Victor & Sophia

Capítulo 14

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Obrigada! Obrigada! Obrigada! Bjus no coração.

... ... 

Acordei na minha cama e de novo não me lembro de ter voltado pra ela, será que alguém me trouxe? Sorrio. Impossível Sophia!

Será que eu sou sonâmbula, acho que eu devo procurar um médico. Será que não foi o Eric mesmo? Sorrio sozinha.

Ah estou com tanta saudades daquele danadinho que resolvi ligar, só pra bater papo, contar as novidades e cobrar a minha estrelinha.

Ele vai trazer o convite para o Baile Beneficente, fiquei tão feliz.

Estou voltando da minha caminhada, hoje fui mais distante ainda, até o portão da outra fazenda é um lindo fim de tarde e já passou da hora do jantar.

Acho que vou comer só uma fruta, não estou com fome e como logo vai ser o baile do Eric, quero estar bem elegante, ainda mais depois de ver a magérrima noiva de Victor, me senti uma baleia.

Não sou gorda, mas também não sou magrela, peso 51 kg, bem distribuídos em 1,65, mas é sempre bom não dar bobeira e ter sempre a balança como nossa amiga.

Gosto da minha estatura, me permite usar sapatos de saltos altos – isto é – quando eu uso.

Não me considero baixinha a não ser quando estou perto do gostosão, mas também quem não fica baixinho perto dele. Sorri, me lembrando daquela manhã no redondel.

Preciso pensar em algum penteado, eu gosto da minha cabeleira, e o Eric então, chegava a dormir enrolado neles. Sempre os mantive longos, e agora queria mudar um pouco. Eric está quase namorando, então acho que ele não deve se importar... nem quero ver sua reação.

Acho que vou me arriscar, e dar um bom corte, talvez algumas mechas, sei lá sempre os usei assim ao natural, castanhos escuros. Sem falar que são lisos de doer, não para nada nesse cabelo, o pessoal do orfanato dizia que, meus pais deveriam ter descendência asiática, por causa do meu cabelo e também dos meus olhos que são um poucos puxados.

Gosto também do meu rosto magro e fino, nariz bonitinho, boca pequena, não me acho feia, mas também não sou linda é claro, como aquela insuportável.

Se sou ou não mestiça, como me chamavam quando criança, não me interessa nem um pouco, perdi o interesse em conhecer meus pais, a muito tempo atrás, este assunto morreu, não sei nem porque estou pensando nisso agora... argh.

As vezes ainda sinto aquela revolta dentro de mim, e sei que isso não é nada bom pra mim, só uma coisa me intriga até hoje, além é claro da minha marca; nunca consegui saber quem era aquela mulher que ia conversar comigo no orfanato... que estranho... ela me parecia tão familiar, acho que é coisa da minha cabeça.

Voltei, admirando a vista, maravilhosa da fazenda, o pôr-do-sol estava lindo, mas imediatamente uma cena chocante chamou totalmente a minha atenção, avistei a uma certa distância Victor que tentava descer a colina.

Ele estava cambaleando, tropeçando, tentando em vão amparar-se nas pedras e nos arbustos ao seu lado, mas ele estava completamente desorientado, então quando chegou próximo ao grande barranco, escorregou, ele ainda tentou se segurar num arbusto, mas acabou caindo lá de cima.

- Meu Deus, Victor! Gritei aflita e sai em disparada. João já estava a minha frente, correndo em sua direção, obviamente teria visto Victor caindo.