Poncho (indignado): a polícia tem que pegar esses filhos da puta! – Any volta a chorar – Eles tem que pagar pelo que fizeram com você!
Any (desesperada): se eu fizer isso eles vão vir atrás de mim, Poncho. Eles vão me matar!
Poncho (nega com firmeza): Não vão não.
Any (chorando): ele prometeu que ia voltar se eu denunciasse.
Poncho (segura o rosto de Any): isso não vai acontecer porque EU não vou deixar. – a olha nos olhos – Eles nunca mais vão encostar um dedo em você e eu mesmo vou garantir que isso não aconteça. – Any chora com mais intensidade e lhe abraça com força.
Any: por favor, Poncho. Eu não quero fazer isso. Por favor, não me obriga. – Poncho suspira, sentindo a vontade de chorar lhe arder os olhos e os fecha – Por favor... por favor.
Poncho (murmura): tá bom, a gente não vai. Fica calma, ok?
Any (confessa ainda chorando): eu tenho tanto medo...
Poncho (afasta o rosto e a olha): não precisa ter. Eu tô aqui... nada de ruim vai te acontecer, nem que eu precise largar o meu emprego de motorista e virar seu segurança particular – Any ri entre o choro e o coração de Poncho comemora aumentando os batimentos – agora eu vou ter que te seguir 24 horas por dia – ela ri novamente.
Se ela soubesse que ele praticamente já fazia isso.
Any (limpa as lágrimas): só você pra me fazer rir nesse momento, Poncho – ele sorri, satisfeito – obrigada.
Poncho: não precisa agradecer. Eu vou cobrar alguns bolinhos depois e a gente fica quite – pisca e empurra o nariz dela com dedo que ri.
Ele percebe o olhar sonolento de Any.
Poncho: quer descansar? – Any balança a cabeça negando – eu tô vendo que seu olho tá pesado – sorri.
Any (confessa, envergonhada): é que eu tô com medo de dormir. – Poncho sorri e levanta da cama, sentando no chão ao seu lado.
Poncho: eu fico aqui até você pegar no sono – Any sorri sem mostrar ao dentes.
Any: você já teve trabalho demais comigo, pode ir pra casa.
Poncho: não adianta me expulsar pra não fazer os meus bolinhos – Any balança a cabeça rindo – pode deitar, mocinha.
Ela deita de lado na cama ficando de frente para Poncho e se cobre. Luna ajeita a coberta com as patas e deita logo atrás dela apoiando a cabeça em seu pescoço fazendo ela e Poncho rirem. Era amor demais.
Any (boceja): obrigada mais uma vez – ele sorri ao vê-la pegar no sono com tanta rapidez.
Ela devia estar exausta, depois de tudo que aconteceu.
Poncho suspira a olhando. A raiva e a impotência insistiam em permanecer dentro dele. Ele sentia que era capaz de matar aqueles desgraçados que fizeram mal a ela com as próprias mãos.
Nunca tinha sentido algo tão intenso por alguém. E isso lhe fez lembrar da conversa com Chris.
Será que ele poderia estar certo?
Será que ele estava realmente apaixonado?
Poncho acaricia o cabelo de Any, sentindo aquele aroma delicioso.
A teoria de Chris nunca tinha feito sentido para Poncho. Não até esta noite.
Depois da noite de hoje, depois de ter sentido seu coração dilacerar ao ver Any daquele jeito, depois de perceber o que era capaz de fazer por ela...

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A Tu Lado
RomanceAnahi é a caçula da familia Waldorf. Nasceu em Los Angeles, onde mora até hoje com os pais e o irmão. Apesar da timidez, sempre gostou de cantar e dançar. Seus pais assim que notaram seu talento lhe deram o maior apoio. Quando completou seus 18 anos...