Minhas estrelas

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Stefany Martins

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Stefany Martins

Naquele dia, eu havia acordado com um mal pressentimento. Algo dentro de mim dizia que o dia não seria bom, mas eu tentei ignorar, achando que era apenas a minha ansiedade tentando me sabotar. No entanto, ao chegar no refeitório e dar de cara com a Sheilla, comecei a acreditar no mal presságio.

Eu havia tido uma conversa sincera com Zé Roberto sobre como me sentia em relação à presença dela e como isso poderia afetar a equipe, principalmente a Gabriela. Eu não estava tentando sabotar a velhota, mas as amigas de Gabi estavam preocupadas com ela. Todas que conheciam a história das duas não entendiam por que a capitã deixava Sheilla se aproximar, sendo que o relacionamento delas havia sido marcado por toxicidade e traições da parte da mais velha.

Era como Rosamaria havia dito: Sheilla tinha o poder de cegar a Guimarães, mostrando apenas aquilo que queria. Ela se fazia de boazinha e inocente, enquanto por trás sorria com malícia, pronta para dar a facada.

E mesmo com Zé Roberto me garantindo que ela não faria parte da comissão técnica, meu coração ainda estava inquieto. Sheilla ainda tentava convencer o técnico, e isso me deixava nervosa. Naquele dia, ela até levou suas filhas, e Gabriela brincava com elas como se fosse a madrasta delas. A cena era absurda e, ao mesmo tempo, me dava uma vontade insuportável de arrastar Gabriela pelos cabelos e tirá-la daquela mesa.

— Estou pensando seriamente em adotar algumas crianças. — resmunguei para o meu "time", que consistia em Thaísa, Rosamaria, Rômulo, Carolana, Ana Cristina, Nyeme e Júlia. Todas conhecedoras daquele triste relacionamento Sheibi.

— É uma medida drástica, psi. — comentou Júlia, dando uma garfada em seu iogurte, enquanto me lançava um olhar curioso.

— Mas pode funcionar. — disse Thaísa, enquanto analisava a interação de Gabriela com as crianças, seus olhos se estreitando. — Conheço um abrigo cheio de crianças fofinhas.

— Por um momento, achei que você fosse querer sequestrar uma criança. — disse Nyeme, em falso alívio. Nós todos estávamos fitando a mesa à nossa frente, descaradamente. Sheilla sorria de lado, contente por estar nos afetando.

— Seja sequestro de crianças ou assassinato de idosas, eu topo. — disse, com ódio, ao ver Gabriela lançar um lindo sorriso para Sheilla. Minha tapioca estava toda esbagaçada no prato, de tanto que eu descontava minha raiva nela.

— Quem diria que a psicóloga seria a mais psicopata daqui. — comentou Rômulo, enquanto pegava a faca da minha mão, tentando me impedir de transformar a comida em uma verdadeira obra de arte de destruição.

Acontece que o que eu estava sentindo ia além de ciúmes. Era algo mais profundo, uma revolta. Gabriela ainda não havia falado comigo desde sábado, mas para Sheilla eram conversas e sorrisos? A mesma mulher que traiu e manipulou Gabi agora recebia mais atenção do que eu, a pessoa que estava praticamente aos pés dela!

Em Meio às 𝓔𝓼𝓽𝓻𝓮𝓵𝓪𝓼 ✦ Gabi Guimarães Onde histórias criam vida. Descubra agora