A Tu Lado

Capítulo 90

Poncho: Quer dizer então que você é uma namorada mandona? – Any empina o nariz e não responde – assim eu me apaixono mais – Any gargalha e descruza os braços.

Any: você é muito bobo! – o abraça pela cintura.

Poncho (sorri): Por você... Você que me deixa assim mi amor. – olha para os lábios de Any e a beija calorosamente.

Eles se afastam do food truck e caminham pela orla da praia de mãos dadas até encontrarem um banco de dois lugares disponível para sentar.

Os dois se sentam um ao lado do outro, mas com o tronco virado para frente e Poncho puxa as pernas de Any, colocando em seu colo, para ficarem ainda mais próximos.

Any (o olha, sorridente): eu tenho uma pergunta – Poncho estava com o braço esquerdo apoiado nas costas do banco e a mão direita acariciando sua coxa.

Poncho: sou obrigado a responder ou isso não faz parte das funções de um namorado? – Any ri e passa a mão direita no seu braço que estava apoiado no banco fazendo uma leve carícia.

Ele amava sentir os carinhos de Any. Qualquer coisa que ela fazia, lhe deixava arrepiado. Como estava agora.

Any (o olha, sapeca): o que você acha? – Poncho sorri

Poncho: que você ta se aproveitando de mim – Any gargalha – mas como eu sou bonzinho, vou te responder. Qual é a sua pergunta? – Any lhe olha, sorrindo mas o rosto dela começa a corar.

Any (mexendo nos botões da camisa dele, sem olhá-lo): você disse lá no restaurante que tava apaixonado há muito tempo

Poncho (assente, sorrindo): sim, disse...

Any: e quando foi que você descobriu que tava apaixonado? – volta a olhá-lo, curiosa. Poncho para de sorrir e desvia o olhar, sério – não precisa responder se não quiser – confusa com a reação dele.

Poncho (a olha novamente e nega com a cabeça): não, não tem problema, eu respondo. Foi no dia que você foi assaltada – Any lhe olha, surpresa – é que aquela foi a pior noite da minha vida – desvia o olhar, lembrando da cena – Te ver daquele jeito, assustada e machucada me destruiu. Eu poderia ter evitado isso – Any lhe corta e segura sua mão que estava na coxa dela.

Any: não fala isso, não tinha como evitar, você não sabia – Poncho lhe olha, amargurado.

Poncho: não foi coincidência ou destino eu passar por aquela rua. Eu fiz aquele caminho porque fui até o Tierra Mia te ver – Any lhe olha, novamente surpresa – Eu vi nos seus stories que você estava lá e fui atrás de você só que quando cheguei no café você já tinha saído então fui pra casa, peguei o mesmo caminho que o seu. Se eu tivesse chegado a tempo no café, eu te acompanharia de carro – Any nega com a cabeça – teria visto aqueles filhos da puta te parando e não deixaria nada daquilo acontecer com você.

Any (o olha): você não pode pensar assim, Poncho. Nada do que aconteceu foi culpa sua – ele balança a cabeça, inconformado – mesmo que estivesse comigo, você não conseguiria impedir que eles me assaltassem

Poncho (a olha, nervoso): claro que sim! Eles não iam chegar perto de você. – aumenta o tom de voz e grita – ELES NÃO ENCOSTARIAM UM DEDO EM VOCÊ – Any segura seu rosto com as duas mãos. Poncho tremia de raiva.

Any (calma): presta atenção no que eu vou falar pra você agora – o olha e Poncho solta o ar, tentando se acalmar – eles estavam armados e eram 3. Se você estivesse comigo no momento e tentasse me defender eles teriam te matado – sente as lágrimas pesarem os olhos pensando na possibilidade – Então eu dou graças a Deus por você não ter aparecido a tempo porque eu não sei o que seria da minha vida se eu te perdesse – as lágrimas descem pelo seu rosto e percebe que Poncho também estava emocionado – aquele dia foi horrível pra nós dois, mas teria sido muito pior se fosse de outra forma. Você acha que não, mas você me salvou, Poncho. Você me resgatou e cuidou de mim. Eu nunca vou esquecer do que fez. – solta o rosto dele e o abraça forte – Você é meu herói – murmura próximo ao ouvido dele.