eu ficar bêbada você cuida de mim, afinal eu vou beber pois eu vim para uma boate e não para uma igreja. Vem, vamos no bar! - Saio arrastando o tio até o bar, um rapaz moreno simpático atrás do balcão nos cumprimenta.

   –– Boa noite, o que vão querer?

   –– Oi boa noite! - Respondo animada.

   –– Sabe o que é colega, eu quero provar uma bebida, agora tem que ser docinha, não gosto de nada amargo.

   –– Sem álcool, traga a bebida maus fraca. - O tio chato fala.

   –– Já sei, vou fazer algo que combina com você linda menina. - Bato palminhas e olho pro tio que está com cara de quem chupou limão.

   –– Pronto, está aqui menina bonita. Espero que goste!

Ele me entrega uma bebida linda numa taça, o líquido é vermelho bem clarinho e tem morangos dentro, dou um pequeno gole, a bebida é geladinha e bem docinha, pena que é sem álcool.

   –– Delicioso amigo, obrigada.

Fico ali bebendo em pequenos golinhos, a mão do tio Tae está na minha cintura, ele me aperta, é tão gostoso.

Os casais aqui se beijam, mas ninguém está transando, acho que para transar em público só no corredor escuro ou nas salas destinadas a isso.

   –– Quero outra dessa, tio.

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora