Stef jamais pensou que pudesse se apaixonar por alguém que nunca havia visto antes, até que as Olimpíadas de Paris começaram, e junto com elas, surgiu uma paixão pela capitã da seleção de vôlei feminino, Gabi Guimarães. Mesmo frustrada por não ter s...
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Gabi Guimarães
Desde o momento em que me dei conta de que gostava da Stefany, lá em 2024, um sentimento de posse se instaurou em mim. Eu sempre fui uma pessoa muito ciumenta nos meus relacionamentos, chegando até a ser um pouco tóxica, mas com a Stef era algo que ia além do meu controle. Só Deus sabe o quão difícil foi e o quanto eu pensei quando tomei a decisão de ir para a Itália sem fazê-la minha de vez. Naquela época, talvez eu fosse uma pessoa mais controlada do que sou hoje. Foi difícil pra caralho ir embora sabendo que ela estava solteira e nada a impedia de ficar com outras pessoas, mas eu fiz, porque pensei na distância e na nossa diferença de idade. Agora, ela estava aqui, morando comigo, e, apesar da diferença de idade ser a mesma, eu queria mais do que nunca mandar tudo para a puta que pariu e torná-la minha.
Comecei pelo pedido de namoro, já que, infelizmente, Stef não tinha planos de casar agora. Por mais que eu quisesse que ela assinasse aquela maldita certidão de casamento e herdasse meu sobrenome, respeitei a sua escolha, mas estava farta de fazer somente o que ela queria e ainda por cima vê-la beijando sua ex-namorada.
Poderia soar hipócrita, eu sei, já que Sheilla havia me beijado não há muito tempo. E pensar que Stef poderia ter sentido o mesmo que eu estava sentindo me fazia mal, mas a cena das duas se beijando não saía da minha cabeça e aquilo fazia meu sangue ferver.
E Stef com certeza não estava colaborando comigo. Quando voltei ao evento, vi ela recebendo algumas pessoas. Reconheci Olívia, que a abraçou de forma muito animada, as duas praticamente gritando enquanto davam pulinhos. Depois, a vi abraçando forte duas crianças, um menino e uma menina, os dois muito animados pela presença de Stef. Me peguei pensando como seria se tivéssemos filhos, mas o pensamento voou longe quando a vi abraçando forte uma mulher, a mesma da foto em seu celular. Uma loira, mais alta do que ela e muito bonita, por sinal. Stef abraçou sua cintura com força, falando algo em seu ouvido, e a outra sorriu contente, abraçando-a pelos ombros.
Sem nem mesmo perceber, meus punhos se fecharam de raiva e um suspiro alto saiu da minha boca. Eu tinha que me controlar ou acabaria arrancando Stefany das mãos daquela mulher. A mulher, que me recordo Stef ter dito se chamar Angelina, percebeu meu olhar fuzilador e me olhou surpresa, dizendo algo para Stef, que virou sua atenção para mim e me deu um beijo no ar. Eu apenas revirei os olhos e saí de perto, tentando focar em algo que não fosse o meu ciúmes.
— Amiga, tá tudo bem? Você tá muito vermelha! Tá passando mal? — Thaísa perguntou assim que me aproximei dela. Ela estava numa área mais escondida, junto ao Rômulo, supervisionando os visitantes. Kudiess estava no pequeno palco dando uma entrevista, atraindo a atenção de todos.
— Estou! E o motivo é a amiguinha de vocês. — cruzei os braços e suspirei forte, tentando controlar todos os sentimentos aflorados.
Thaísa e Rômulo se entreolharam, a expressão deles misturando preocupação e curiosidade.
