Chris: o Poncho provavelmente vai ficar puto no início porque ele é bem ciumento com ela, mas depois tenho certeza que vai se acalmar e aceitar. A gente se conhece desde moleque, somos família pô! Eu no lugar dele iria preferir mil vezes minha irmãzinha namorando um dos meus melhores amigos que eu conheço muito bem do que um estranho.
Ucker: mas eu não acho que ele vai pensar assim – suspira triste – se ele cogitar a ideia de que eu olho pra ela assim com certeza vou ser um homem morto – maneia a cabeça – e é tão difícil porque – volta a olhar para Mai que seguia distraída conversando com Paty enquanto passava o protetor – ela é tão perfeita.
Chris sorri olhando-o.
Ucker: e mesmo que o Poncho aceite isso não quer dizer que ela vai aceitar ficar comigo – volta a lhe olhar – tenho certeza que ela me acha um galinha babaca.
Chris: também né cara ao invés de investir na garota que ama você fica se esfregando todo dia numa garota diferente e o pior na frente dela né? – maneia a cabeça.
Ucker: eu sei, mas é pra tirar ela da cabeça – suspira, cabisbaixo.
Chris: e adiantou?
Ucker: não, só me faz pensar mais ainda em como eu queria estar com ela. Nenhuma das garotas que eu fico chega aos pés dela. Nunca vão chegar.
Chris: fico feliz.
Ucker: pela minha desgraça?
Chris (ri): estar apaixonado não é desgraça. Você está dificultando as coisas porque quer, até porque eu tenho certeza que ela também gosta de você. Mesmo com todas as merdas que você faz.
Ucker: não acho, mas – vê Poncho se aproximar com um balde de cervejas – melhor encerrar o assunto que o Poncho tá vindo e não quero problema.
Chris suspira e assente.
Enquanto isso em um dos quartos...
Any estava de frente para o espelho, usando um biquíni preto.
Ela suspira, nervosa e insegura. Tinha deixado seus trajes de banho coloridos e estampados em casa, trazendo apenas biquínis de tom escuro, na tentativa de parecer mais madura.
Mas o problema não era o biquíni. Any se lembrava bem das garotas que viviam atrás de Alfonso, todas mais velhas e com corpo mais voluptuoso, mulherões, super atraentes enquanto que ela ainda tinha corpo de menina, magrela e baixinha.
Any mesmo magra era cheia de curvas, todas nos lugares certos, e ela sempre havia gostado de seu corpo do jeito que era, mas lembrando-se das mulheres que Poncho se relacionava, sua autoestima e confiança evaporam rapidamente, o que a impede de sair do quarto com seu corpo exposto daquela forma.
Ela não se achava feia, mas também não se achava bonita o suficiente para atrair a atenção de Poncho.
Ela não conseguiria disfarçar a timidez e a insegurança, e demonstrar isso era a última coisa que Any deveria fazer quando estava tentando manter uma postura madura para despertar o interesse de Alfonso.
Se uma das meninas do grupo estivesse ali com ela já teria recebido um belo sermão por sua atitude. Jesy teria lhe arrastado para fora do quarto e Jade teria feito um barraco dizendo que Alfonso só não teria interesse nela se fosse cego ou idiota.
"Ainda bem que elas não estão aqui", pensa Any.
Any sempre foi tímida, mas parecia que essa característica triplicava quando estava perto dele.
Queria seduzir, atrair a atenção de Poncho para ela, mas não conseguia.
Any (ajeitando o bustiê): se eles ainda fossem grandes como o daquela tal de Becky – faz careta olhando os seios no espelho e balança a cabeça – não, eu não vou conseguir ir pra lá desse jeito – ainda se olhando no espelho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Tu Lado
RomanceAnahi é a caçula da familia Waldorf. Nasceu em Los Angeles, onde mora até hoje com os pais e o irmão. Apesar da timidez, sempre gostou de cantar e dançar. Seus pais assim que notaram seu talento lhe deram o maior apoio. Quando completou seus 18 anos...