Victor & Sophia

Capítulo 05

Olá queridas, mais um pouquinho de Victor & Sophia.

Obrigada pelo carinho e a gentileza, principalmente pelos comentários e votos.

De coração agradeço a todas vocês.

Beijos no coração.

... ...

E fiquei aguardando, ele foi na direção da Sra. Helena, trocaram algumas palavras e então ele ficou sério de repente, conversaram, ela assentiu com a cabeça, ele deu um beijo em seu rosto, vindo em seguida na minha direção, agora mais relaxado novamente.

- Vamos lá moça bonita? - Dando o braço, para que eu o segurasse. Fiquei constrangida novamente, mas não tive como recusar. Timidamente segurei em seu braço e fomos caminhando até o laboratório.

Ele andava sem pressa, parecia até que não queria chegar nunca. Não sabia o que falar, estava me sentindo um peixe fora d'agua.

- O que está achando da fazenda até agora?

- Ah é linda, estou adorando e encantada com tanta beleza. - E sem querer me flagrei pensando que poderia estar perfeitamente se referindo a ele, e não a fazenda, tentei concertar mas acho que era tarde demais.

- A Sra. Helena, o João estão sendo muito amáveis, obrigada.

- Fico feliz em saber que está gostando, sinal que você não vai nos abandonar tão cedo, não é Sophia?

E colocou a sua outra mão em cima da minha, senti meu rosto esquentar, e com receio do que os outros pudessem falar.

- Não pretendo não, Victor. - Olhei para o chão, mas não me contive de curiosidade e perguntei.

- Então... você também é filho da Sra. Helena? Achei que fossem só o João e a Márcia?

Ele deu uma risada gostosa e franca, o que eu disse de errado?

- Ah Sophia, bem que eu queria que ela fosse, pra mim ela é a minha mãe de verdade, aliás a única que eu conheço, mas pra ela, sou só seu filho do coração. Sorriu.

- Não entendo? - E arrisquei a olhar pra ele.

Ele balançou a cabeça em negativa e ficando pensativo, amuado, senti até uma ligeira tensão.

- Minha mãe, morreu no parto Sophia, então ela me criou. - Disse olhando para o chão compenetrado e por alguns segundos tive um vislumbre do verdadeiro Victor.

- Ah entendo, mas então você tem pai? - Sua descontração de minutos atrás desvaneceu de vez.

- Tenho, mas é como se não tivesse. - Sua voz era baixa e muito contida, rapidamente contornou o assunto.

- E você Sophia, como são seus pais? - Você se dá bem com eles? - Continuava cabisbaixo.

Agora ele, ficou sem jeito. Acho que percebi até um pouco de melancolia na voz.

- Victor, sou órfã, não conheci, nem minha mãe, nem meu pai. Me abandonaram aos cinco anos. - Disse friamente, sem emoção na voz. Ele parou repentinamente e ficou me olhando, surpreso pela minha resposta segurando ainda meu braço e minha mão.

- Então Sophia, você sabe bem o que eu quis dizer.

- Hã? Não entendi? - E sem dizer mais nada, pegou minha mão delicadamente e beijou-a novamente.

- Está entregue. - Disse indicando o prédio ao nosso lado.

Já?

- Nossa... nem percebi! - Disse baixinho timidamente.