Capítulo 107

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Ele volta a se aproximar e seus olhos percorrem seu corpo mais uma vez antes de se encontrarem. E naquele momento ela soube.

Desejo.

Desejo era o que fazia as pupilas dele dilatarem daquela forma.

Depois de um intenso olhar, durante o qual ela pensou que seria perfeitamente possível derreter de tanto calor, ele lhe puxa pela cintura devagar, colando seus corpos. Ele beija sua testa, carinhosamente, e vai descendo os lábios entreabertos, deslizando por todo seu rosto, lhe causando arrepios. Quando seus lábios finalmente se encontram, ela solta um gemido de alívio e sente um desejo arrebatador.

Eles se beijam com sofreguidão.

Durante o beijo, Poncho desliza as mãos nas laterais do seu corpo até chegar nas coxas, puxando para que enrolasse as pernas na cintura dele. Ele se vira caminhando com ela até a cama.

Tonto de tanta excitação, Poncho cai na cama com o corpo por cima dela. Enquanto lhe beijava intensamente, com a mão direita ele liberta seus cabelos e segura as mechas debaixo da nuca. Ele puxa com certa força e sua cabeça cai para trás, e geme ao sentir a boca dele descendo para seu pescoço.

Any sentia o corpo inteiro arrepiado. Ele nunca tinha agido daquela forma. Como se quisesse lhe dominar.

E ela amou.

Como ela ainda estava usando vestido e suas pernas estavam em volta dele, conseguia sentir perfeitamente sua ereção esticando a calça jeans, e ofegava enquanto ele pressionava o corpo com força contra o seu.

Ela geme ao sentir ele se esfregar para cima e para baixo. O tecido fino da calcinha permitia que a fricção do zíper dele provocasse fagulhas, e acendesse todo seu corpo.

Poncho volta a beijar sua boca apaixonadamente. Ele tinha um gosto bom. Muito bom.

Poncho (murmura em sua boca): você sente o que faz comigo, meu amor? O que você faz comigo desde a primeira vez que te vi?

Ele emite um som baixo e rouco que vem do fundo de sua garganta e mordisca seu lábio inferior, puxando-o antes de soltar sua boca.

Ela toca a bochecha dele, que se vira e beija a palma de sua mão.

Poncho: Eu te amo – ela sorri – você é tão linda! – a observa por alguns segundos que, para ela, pareciam horas.

Ela estava muito ansiosa. Seu rosto só não estava mais vermelho que seus lábios.

Poncho respira fundo, tentando se controlar.

"É a primeira vez dela.", pensa Poncho. Ele não queria assustá-la com sua urgência em tê-la. Precisava ser carinhoso e paciente.

Ele desce o rosto até a orelha dela e começa a beijar seu pescoço de forma lenta. Os beijos vão descendo até o decote do vestido.

Poncho sobe o olhar e lhe encara, aguardando seu sinal. Any assente com a cabeça e ele desce a mão até seu joelho segurando na barra de seu vestido.

Ela arqueia as costas para ajudá-lo. Assim que ele puxa seu vestido para cima, o joga em algum canto do quarto e afasta a cabeça para dar uma boa olhada em seu corpo.

Poncho (murmura, maneando a cabeça): meu Deus – Any morde o lábio tentando disfarçar o sorriso.

"Segura a onda. Respira", pensa Poncho.

Any (ofegante): Você gostou? Eu comprei pensando em você.

Poncho: você vai me matar – ela ri nervosa, gostando de sua reação.

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