Capítulo 24 - And sometimes there's no proof, you just know

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Oieee! Voltei!

Antes de tudo, vou interromper a leitura de vocês, apenas pra deixar claro algumas coisinhas;

Toda, e qualquer reação, tanto de Taylor, quanto de Travis, diante do que se sucede necesse capítulo, é completamente compreesivel.

Devemos lembrar que, a Taylor passou por um trauma que não se é esquecido facilmente — na verdade, nunca é esquecido.
Eu sei disso, porque, tenho convivencia com alguém que, infelizmente, passou pela mesma situação.

Por isso, peço que não julguem a reação inicial dela.
Nem julguem o medo dele, antes de entender o que se passava, porque, é extremamente natural que, se você sabe que alguém que você ama passa por problemas, tenha medo e de alguma forma se culpe por sentir que não ajuda o suficiente.

Enfim, vou deixar vocês lerem.

Hoje, dedico esse capítulo a minha querida amiga Isa, que ta sempre aqui acompanhando tudo, e é praticamente a primeira a chegar quando atualizo. Te adoro, diva❤️

Boa leitura!
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TRAVIS KELCE'S POINT OF VIEW

November 4, 2024

Kansas City, Missouri

"When I'm losing my control, the city spins around
You're the only one who knows, you slow it down"

Eu estava parado no corredor, encostado na parede, com os braços cruzados e a testa franzida. O silêncio vindo do outro lado da porta do banheiro me incomodava mais do que eu queria admitir. O relógio na parede da cozinha marcava vinte e dois minutos desde que ela entrou lá.

Talvez isso pareça uma preocupação boba. Algumas pessoas demoram no banheiro, é normal, certo? — Mas eu sei que não é só isso. Não com ela.

Porque dentre outras vezes que isso aconteceu, ela não estava relaxando com um banho longo ou tentando decidir entre qual sombra usar nos olhos. — Ela estava se culpando. Estranhando seu próprio reflexo no espelho, e se castigando por isso.

Eu prometi a mim mesmo jamais deixar que aquilo se repetisse. Principalmente depois que conversamos abertamente sobre isso. — E sinceramente, eu tenho achado que cumpri um bom papel. Que ela parecera muito bem ultimamente.

Quero dizer, com excessão desses últimos dias, desde a visita do seu pai, e, bem, desde o Halloween. — Em minha cabeça, passou várias possibilidades. Menos essa onde eu poderia voltar a ser um telespectador dos barulhos que a acompanhavam enquanto ela estava trancada no banheiro, ajoelhada diante do vaso, vomitando tudo que comera.

Talvez eu estivesse novamente enganado. Não havia som nenhum de alguém vomitando. — Mas eu podia ouvi-la soluçar.

Bem baixinho.

Agora, parado diante da porta fechada do banheiro, eu sentia aquele nó familiar no estômago. Era o tipo de sensação que você tenta ignorar, mas ela não vai embora. Minhas mãos descansavam nos quadris enquanto eu encarava a madeira branca como se pudesse enxergar através dela.

— Amor? — chamei, com uma preocupação que não consegui disfarçar. Encostei os nós dos dedos na porta, batendo levemente, como se o som pudesse alcançá-la de um jeito que minhas palavras talvez não conseguissem.

The Last TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora