The Last Time

Capítulo 28 - The beat of your heart

TAYLOR SWIFT POINT OF VIEW

November, 28, 2024

Kansas City, Chiefs

A vida tem dessas manias de nos levar para um lugar onde nunca imaginamos que poderiamos estar.

Existem várias sensações maravilhosas que são quase impossíveis de serem descritas por tamanha perfeição e aconchego que o momento trás - o primeiro "eu te amo" de um casal.
Aquela comida gostosa que, parece que só sua mãe sabe preparar.
Um abraço apertado do seu filho.
Um olhar que poderia dizer mais do que mil palavras.

Mas nada, nada nesse mundo, tem a melhor sensação do que ouvir o coração do seu bebê, batendo dentro de você.

E aquele dia, quando fomos consultar.... quando me deitei, sentindo aquele gel gelado no relevo - ainda pequeno - na minha barriga, eu sentia que poderia explodir a qualquer momento de tanta felicidade.

- Vejam só, bate forte como um touro. - o médico brincou, com aquele tom leve que só um obstetra experiente sabia usar, misturando ciência e carinho.

Eu ri, mas meus olhos se encheram de lágrimas quase instantaneamente. Não por medo. Nem insegurança. Mas porque ali, naquela sala fria, ouvindo aquele som rítmico, rápido e vivo, era como se o mundo inteiro se calasse para escutar a prova de que um milagre existia. Dentro de mim.

Minha mão apertava forte a de Travis. E quando olhei para o lado, ele já estava com os olhos úmidos, um sorriso de canto que ele tentava conter, mas não conseguia. Parecia em choque, do melhor jeito possível.

A tela mostrava aquele pequeno pontinho piscando. Rápido. Forte.
A batida mais linda que eu já tinha ouvido.

- Cheio de energia, provavelmente. - meu namorado riu, os olhos marejados.

- Se puxar o irmão.... estamos ferrados. - sequei uma lagrima no canto do olho. Ele riu novamente.

Aquele foi um dos dias mais magicos da minha vida. - Ver Travis filmando os batimentos do nosso bebê com tanto orgulho.
Chorando junto comigo.
Vivendo aquilo junto comigo.

E agora nós... só estávamos há um passo de descobrir o sexo do bebê. Por meio da sexagem fetal.

Eu nem sei explicar o tanto de emoções que tem tomado conta de mim.

- Amor? - ouvi-o bater na porta do pequeno "estúdio" que ele mesmo havia feito pra mim. - Atrapalho?

Virei-me no banquinho do piano, ainda olhando o video dos batimentos do bebê.

- Não. Pode entrar. - respondi.

Ele abriu a porta devagar, pôs a cabeça pra dentro, e sorriu ao me ver, antes de adentrar o cômodo.

- Estava te procurando. - caminhou até mim, abaixando-se pra me dar um selinho. - Você está compondo?

- Na verdade, não. - olhei para o piano. - Só... pensando na vida. Na gente. No Tom. No bebê.

- Own, você tá vendo o video. - apontou para a tela, sentando ao meu lado, no minimo espaço do banco. - Eu amo ouvir o sonzinho.