Pai!

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_ Kattheryn Narrando _

Descemos do carro, esperei ele chegar perto de mim, ele ligou o alarme do carro e entrelaçou as nossas mãos, caminhamos até a entrada, eu apertei a campainha e logo a porta abriu...

May: Meus amores. – disse assim que abriu.

Katthy: May. – a abracei.

May: Esperem, vocês estavam de mãos dadas? – disse com entusiasmo na voz.

Enzo: É o que parece, mãe. – fez careta e a abraçou, eu ri.

May: Vocês não vieram pra isso, né? – perguntou ainda abraçada ao Enzo.

Katthy: Ham... Não, May. – mordi o lábio nervosamente. – O seu... Quer dizer, meu pai está? – perguntei meio embaralhada.

May: Oh! – disse meio espantada, primeira vez que ela me vê chamando-o de pai – sim, está! Entre. – entramos e o Enzo me olhou.

Katthy: Ele está aonde? – perguntei olhando pros cantos.

xXx: May, quem... – ia perguntando enquanto entrava na sala, mas se calou assim que me viu.

Katthy: Podemos conversar? – perguntei nervosa, eu estava tremendo.

Louis: Ham... Claro. – disse e olhou pro Enzo: Oi.

Enzo: Oi. – sorriram.

Meu pai me olhou e apontou pro escritório. Ele foi na frente e eu o segui. Ele sentou na cadeira de estofado marrom atrás de uma mesa grande, com um computador de última geração e me apontou pra uma das cadeiras à sua frente, respirei fundo e sentei.

Louis: Espero que não tenha vindo pra me xingar e nem para brigarmos.

Katthy: Não, Louis. – Abaixei a cabeça e respirei fundo, olhei-o. – eu vim pra termos uma conversa que estamos adiando há bastante tempo. – disse e ele me olhou atentamente.

Louis: Se for sobre sua...

Katthy: Não é sobre minha... Quer dizer... Não é sobre a senhora Jennifer. – ele me analisou.

Louis: Você não chama a sua mãe assim desde...

Katthy: E não te chamo de pai desde essa época também. – disse fria e vi tristeza nos seus olhos.

Louis: É. – disse com a voz baixa.

Katthy: Bom... Eu sei que errei...

Louis: Não, Kattheryn! Eu que errei contigo naquela época. – disse com uma voz triste – Eu deveria estar ao seu lado, sei que parte do seu sofrimento e parte da culpa foi minha. Se eu não tivesse te abandonado, se eu não eu não tivesse sido um pai melhor, um pai presente, um pai amoroso, nada disso teria acontecido.

Katthy: Não, Louis! A única culpada fui eu. Não deveria ter ido pela cabeça dos outros, não poderia ter me deixado levar, mas eu conseguia fugir dos problemas assim.

Louis: Problemas esses que eu causei por nunca ter sido um pai que você merecia e depois te abandonei também.

Katthy: Pai – vi um lampejo de felicidade nos seus olhos, segurei sua mão em cima da mesa -, nós não soubemos como resolver o problema juntos... Eu sei que eu quase morri, graças a Deus as meninas me acharam, mas a culpa não foi sua...

Louis: Sua mãe me disse que você fugiu por minha causa. – balancei a cabeça em negativo.

Katthy: Não pai, eu fugi, porque encontrei a Emily e o Harry na cama. Eu não soube como lidar mais uma vez com esse tipo de decepção, por isso fugi. Mas eu não quero mais pensar no passado. Perdoa-me, pai? Eu deveria ter sido uma filha melhor, deveria ter pensado que o senhor não estava me abandonando e sim, estava ocupado, pra poder me dar o melhor. – ele se levantou, parou na minha frente e me levantou.

Descobrindo o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora