Capítulo 21

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Any: eu sei, mas não é que ele não goste, ele tem medo – dá de ombros – eu tenho um tio que não gosta e a Luna nem chega perto dele. Ela sabe e fica longe. Ela nem liga pra ele na verdade, sabe? – Poncho assente – mas com o Chuck, que só tem medo, ela fica enfurecida. Não gosta de me ver perto dele – maneia a cabeça – é muito doido.

Poncho: estranho mesmo.

Any (sorri confiante): mas ela é um amor, você vai ver na viagem. – Poncho sorri com a atenção voltada para o trânsito – Falando nisso, eu queria confirmar com você se realmente não tem problema dela ir no carro – olha Poncho, receosa – eu vou passear com ela antes da gente pegar estrada e ela vai ficar quietinha o caminho todo, eu prometo – Poncho ri.

"Muito fofa", pensa Poncho.

Poncho (olha rapidamente para Any, sorrindo): por mim não tem o menor problema, pode ficar tranquila. Até porque eu amo cachorro – Any sorri aliviada – mas será que ela vai gostar de mim?

"E tem como não gostar de você?", pensa Any.

Any (sorri): tenho quase certeza que sim!

Poncho: não sei não.... Esse "quase" aí não me convenceu. E se ela tentar me morder? – ri.

Any (ri): pode ficar tranquilo que eu protejo você – brinca e Poncho ri.

"Hum... gostei disso", pensa Poncho.

Poncho (sorri para ela): só quero ver...

Eles continuam conversando animadamente e em poucos minutos chegam na faculdade, já que o trajeto era curto.

Poncho e Any saem do carro e caminham juntos até a saída do estacionamento.

Any (olha para Poncho sorrindo): te vejo no intervalo? – antecipa a despedida já que as aulas de música são realizadas no bloco totalmente oposto ao curso de arquitetura.

A faculdade era dividida em blocos de prédios com diversas salas com separação de cursos com base semelhante. Nos cursos relacionados a arte e área de humanas, as salas eram nos blocos de número par, enquanto que os cursos relacionados a área de exatas eram nos blocos de número ímpar, localizados nas extremidades do no campus.

Poncho (brinca): já tá me dispensando, patroa? – Any ri

Any: é porque seu bloco fica do outro lado do campus e daqui eu já vou direto pra minha sala.

Poncho: eu sei, mas vou te acompanhar – Any sorri, radiante.

Any: mas você vai acabar se atrasando pra sua aula.

Poncho: minha irmã ordenou que eu fosse seu acompanhante na ida e volta da faculdade, isso inclui até a porta da sua sala.

Any (sorri surpresa): ela disse isso?

Poncho: não exatamente, mas quero agradar a minha patroa – reverenciando-a de forma elegante e Any gargalha – quero ser promovido – Any volta a andar ainda rindo e Poncho a acompanha.

Any (entra na brincadeira): porque quer ser promovido? Não gosta de ser meu motorista?

Poncho: eu adoro, mas não to recebendo nada em troca, né?! Isso é praticamente trabalho escravo – Any ri e esbarra o ombro no seu braço, lhe empurrando propositalmente.

Any: mas nós não temos contrato, isso é um favor de sua querida irmã, esqueceu?

Poncho (ri): não, mas você acha justo ser de graça?

Any: você quer que eu pague pelas caronas então?! – finge espanto – virou uber agora? – Poncho ri novamente.

Poncho (coloca as mãos no bolso da calça): e alguém aqui falou em dinheiro?

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