Capítulo 45

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Chris (abre a porta e recebe Poncho): e aí!! – o cumprimenta e dá passagem para o amigo entrar antes de fechar a porta – comprei as cervejas pra gente e tem carne pra churrasco se quiser, ou a gente pede alguma coisa no Uber eats.

Poncho: você que sabe, por mim tanto faz.

Chris: então a gente pede a comida porque eu to cheio de fome – ri e Poncho senta no sofá – Ucker tá me enrolando pra responder se vem ou não, mas tenho quase certeza que ele não vem – senta ao lado de Poncho – deve tá se preparando pra balada. Ele nunca perde, ainda mais sábado.

Poncho: verdade.

Chris: Você era igualzinho a ele antes de conhecer a Any – alfineta, mas Poncho não reage – mas tô adorando essa sua fase caseira, pode continuar assim – Poncho sorri, fraco. – posso fazer o pedido? – pega o celular e abre o aplicativo.

Poncho: pode.

Chris: vamo comer o que?

Poncho (dá de ombros): você que sabe, por mim tanto faz. – Chris lhe olha.

Chris (brinca): iiiih tá repetitivo hoje hein! – ele percebe o semblante sério de Poncho – aconteceu alguma coisa ou só não tá afim da minha companhia? – brinca mais uma vez.

Poncho (sem olhar para Chris): a Any foi assaltada. – Chris lhe olha surpreso.

Chris (solta o telefone): que isso! Foi hoje??

Poncho: ontem a noite. Levaram tudo dela.

Chris (preocupado): caramba, mas ela tá bem?

Poncho: acho que agora tá melhor... a Mai ligou pra ela hoje de manhã e foi pra casa dela ficar com ela, mas ontem... Ela tava péssima – suspira e olha para Chris – foi horrível.

Chris (sem entender): Você tava com ela na hora do assalto?

Poncho: não, mas eu encontrei ela logo depois que aconteceu. Ela tá toda machucada – ele resume o que Any lhe contou.

Chris: que horror! – chocado – Tadinha da Any, ela deve ter ficado apavorada.

Poncho (suspira): Você não tem noção, Chris. Ela tava tão assustada... não conseguia parar de chorar. Depois eu levei ela pra casa e fiquei lá até ela dormir.

Chris: e não foram pra delegacia prestar queixa?

Poncho: eu insisti, mas ela não quis. Tava com muito medo das ameaças daqueles filhos da puta. – Chris balança a cabeça, penoso.

Chris (otimista): mas graças a Deus ela tá bem. Poderia ter sido pior.

Poncho (balança a cabeça, olhando para frente): ela poderia tá muito melhor. Se eu tivesse chegado a tempo – arrependido e Chris lhe corta.

Chris: você não conseguiria mudar nada, Poncho. Já foi uma sorte danada você ter encontrado a Any.

Poncho: não foi sorte. Eu tinha ido atrás dela – olha Chris – eu vi que ela tava no Tierra Mia pelos stories e fui até lá, mas ela já tinha saído. Se eu tivesse saído alguns minutos antes, tudo isso teria sido evitado. Mas eu cheguei tarde demais – lamenta, amargurado.

Chris: não pensa assim, Poncho. Deus sabe o que faz e você não chegou tarde, você chegou na hora certa pra ajudar ela. E agora ela tá bem, já passou – tenta confortá-lo.

Poncho (nega com a cabeça): você não entende. Você não viu o estado que ela ficou... – fecha os olhos e suspira – aqueles machucados... doeu em mim ver aquilo – Chris apenas lhe observava – como alguém é capaz de fazer mal a ela? Quando eu lembro que aqueles desgraçados encostaram nela... Minha vontade é de matar todos eles com as minhas próprias mãos.

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