Capítulo 2

17 2 0
                                    

 • - - - - - - ☆- - - - - - • Judy • - - - - - - ☆- - - - - - •


— Vamos logo, Judy! — Maxie sussurra, me puxando pelo braço com determinação. Não adiantava discutir quando ela estava assim, determinada a seguir sua curiosidade. E, para ser sincera, eu também estava intrigada.

Descemos as escadas rapidamente e atravessamos o quintal até chegarmos na entrada da casa ao lado. O caminhão de mudanças estava parado, e o casal que vimos pela janela agora carregava mais algumas caixas para dentro da casa. Maxie, sendo Maxie, já se adiantava com um sorriso, como se fossemos amigas de longa data.

—Oi!— ela grita, acenando com energia. — Somos suas novas vizinhas!

O casal olha para nós, surpreso, mas logo abre um sorriso simpático. A mulher, de cabelos castanhos e um rosto simpático, coloca a caixa que carregava no chão e se aproxima, enquanto o homem se vira para nos cumprimentar.

—Olá, meninas! — a mulher diz, ajustando o cabelo atrás da orelha. — Que bom conhecê-las! Sou Megan, e este é meu marido, Tom.

—Prazer!— Maxie responde entusiasmada, estendendo a mão. — Eu sou Maxie, e esta é a Judy. A gente mora logo aqui ao lado.

Dou um aceno tímido, já que Maxie estava comandando toda a interação, como de costume.

 —Oi— murmuro, tentando parecer mais confiante do que me sentia.

Megan sorri para mim, e percebo que ela parece gentil. 

— Que bom saber que temos vizinhos tão simpáticos!

Maxie não perde tempo. 

— E vocês têm filhos? — ela pergunta, com uma clara ponta de curiosidade. Sei exatamente o que ela está tentando fazer, mas disfarço o riso.

Megan olha para o marido e sorri de canto. 

— Sim, temos. Na verdade, nosso filho mais velho está ajudando com as caixas agora.

Antes que eu pudesse pensar em como responder, vejo um movimento no canto do meu olho. Ele aparece, com uma caixa nos braços, e minha respiração quase para. O mesmo rapaz que vimos da janela, agora muito mais perto, parece ainda mais... intenso. O cabelo bagunçado, a camiseta velha, os braços fortes equilibrando a caixa como se fosse leve. Ele não olha diretamente para nós, só passa por mim e Maxie como se fôssemos invisíveis. Nenhuma palavra, nenhum aceno, nada. Ele segue até a porta de entrada e desaparece lá dentro.

Maxie pisca algumas vezes, claramente surpresa com o desinteresse. 

— Bem... ele é, hm, reservado —  ela murmura, cruzando os braços, tentando parecer não tão desapontada.

Eu, por outro lado, estou paralisada. Meu coração dispara, e eu não consigo tirar os olhos do ponto onde ele tinha desaparecido. Que tipo de pessoa não se apresenta? E por que, de repente, eu estava agindo como uma boba nervosa? Minha garganta seca, e sinto um calor subir até minhas bochechas.

— Bom, foi ótimo conhecer vocês — digo rapidamente, tentando encerrar a conversa antes que eu fizesse algo embaraçoso. — Acho que a gente já vai indo.

Maxie me olha de lado, claramente surpresa com minha atitude, mas antes que ela pudesse falar algo, Megan intervém, um sorriso compreensivo no rosto.

— Ah, vocês devem ter notado meu filho, Jaxon — ela diz, de repente, o que faz meu estômago afundar. — Ele pode parecer um pouco distante no começo, mas é um bom garoto. Está um pouco desorientado com a mudança.

O Amor é feito de EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora