Cap.22 Emboscada

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O carro seguia pela estrada de volta à favela, a atmostera estava relaxada e tranquila, mas a serenidade do momento logo seria interrompida...

Enquanto atravessavam um trecho mais isolado, Jade notou um carro desconhecido estacionado um pouco à frente, em uma posição que não parecia natural.Seu instinto de sobrevivência ativou-se imediatamente...

Jade: Paulo, desacelera! — ordenou, sua voz firme.

Ele olhou para ela, confuso...

PA: O que está acontecendo?

Jade: Apenas siga minhas instruções. E Liga o alerta do carro.

PA, intrigado, obedeceu. Assim que o alerta foi acionado, os meninos  que estavam no carro atrás, Lipe, Gaigher e Léo, perceberam e começaram a ficar mais atentos, reconhecendo o sinal de alerta que Baronesa usava em situações perigosas...

Conforme o carro se aproximava da entrada da favela, Jade já estava preparada. Sentindo a adrenalina subir, ela pegou a arma que estava guardada sob o banco...

PA: O que você está fazendo? — questionou, a preocupação evidente em seu tom.

Jade: Apenas siga! — ela respondeu, com a determinação de quem sabia o que fazer.

O carro estranho agora começou a se mover em direção a eles, e antes que Jade pudesse pensar em mais alguma coisa, tiros começaram a ser disparados...

Instintivamente, Jade colocou o corpo para fora do carro, mirando com precisão. Os disparos da arma foram certeiros, acertando dois dos homens que estavam no veículo...

A tensão aumentou, e PA, nervoso, quase perdeu o controle do carro...

PA:Jade, entra de volta! — ele gritou, com a mão firme no volante, tentando se manter concentrado em dirigir.

Mas a situação estava caótica. Os inimigos estavam surgindo de todos os lados, e Jade precisava focar. Ela estava trocando tiros com um dos atacantes, mas ao se concentrar em um, um outro surgiu, disparando...

Em um instante, Jade sentiu o tempo desacelerar. O coração dela disparou ao ver o homem atirar na direção de PA. Sem pensar duas vezes, ela se jogou sobre ele, fazendo-o se abaixar, e o tiro passou raspando pelo vidro do carro...

O som do tiro ecoou em seus ouvidos, e enquanto se levantava rapidamente, Jade não hesitou em retaliar. Um tiro certeiro acertou a cabeça do agressor, que caiu no chão, e uma onda de alívio a envolveu, mas não havia tempo para comemorar...

Jade: Segue, PA! — ordenou, sentindo a pressão aumentar.

A adrenalina corria nas veias de PA enquanto ele acelerava, desviando de outros inimigos que tentavam cercá-los. Ele sabia que parar era a última coisa que deveriam fazer...

Eles precisavam chegar na favela.Com muito esforço, ele conseguiu entrar na favela, mas os inimigos estavam determinados a seguir. A tensão era palpável, e mesmo após o que parecia uma eternidade, conseguiram finalmente chegar à casa de Jade...

Quando pararam, PA não conseguiu segurar a pressão. Ele abriu a porta e vomitou na calçada, o nervosismo e o pânico tomando conta dele...

Jade, ainda atordoada, saiu do carro sem olhar para trás, seus pensamentos girando como um furacão. O ataque inesperado a deixou em choque, e ela sentia uma mistura de raiva e preocupação. Ela entrou em casa em silêncio, a mente trabalhando em alta velocidade...

A adrenalina começava a se dissipar, mas a realidade da situação a atingiu.Ao olhar para trás, ela percebeu como aquele dia havia mudado. Aquele passeio inocente à praia agora estava marcado por violência e medo...

Mas o que mais a preocupava era a segurança de PA.Quando Jade entrou em casa, ela se permitiu um momento de fraqueza, sentando-se no sofá e passando a mão pelo rosto, tentando processar tudo...

O que poderia ter acontecido? O que teria acontecido se ela não tivesse se jogado em cima dele?...

Após alguns minutos de silêncio, Jade decidiu que precisava falar com PA. Levantou-se e foi até a cozinha, onde o encontrou, ainda recuperando-se do susto...

Jade: PA? — ela chamou, com a voz trêmula.

Ele se virou, os olhos cheios de preocupação...

PA:Que foi???...Você está bem???

Jade:Estou bem, mas precisamos conversar...

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A Dona da Favela Onde histórias criam vida. Descubra agora