Sonho de verão

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Stefany Martins

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Stefany Martins

Era sábado de manhã. O sol estava perfeito para a praia, o céu tinha um tom de azul excepcional e o clima estava mais do que agradável. Mas, novamente, fui pega por pensamentos ansiosos e negativos. Naquela manhã, parecia que tinha um pequeno demônio em meu ombro me lembrando que eu só teria mais uma semana com Gabriela ao meu lado.

Durante os últimos dias, ficamos cada vez mais próximas e eu pude sentir o afeto dela sendo direcionado a mim. Éramos praticamente como namoradas, sempre agarradas uma na outra e, quando estávamos distantes, trocando mensagens ou em ligação. Eu sentia que ela gostava de mim, por mais que nunca tivesse de fato se declarado como eu havia feito. Mas isso não poderia ser uma loucura da minha cabeça, certo? Tudo o que ela fazia confirmava minha teoria.

Todas as manhãs, ela preparava meu café enquanto eu me arrumava para ir ao estágio; no almoço, sempre dávamos um jeito de ficar juntas; em dias de aula, quando eu chegava, ela já havia preparado algo para eu jantar, alegando que eu sempre comia muita besteira. Até quando tive um pequeno momento de febre, quase fui arrastada pelos cabelos ao hospital mais próximo.

Quem faz isso se não por afeto?

Eu queria muito acreditar que não estava me iludindo, que era real, que era recíproco. Mas o fato de Gabriela não externalizar seus sentimentos me fazia pensar que aquilo tudo poderia ser apenas um sonho de verão e que, no momento em que ela partisse, fingiria que nada fora real. Que nós não éramos reais.

Céus, aquela incerteza estava me matando e eu estava tentando muito ser forte para não colapsar. Eu não queria despejar minhas inseguranças em cima dela; só queria uma atitude dela, já que eu havia deixado mais do que claro o quanto gostava dela.

Se fosse para partir do meu coração, gostaria que ela o fizesse antes de entrar naquele avião.

Gabriela estava no telefone em uma ligação com sua mãe, enquanto eu me mantinha no celular, fazendo de Olívia a minha psicóloga. Por mais que Olívia achasse que eu estava surtando, ela concordava em partes comigo. A loira me mandou uma última mensagem após meu desabafo.

Oliv (08:20 AM):
Se ela não se confessar sozinha, você arranca dela a força hoje

Stef (08:23 AM):
O que eu faço?
?
?
?

Oliv (08:26 AM):
Paciência é uma virtude ;)


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Menos de duas horas depois, estávamos todas reunidas em um belo quiosque na Barra da Tijuca, com vista para o mar e o som das ondas ao fundo. A brisa misturava-se ao aroma de coco fresco e petiscos que enfeitavam a mesa. Gabriela havia convidado Thaísa, Rosamaria, Carolana e Roberta, suas colegas de quadra. Eu tinha levado apenas Olívia. A princípio, eu me sentia um pouco deslocada entre tantas jogadoras, mas aos poucos fui me acalmando com as apresentações. As meninas eram todas muito simpáticas e receptivas, cada uma com um jeito descontraído que fazia as conversas fluírem naturalmente.

Em Meio às 𝓔𝓼𝓽𝓻𝓮𝓵𝓪𝓼 ✦ Gabi Guimarães Onde histórias criam vida. Descubra agora