Capítulo 46

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Meus amores por favor não chorem... mas preparem um chá de melissa, ou camomila pra acompanhar esse capítulo. 

Amores por favor, estrelinhas e comentários se posso ousar em pedir-lhes ok.

Bjus mil

... ... ...


- Não acredito! - Estremeci.

O que vamos fazer? Me deu uma dor no coração, comecei a rezar quieta em um canto morrendo de aflição. Não sabia se eu descia, se eu ficava escondida, não conseguia pensar. Meu coração batia descompassadamente, minhas mãos gelaram, eu as esfregava uma na outra impaciente, eu só pensava em Victor... meu Deus cuida do meu amor.

Pela janela eu avistei o Sr. Altamiro. Vieram em duas caminhonetes, ele entrou na casa, com mais três bruta montes ao seu lado, os outros deram a volta na sede pelo lado de fora, pra fazer o quê eu não sei.

Corri para o hall que dava para a escada, onde podia vê-los e escutá-los sem que me vissem. Fiquei atrás de uma fresta na parede que ainda estava sem reboco. Com o coração nas mãos, implorei mentalmente pra que ele fosse mais tolerante.

Ele entrou daquele jeito autoritário, com sua bengala a mão, seu semblante duro e impiedoso, olhou-o com indiferença e arrogância, depois passou os olhos pela casa.

Victor o encarava receoso, se detendo no início da escada.

- O que você está fazendo aqui, seu moleque? Ainda insistindo em manter isso aqui em pé? Observava com desdém, andando lentamente até o meio da sala, com sua bengala, não que ele precisasse dela para impôr sua presença.

- Acho que não é da sua conta, o que eu faço na minha casa!

- E porque você acha que isso aqui é seu, seu moleque? Só por causa de um pedaço de papel como este? - E tirando algumas folhas de trás da calça, rasgou-os no meio e depois novamente, deixando-os cair no chão.

Victor arregalou os olhos, confuso, nervoso ao verificar que se tratava da escritura da fazenda.

- Mas é a escritura seu desgraçado! O Senhor prometeu!

- E você acha que eu passaria pra um irresponsável como você? Seu moleque vai aprender o que é ser homem na marra! Vim pra aqui pra te dar uma lição que você nunca mais esquecerá, e de uma vez por todas aprenderá a honrar seus compromissos!

- É isso que dá me desafiar! - Sua voz parecia um trovão, e ficava ainda mais proeminente ecoando pelo ambiente vazio. Falava apontando sua bengala para ele. Eu comecei a tremer sem conseguir parar, desesperada, senti até uma vertigem.

- O que o senhor vai fazer? O senhor sabe que isso aqui é meu por direito, é a parte da minha mãe, não pode tirar isso de mim! - Victor estava visivelmente transtornado.

O Sr. Altamiro o fuzilou com seu olhar duro e insensível, estufou o peito e foi se aproximando dele, apontando o dedo em sua direção, seu rosto estava até vermelho de tanta raiva.

- Você seu moleque petulante, não ouse falar da sua mãe! Você não tem direito nenhum, nunca teve, ainda mais depois da vergonha que está me fazendo passar com meu compadre.

- Eu fui compreensivo, até demais, dei um tempo pra ver se criava juízo nessa sua cabeça de merda! Esperava que se arrependesse e fosse mais responsável, mas eu estou vendo que você não quer mesmo saber de nada, só quer saber de correr atrás do primeiro rabo de saia que aparece. Você continua o mesmo irresponsável de sempre, então também não tem direito a nada! - Ele bufava exalando todo o seu ódio.

Victor & SophiaOnde histórias criam vida. Descubra agora