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Bruna Isabelly.

X: É aqui mesmo? — O motorista perguntou, desconfiado e eu balancei a cabeça em concordância.— Eu não vou poder te deixar na entrada, mas eu posso te deixar uma rua antes.

Bruna Isabelly: Perfeito! Obrigada. È no pix.— Abri meu celular, fiz o pix para ele e desci do carro.
Percebi que o motorista ficou parado um tempo ali, me olhando. Balancei a cabeça em negação e continuei, andando até a entrada.

Eu definitivamente estava pensando que a minha vida era um morango.

Hoje è quarta- feira. Meu pai liberou a minha ida à casa da minha amiga, Júlia. Ela mora na barra da Tijuca. Meu pai já conhece os pais dela, então ele não perturba muito com isso.

mas no caminho da minha ida, um vento soprou e eu vim parar na Penha.

Que doideira, né?

X: Bom dia, princesa. Por favor sente na glock.— Cantou assim que eu passei por ele. Olhei para o lado só para conferir, vendo que era um menino pretinho de reflexo.

Menor t: Qual foi, fumacinha. Mexe com a mina, não.— Respirei fundo aliviada ao ouvir a voz dele.

Fumacinha: É tua, menor?

Menor t: È minha mermo. Foca na tua cracudinha, deixa a minha indiazinha em paz. —O tal fumacinha esticou o dedo do meio na direção do menor toddy e eu ri baixo. Esse "minha" com certeza foi só para afastar o fumacinha. De malandragem, eu conheço bem.— Vem.— Parou na minha frente e segurou a minha mão.

Bruna Isabelly: Vamos pra onde?— Olhei pra ele, analisando bem. Como ele diz: estava todo trajadin. Usando uma blusa branca da Nike, uma bermuda verde musgo. Apenas uma corrente grossa. E o cabelo mais roxo que nunca. Parece que cada vez que eu vejo, esse cabelo está mais roxo. Diz ele que vai lançar o reflexo.

Eu não acredito.

Menor t: Vou te levar para comer aquele pastel que eu te falei.

Bruna Isabelly: Hum..! Que delícia! Estou ansiosa. — Abri um sorrisinho e bati palmas. Menor t me olhou e sorriu de lado.

Maldito sorrisinho de lado.

Menor t: Tu não vai se decepcionar. O bagulho é bom. A tia lá esculacha muito.

Bruna Isabelly: Assim, pela foto que você me mostrou. O queijo parecia bem derretidinho e o pastel bem fritinho. Me deu bastante vontade!

Menor t: Pô, aquele pastel ali. Eu amassei, filho! Muito bom. Comi em dois segundos aquele ali, papo só.— Dei risada do jeitinho que ele falou.

O jeito que ele se expressa è muito engraçado.

Esses dias eu postei uma foto com um vestidinho tipo de sereia. Preto, longo, colado, com uma abertura nas costas e na coxa direita.

Assim que ele viu, me encheu de comentários como: "porradeira, sinistra, sereia, gostosa..." e outros.

Eu morro de rir. Não corrijo, não. Acho fofo.

Menor t: Ali tá cheio. Vou buscar o pastel pra tu. Espera aqui e não sai.— Avisou com a expressão bem séria e eu balancei a cabeça, concordando. Ele me olhou mais uma vez e saiu.

Aqui è bem diferente.

Eu já tinha chegado perto da entrada, mas nunca tinha subido até aqui.

Eu não queria parecer uma criança emocionada para ele, mas assim que eu comecei a subir o morro e ver as coisas. Meu coração começou a disparar. Uma sensação estranha invadiu todo meu corpo. Como se eu tivesse conhecendo um mundo diferente.

Infelizmente ou felizmente, vi Henrique passando.

A mesma sensação de antes voltou. Uma coisa muito estranha.

Respirei fundo, tirei meu carmed vermelho da minha bolsinha branca e abri a tampinha, passando um pouco nos meus lábios e espalhei, sentindo ali molhadinho e mais hidratado. Guardei novamente na minha bolsa e ajeitei a minha postura, quando vi menor t se aproximar com uma latinha de Coca Cola e um pastel imenso.

Arregalei os meus olhos e dei risada.

Bruna Isabelly: Que isso?! — Ele riu e me entregou o pastel, depois me entregou a latinha de coca aberta e pegou o pastel de volta.— Eu não vou aguentar comer isso tudo. Cadê o seu?— Bebi um pouquinho da minha Coca Cola.

Menor t: Nós vamos dividir, pô. — Olhei para ele com os olhos estreitos.— Qual foi?

Bruna Isabelly: Nada não. Só você sendo pilantrinha. — Ele resmungou "por que?" Dando uma mordida no pastel. — Comprou um grande porque sabe que eu não aguento comer muito.

Menor t: Fofoca, pô.— Deu risada e eu neguei com a cabeça.

Bruna Isabelly: Me dá um pedaço. — Abri a boca, ele tirou um pedaço de pastel com queijo e levou até a minha boca, mordi um pedaço e ele ficou me olhando, esperando a minha reação. Tampei a minha boca, porque estava querendo rir e apreciei o gostinho de queijo com orégano.

Menor t: E aí?— Terminei de comer, olhei para ele e balancei a minha cabeça em negação.

Bruna Isabelly: Não gostei...— Fiz uma gracinha e ele me olhou como se eu fosse maluca. Não aguentei e comecei a rir sem parar. Menor t me olhava com os seus braços cruzados e a expressão séria. Eu só sabia dar risada.



Menor t: Manda mensagem quando chegar em casa.— Balancei a minha cabeça em concordância. Ele segurou meu maxilar, apertando um pouco a minha bochecha e selou nossos lábios em um selinho rápido, que foi interrompido pelo meu celular que começou a vibrar sem parar.

Bruna Isabelly: Deve ser o meu pai. — Sorri sem graça.— Eu tô indo.

Menor t: Jae. Não esquece de mandar mensagem. Qualquer bagulho, me liga.

Bruna Isabelly: Tá bom. Pode deixar.— Sorri e ele balançou a cabeça, entrei no Uber, dei "tchauzinho" para menor t, que sorriu de lado e esperou o Uber sair.

Sorri toda bobinha e respirei fundo.

Sei que estou me metendo na maior furada, mas estou gostando.

Embora eu não saiba o nome dele, porque ele só fala que è o menor do cabelo roxo mais gostoso da Penha.

Estou gostando dessa adrenalina. Sinto que estou entrando em um mundo novo. Começando uma vida nova.

Meu celular vibrou, indicando que havia chegado uma mensagem. Tirei ele da minha bolsa e liguei o mesmo, vendo nas notificações uma mensagem que seria o surto da minha madrugada.

Ninguém esperava por essa.

Inara que se prepare para o áudio da madrugada.

📲Henrique: tu tá sendo vista.






Esse ficou enorme porque eu me empolguei. Queria que vocês "acompanhassem" um pouquinho mais da vida da Bruna e do Ezequiel.

Espero muito que vocês estejam gostando.

Beijo!💋

Refém Where stories live. Discover now