Capítulo 45

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♥ ♥ ♥

Aconchegados em nosso ninho de amor, descansando e apreciando um delicioso vinho, que tomávamos em copinhos de plásticos.

- Desculpe paxão, esqueci de trazer uma coisa mais apropriada.

Levantei o copinho, encostando de leve no dele, fazendo um brinde.

– Não importa o copo, o que vale é o conteúdo. - Sorri. - O principal é estar ao lado da pessoa que se ama, com vinho, ou sem vinho, em taça ou copinhos de plástico... tim! tim!

- Só você mesmo meu anjo, essa é uma das coisas que eu amo em você.

Depois do vinho... novamente vieram os olhares preguiçosos, as carícias delicadas cheias de ternura, os beijos deliciosos, molhados, excitantes. Os toques suaves aqui e ali que trocávamos.

Adoro sentir suas mãos quentes, fortes e ousadas em todo o meu corpo, despertando várias sensações. O desejo latente nas veias fazendo meu sangue pulsar.

Sussurros apaixonados, entre gemidos ofegantes, e beijos, muitos beijos fervorosos, até desesperados.

Abraços... e dois corpos que se movem em perfeita sincronia, cheios de desejo e amor... fixando, perpetuando em nossos corações mais esse momento sublime.

Aconchegados um no outro, permanecemos de conchinha, inebriados, apaixonados. Confortados com o calor de nossos corpos, só esperando o sono chegar. Porém Victor não parava de me cobrir com inúmeros beijinhos... meus cabelos, meu rosto, perguntando pela milésima vez...

- Minha vida, você está bem? Precisa de alguma coisa?

- Não quero nada, só você aqui, assim, é só isso que eu preciso...

Seu corpo quente, forte junto ao meu qual um escudo, apertando-me junto dele, era tudo o que eu queria no mundo...

...

Estava observando e admirando Victor domar um belíssimo cavalo negro, sua pelagem negra aveludada brilhava, seus músculos fortes refletiam todo o seu dinamismo e pujança ao galopar imponente circundando a arena, demonstrando toda a sua exuberância.

Era tão lindo, e Victor o conduzia tão habilmente, com movimentos suaves, transmitindo segurança e determinação, mas subitamente o cavalo começou a alterar seu comportamento, ficando mais arredio e irritadiço, passou a correr sem controle ao redor da arena.

Victor não estava conseguindo mais controlá-lo, e de repente sem mais nem menos disparou em minha direção pulando o gradil que nos separava, vindo rapidamente ao meu encontro. Antecipando o choque, eu me joguei ao chão, me encolhendo toda afim de amenizar o baque, já temendo por suas patadas. E elas vieram me atingindo com violência. Ele passou por cima de mim como se eu não fosse nada!

Eu me contorcia de dor, gemendo no chão sem conseguir falar, respirar ou me mexer, em meu coração só pensava em Victor, era a única palavra que consegui pronunciar...

Victor!

- Victor! - Eu gritava até meu peito doer!

Até que finalmente ele veio em meu socorro, mas olhava pra mim tão friamente, como se nunca tivesse me visto antes, esta indiferença doeu mais que tudo.

- Victor por favor amor! - Gritei novamente o mais forte que eu consegui, na esperança dele acordar ou voltar a ser aquele homem que eu conhecia e amava, mas ele não estava lá. Seu olhar era tão frio, distante, insensível. Ele era outra pessoa, uma pessoa indiferente, que não me conhecia, nem me amava.

Victor & SophiaOnde histórias criam vida. Descubra agora