Capítulo 11 - She is trouble

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Voltei rápido como o prometido! 🙃

Desculpem-me se não estiver bom o suficiente, mas dei meu melhor e espero de coração que gostem.

Novamente: não me matem com o rumo que isso está tomando 🫣

Não esqueçam de deixar uma estrelinha, e comentários também.

Boa leitura, até o próximo! Amo vocês!🫶🏻

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Era insano. A razão recusava aceitar, mas ali estava, desafiando toda lógica. Por que justamente agora? Como poderia aquilo ser real, tangível, quando tudo parecia desmoronar em um caos controlado até então?

- Ele me faz lembrar de você. - A voz feminina ressoou suave, mas carregada de significado, penetrando fundo em meus pensamentos. Uma observação aparentemente banal, mas que, para mim, soava quase audaciosa. - Tem talento. Quem sabe um dia trilhe o mesmo caminho que você.

Esforçando-me para preservar a compostura, embora consciente dos inúmeros olhares que agora pesavam sobre nós, deslizei os óculos escuros de volta ao rosto, como um escudo silencioso contra a atenção indesejada.

- O que você está fazendo aqui? - perguntei, sem desviar o olhar das crianças, a tensão subindo em minha voz. - Como... como você tem a ousadia de aparecer?

- Você mencionou isso no New Heights. Sobre o Tom jogar em um torneio infantil no Swope Park - explicou, a voz hesitante. - Eu só... queria vê-lo. Já se passou tanto temp-

- Exato! - cortei abruptamente, recusando-me a escutar mais desculpas. - E por que diabos você assiste ao New Heights? Preciso refrescar sua memória sobre o que realmente aconteceu? Por quê, Kayla? Por que você está aqui agora, depois de ter abandonado um menino de apenas um ano e três meses?

- Eu não estava preparada. Admito, Trav, cometi um erro. Um erro colossal! Mas estou aqui para corrigir as coisas.

Mantenho-me em um silêncio carregado, o maxilar rigidamente travado, enquanto esforço cada fibra do meu ser para me concentrar naquele momento que, supostamente, deveria ser marcante tanto para Tom quanto para mim. A atmosfera ao nosso redor parecia vibrar, preenchida com o riso das crianças e o murmúrio de conversas distantes, mas eu mal conseguia absorver isso. Kayla fez uma tentativa de se pronunciar, seus lábios se movendo lentamente, como se buscasse as palavras certas para preencher o abismo que se abrira entre nós. No entanto, ela logo se calou, desviando o olhar para nosso filho, que brincava alegremente ao longe, sua inocência contrastando de forma brutal com a gravidade da situação que nos cercava.

Tom estava tão feliz.

Respirei fundo, cada inspiração uma luta contra a ira que pulsava dentro de mim, ameaçando me consumir. A presença de Kayla aqui, após todo esse tempo, era uma invasão direta; não apenas em meu espaço físico, mas em cada aspecto do mundo que cuidadosamente construí para proteger Tom. Ela não tinha o direito de reaparecer e desestabilizar tudo que havia sido moldado com tanto sacrifício, especialmente em um dia que deveria ser exclusivamente dedicado ao nosso filho. A ideia de que ela poderia interferir em sua felicidade era insuportável, e a tensão crescente no ar tornava-se quase palpável, como uma tempestade prestes a eclodir.

Meus olhos se fixaram no campo, onde Tom corria com a bola dominada, sua concentração e determinação radiantes. Ele brilhava como uma estrela em ascensão, e o orgulho que brotou dentro de mim serviu como um bálsamo temporário, suavizando a raiva que sentia por Kayla, mesmo que por um breve momento. Eu não poderia permitir que ela arruinasse isso; aquele jogo era exclusivamente dele.

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