Capítulo 43

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"O que esse louco pensa que tá fazendo?", pensa Any.

Logo o carro preto lhe alcança e bloqueia sua passagem fazendo-a frear bruscamente. Dois homens armados descem do carro. Um deles tenta abrir a porta do passageiro enquanto o outro batia na janela do lado de Any.

Any estava sem reação, não havia caído a ficha ainda do que estava acontecendo. Ela desperta quando um dos bandidos começa a socar seu vidro e só então destrava as portas.

Um dos bandidos destrava seu cinto de segurança e a joga para fora do carro enquanto o outro revirava o carro atrás de coisas de valor. Eram três, mas o que estava dirigindo arrancou com o carro preto assim que os parceiros conseguiram tirar Any do carro.

Bandido 1: pronto, agora entra aí e vamos embora antes que a polícia alcance a gente! – senta no banco do motorista.

Any começa a chorar sentada no chão.

Bandido 2 (revirando a bolsa de Any): a vadia tem dinheiro! – ri jogando a bolsa no colo do parceiro.

Bandido 1 (impaciente): tá, tá, agora entra na porra do carro!

Bandido 2: mas ela tem mais coisa pelo corpo – referindo-se as jóias de Any.

Ele avança para cima dela arrancando suas pulseiras, anéis e cordões. Puxou com tanta força que acabou machucando-a e fazendo-a chorar mais.

Bandido 2: PARA DE CHORAR! – lhe dá um tapa na cara antes de arrancar seu último cordão do pescoço.

Bandido 1: PORRA VAMOS EMBORA! – bate no volante, irritado – já pegamos o suficiente, vamos embora!

Bandido 2 (guardando as jóias nos bolsos): tô indo, mas – volta a olhar para Any – ela é uma gostosa! – se abaixa perto de Any que se encolhe – e parece ser bem novinha – lambe os lábios olhando-a dos pés a cabeça – a gente vai precisar de uma diversão mais tarde pra relaxar e bem que podia ser ela – sugere olhando para o parceiro.

Any arregala os olhos e arrasta o corpo para trás como se tentasse fugir.

Bandido 1: não inventa merda! Precisamos fugir e essa garota só vai atrapalhar!

Bandido 2: ah mas eu tô com água na boca agora – volta a olhar para Any – não fica com medo não – sorri diabolicamente – a gente pode se divertir bastante juntos – passa a arma pelo rosto de Any descendo até sua barriga.

Any congela acompanhando o caminho que a arma fazia pelo seu corpo.

Bandido 1: PUTA QUE PARIU! – desce do carro – DEIXA ESSA VAGABUNDA AÍ! – puxa o parceiro pelo braço levantando-o – A POLÍCIA TÁ VINDO! – o empurra e se abaixa perto de Any – e você vadia, espero que não tente nos denunciar – segura seu queixo e passa a sussurrar – temos seus documentos, tudo seu, se você se atrever a fazer qualquer gracinha nós vamos atrás de você e aí... – sorri diabolicamente – aí sou eu quem vai fazer questão de me divertir contigo – aperta seu queixo – e depois te mato – a solta e bate com a arma no rosto de Any que cai pro lado com o impacto – AGORA ENTRA NA PORRA DESSE CARRO E VAMOS EMBORA! – grita apontando a arma para o parceiro.

Os dois entram no carro de Any e arrancam dali na direção oposta que o outro bandido, que havia lhes deixado ali, havia seguido.

...

Ao observar o pequeno estacionamento, Poncho percebe que não conseguiu chegar a tempo. Apesar do seu esforço, o carro de Any não estava mais ali.

Ele continua dirigindo em direção ao condomínio e vira à esquerda na rua que daria acesso a avenida principal.

Devido aos quebra-molas da rua mal iluminada, Poncho diminui a velocidade e acende o farol alto. É neste momento que ele avista ao longe uma menina loira sentada na calçada do lado direito da rua.

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